Revisão da temporada – Philadelphia 76ers

Time esboça reação após obter o mesmo número de vitórias que nas duas campanhas anteriores somadas

Fonte: Time esboça reação após obter o mesmo número de vitórias que nas duas campanhas anteriores somadas

Philadelphia 76ers (28-54)

Temporada regular: 14ª colocação da conferência Leste
Playoffs: não se classificou
MVP da campanha: Joel Embiid (20.2 pontos, 7.8 rebotes, 2.1 assistências e 2.5 tocos)

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Pontos positivos

– O pivô camaronês Joel Embiid finalmente estreou na NBA. Após duas temporadas sem jogar, o atleta provou que é capaz de ser a cara da franquia pelos próximos anos. Tudo bem que ele só durou 31 partidas, mas quando esteve em quadra, de longe, foi o melhor jogador da equipe.

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– Dario Saric, assim como Embiid, fez em 2016-17 a sua temporada de estreia na liga. Começou devagar, cometendo erros e com aproveitamento de arremessos bastante questionável, mas ao longo da campanha, estabeleceu-se como uma opção válida no ataque do Sixers, especialmente depois das saídas de Ersan Ilyasova e Nerlens Noel.

– Após três temporadas, o Sixers finalmente não foi para o tank em 2016-17. Pelo menos, não da forma que havia acontecido antes. A cultura da derrota foi embora, mesmo que o resultado prático da coisa ainda estivesse um pouco longe de acontecer. Jogou pra valer em diversos momentos e deu sinais de que está no caminho certo ao negociar Noel. Insatisfeito com o tempo de quadra, até pelo excesso de jogadores da posição, ele reclamou várias vezes publicamente sobre a situação.

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– A formação do elenco para os próximos anos dá a entender que o time quer ir longe. A base é extremamente talentosa e promissora. Se faltaram vitórias em 2016-17, sobrou esperança por um futuro melhor.

Pontos negativos

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– O Sixers foi o quarto pior em aproveitamento de arremessos, o sexto pior em porcentagem de três pontos, o pior em erros de ataque (mesmo contando com dois armadores que privilegiam o passe), o sexto pior em pontuação por jogo e o sétimo que mais sofreu pontos. Não dá para defender ninguém aqui.

– Após Noel ter perdido uma temporada inteira por lesão, e Embiid, mais duas, Ben Simmons, primeira escolha do draft de 2016, foi pelo mesmo caminho e não atuou naquele que seria seu ano de estreia. Sai zica.

– Nada menos que 21 jogadores atuaram em pelo menos duas partidas pela equipe em 2016-17. O número elevado tem explicação, claro. O Sixers foi muito ativo durante a temporada e realizou três trocas durante a campanha.

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– O pivô Jahlil Okafor tem potencial para ser melhor do que foi em seus dois primeiros anos, mas os problemas fora de quadra e a falta de confiança da diretoria, fizeram com que ele se tornasse o principal nome nos rumores.

Análise

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Após a saída abrupta de Sam Hinkie, a diretoria do Philadelphia 76ers tratou de consertar suas falhas. Por mais que ele tenha apostado no futuro, Hinkie trouxe ao Sixers uma cultura cada vez mais execrável perante toda a NBA, além do fato de que escondeu informações sobre lesões de alguns jogadores, como Jrue Holiday quando foi negociado para o New Orleans Pelicans.

Sem Hinkie, o processo de transição de um time que fazia de tudo para perder para um grupo qualificado e com esperanças no futuro, começou. Eleito o executivo da temporada 2007, Bryan Colangelo assumiu o comando de operações do Sixers para tornar a equipe candidata aos primeiros postos nos próximos anos. Aquela cultura da derrota acabou, finalmente.

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Quase deu tudo errado, no entanto. Primeira escolha do recrutamento de 2016, o australiano Ben Simmons sofreu uma fratura no pé no início da fase de treinamentos e ficou de fora de toda a temporada. Apesar disso, havia muita expectativa em relação ao pivô Joel Embiid. De fato, o atleta foi muito bem em seu primeiro ano, mas acabou sendo poupado em diversas ocasiões e, no fim, foi retirado do resto do ano por conta de lesão no joelho. Para piorar, Nerlens Noel demonstrou insatisfação com sua posição no elenco e pediu para ser trocado. E foi. Jahlil Okafor, também poupado, perdeu prestígio com a diretoria e com a comissão técnica e é o próximo da lista.

Sergio Rodriguez e T.J. McConnell foram relativamente bem. Dois armadores especialistas em organização, deixaram o Sixers como a sétima melhor em passes decisivos da liga. No entanto, o time teve o pior índice em erros ofensivos, com 16 por partida.

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O brasileiro Tiago Splitter teve passagem relâmpago pelo Sixers. Ainda sem time para a próxima temporada, o pivô foi negociado pelo Atlanta Hawks. Ainda em recuperação física, ele atuou em oito jogos, sempre com tempo de quadra limitado, mas concluiu com 18.5 pontos e 10.4 rebotes por 36 minutos.

Já o croata Dario Saric, só decolou quando Ersan Ilyasova e Noel foram negociados. Foi tão bem que entrou na disputa pelo prêmio de melhor calouro.

Se pensar que Robert Covington foi o jogador mais regular da equipe, dá para notar que o Sixers acabou sendo um fiasco mais uma vez. Não intencionalmente, mas porque seus principais atletas estavam no estaleiro.

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A campanha passou longe de ser vergonhosa, mas o resultado em si, não veio. Para se ter uma ideia, em 2016-17, o time obteve o mesmo número de vitórias que nos dois anos anteriores somados.

Futuro

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No draft, o Sixers foi no óbvio: Markelle Fultz. Após uma surpreendente troca proposta pelo Boston Celtics, para selecionar Jayson Tatum, o time de Philadelphia escolheu o melhor prospecto do recrutamento. O problema é que o técnico Brett Brown já havia informado em diversas ocasiões que o armador da equipe em 2017-18 seria Ben Simmons, o que torna a equipe ainda mais interessante de se acompanhar, especialmente nos primeiros jogos, para sabermos quem será o organizador de jogadas.

Na offseason, o time trouxe o especialista em arremessos de três, J.J. Redick, o ala-pivô Amir Johnson, ex-Celtics e contará ainda com o turco Furkan Korkmaz, selecionado no draft de 2016. Com muito espaço em sua folha salarial, o Sixers deu a Redick um salário de US$23 milhões, considerado altíssimo, mas para apenas um ano, na expectativa de ele servir como mentor de um elenco pra lá de jovem. Johnson foi na mesma ideia, porém por ordenados bem mais “modestos”: US$11 milhões.

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Como Brown vai montar esse time, ainda é incerto. Sabe-se que Joel Embiid será o centro do ataque, mas a bola vai passar muito pelas mãos de Fultz e Simmons. Nik Stauskas, Dario Saric, Robert Covington e Redick, deverão ser as principais armas nos arremessos de longa distância. Já Jahlil Okafor, deverá ser trocado antes do fim da temporada.

Tirando quatro ou cinco equipes que deverão estar nos playoffs, o resto é meio que terra de ninguém. Com jovens muito talentosos, o Sixers pode brigar por um lugar ali já neste ano. Claro que tudo é no modo especulativo, no entanto, se tudo correr de acordo com o que está no papel, é possível ver o time lutando por uma vaga.

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