Revisão da temporada – New York Knicks

Equipe ficou de fora dos playoffs pelo quarto ano seguido

Fonte: Equipe ficou de fora dos playoffs pelo quarto ano seguido

New York Knicks (31-51)

Temporada regular: 12º na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
MVP da campanha: Carmelo Anthony (22.4 pontos, 5.9 rebotes, 2.9 assistências)

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Pontos positivos

– A equipe foi bem nos rebotes. A marca de 45.2 rebotes por jogo só não superou as médias de Bulls, Nuggets, Thunder e Pistons, em 2016-17.

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– Apesar da temporada ter sido um fracasso, o Knicks teve a sorte de observar o jovem pivô Willy Hernangomez obter um bom rendimento, sempre que recebeu a chance de atuar. Após chegar sem muitos holofotes, o jogador mostrou que pode ser útil na rotação de garrafão, auxiliando principalmente nos rebotes.

– Em sua segunda temporada na NBA, Kristaps Porzingis aumentou sua média de pontos e o aproveitamento nos arremessos. Há quem diga que o ala-pivô poderia ter mostrado um pouco mais em seu segundo ano, mas de qualquer forma, é inegável que seu potencial é muito grande e que a tendência é que ele siga evoluindo e tenha ainda mais espaço nas ações da equipe.

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Pontos negativos

– Mais uma temporada, mais uma reformulação no elenco, mais um fracasso. O Knicks novamente foi ativo na offseason, se movimentou e fez mudanças importantes no elenco. Não adiantou. Muitos apostaram até na equipe se classificando aos playoffs e, no fim, as 51 derrotas fizeram o time acabar na 12ª posição.

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– A defesa da equipe de Nova Iorque foi muito ruim em 2016-17. Em muitos jogos, era clara a desorganização defensiva do time, que sofreu, em média, 108.0 pontos por partida, uma das piores marcas da temporada.

– O aproveitamento nos arremessos de quadra do Knicks foi de apenas 44%, também uma das piores marcas de 2016-17.

 – Joakim Noah chegou ao time com um contrato longo e de alto valor. Muitos torcedores apontavam que o plano daria errado antes mesmo do pivô vestir a camisa. E foi exatamente o que aconteceu, ao menos no primeiro ano. Castigado pelas lesões, o francês não conseguiu completar a temporada mais uma vez e seu rendimento não foi dos melhores quando esteve em condições de jogo. Para completar, violou a política anti-drogas da NBA e recebeu suspensão de 20 jogos.

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Resumo

O Knicks estava de cara nova mais uma vez. Era a hora de esperar por mudanças significativas e projetar a equipe nos playoffs, na famosa época de palpites durante a offseason. Derrick Rose chegou ao time para formar um trio de grande poder ofensivo com Carmelo Anthony e Kristaps Porzingis. Sua adição, além das contratações de outras peças como Courtney Lee e Joakim Noah, realmente indicavam que a equipe poderia finalmente melhorar e ter um time competitivo, que ao menos brigasse para ir aos playoffs.

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Semanas antes da temporada iniciar, todos os jogadores concederam entrevistas afirmando que o esquema de jogo do triângulo seria benéfico para a equipe e que todos iriam se acostumar. Bastaram as primeiras derrotas virem e o discurso já começava a mudar. Enquanto isso acontecia, o agora ex-presidente da franquia Phil Jackson “exigia” que esse esquema fosse utilizado pelo técnico Jeff Hornacek.

Nos dois primeiros meses de temporada regular, o Knicks registrou o famoso e irregular aproveitamento de 50%. Já era claro que as coisas não andavam bem, até porque isso era visível em quadra. Entretanto, ainda existia a chance de tudo melhorar ou pelo menos se manter igual e a equipe seguir com um aproveitamento parecido e brigar pelas últimas vagas para os playoffs. Mas o contrário aconteceu: este início, com 50% de aproveitamento, foi o melhor da equipe em 2016-17. A partir daí, tudo piorou.

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A partir de janeiro, a crise já estava verdadeiramente instalada em Nova Iorque. O time encarava sequências de derrotas, perdia jogos para adversários inferiores e as entrevistas coletivas se tornaram uma eterna busca de respostas para o que estava acontecendo. Se no papel o time funcionava e era “digno” de playoffs, na prática a desorganização (principalmente defensiva) dominava e os jogadores muitas vezes pareciam confusos.

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Mais uma vez, a temporada terminou de forma amarga para a equipe, que seguiu para a offseason pensando em outro plano de reformulação do elenco e na possibilidade de negociação de Carmelo Anthony (algo que já se tornou rotina nos últimos anos).

Futuro

O Knicks desistiu do plano da última temporada e resolveu apertar o botão reset novamente. Mas dessa vez, a ideia de competir agora foi deixada de lado e deu lugar ao projeto de reconstrução da equipe com jogadores jovens, o que parece ser a decisão certa, após os anos recentes terem sido tão negativos. E isso faz ainda mais sentido quando sua equipe possui um dos jovens de maior potencial na liga atualmente.

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A diretoria também sofreu mudanças e o Knicks está finalmente livre da exigência incômoda de precisar utilizar um esquema de jogo que o presidente de operações prefere. Phil Jackson foi demitido e sua passagem na direção da franquia (que já não é das melhores) reúne muito mais comentários negativos do que o contrário.

https://www.youtube.com/watch?v=qqq20vNOfPc

No último draft, ainda com Phil Jackson na diretoria, a equipe selecionou o armador Frank Ntilikina, que atuou no basquete europeu e chega ao Knicks como um projeto, pois ainda não é considerado pronto para contribuir de forma intensa já em seu primeiro ano. Entretanto, vale lembrar que o mesmo foi dito sobre Porzingis em 2015. De uma forma ou de outra, a franquia conta com um armador de potencial e terá de trabalhar para lapidá-lo e torcer para que ele atenda às expectativas.

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Na agência livre, Tim Hardaway Jr assinou e retornou ao time que o selecionou no draft. O valor do contrato do ala-armador foi alvo de críticas e ele terá que lidar com essa pressão em sua segunda passagem pelo time nova-iorquino, onde a missão principal é provar que seu jogo realmente evoluiu enquanto atuava pelo Atlanta Hawks.

O Knicks possui um plano menos arriscado e deve seguir desenvolvendo as peças jovens do elenco, com ou sem Carmelo Anthony. O destino do ala ainda é um mistério e não se sabe se ele continuará na equipe por muito tempo. De qualquer forma, enquanto permanece, Anthony será a experiência veterana que auxilia qualquer equipe em reconstrução. Resta saber se o novo plano vai dar certo.

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