New Orleans Pelicans (34-48)
Temporada regular: 10º lugar da conferência Oeste
Playoffs: não participou
MVP da campanha: Anthony Davis (28 pontos, 11.8 rebotes, 2.1 assistências, 2.2 bloqueios e 50.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra)
Pontos positivos
– Anthony Davis teve mais um ano de crescimento. Quebrou o recorde de pontos e rebotes da franquia em uma temporada e anotou 52 pontos no All Star Game. Esse é um bom resumo do ano do pivô. Apesar do Pelicans ainda não ser uma equipe garantida nos playoffs, Davis continua se desenvolvendo e, com apenas 24 anos, possui tempo e talento para ser ainda mais dominante.
– Se o garrafão de New Orleans já preocupava os adversários pela presença de Anthony Davis, DeMarcus Cousins chegou para complicar mais a vida dos oponentes. Trocá-lo por Buddy Hield, Lanston Gallaway e Tyreke Evans fez o time perder profundidade e dois bons arremessadores, mas a chance de adicionar um talento como Cousins não poderia ser deixada de lado.
– Jrue Holiday passou por problemas sérios no início da temporada e perdeu os três primeiros meses. Sua esposa, Lauren Holiday, ex-jogadora de futebol da seleção norte-americana, estava com um tumor no cérebro e o atleta não jogou para poder a auxiliar durante o tratamento. Passado o momento mais crítico, o armador voltou às quadras e com bom arremesso de longa distância (ponto fraco do Pelicans) e versatilidade para atuar nas posições 1 e 2, conquistou seu lugar no quinteto inicial.
Pontos negativos
– A dupla Davis/Cousins não teve tempo o suficiente para se entrosar e falhou na tentativa de levar o Pelicans à pós-temporada. O técnico Alvin Gentry não conseguiu organizar o time ofensivamente e os dois chegaram a ser questionados e envolvidos em rumores de troca. É o melhor garrafão da liga em termos de talento, mas foge do estilo de velocidade, espaçamento e arremessos de três que predomina na NBA.
– Não é justo culpar somente os dois pivôs pela falta de sucesso da franquia. O time simplesmente não tinha bons arremessadores para espaçar a quadra e tirar os adversários do garrafão. Jrue Holiday e Jordan Crawford, contratado no fim da temporada, foram os únicos a ter uma boa margem de acertos e isso passou longe de ser o suficiente para ajudar a equipe.
Análise
O sonho de chegar mais uma vez aos playoffs não se concretizou. O início devagar, com muitos tropeços, prejudicou demais New Orleans. O talento colocado ao lado de Anthony Davis não foi o suficiente para que o pivô os conduzisse ao sucesso.
Sem Jrue Holiday e com o início irregular do novato Buddy Hield, o time ficava previsível ofensivamente. O Pelicans começou vencendo apenas dois jogos em 14 e preocupava. Quando Holiday voltou, a equipe conseguiu alguns bons resultados, mas estava muito longe de ser um candidato à pós-temporada.
Para tentar mudar o rumo do ano, a direção foi atrás de DeMarcus Cousins. 11 vitórias em 25 partidas desde a chegada do pivô. É verdade que o efeito não foi imediato e a classificação não veio, mas deu um norte para New Orleans construir o elenco. Ficou nítida a falta de qualidade no perímetro e a do entrosamento entre Anthony Davis e Cousins.
Futuro
Alvin Gentry está com a corda o pescoço. Se o treinador não conseguir fazer o ataque funcionar, tanto ele como um dos pivôs podem acabar a temporada em outra cidade.
Rajon Rondo chegou e deve assumir a titularidade na armação enquanto Jrue Holiday seria deslocado para ala-armador. Solomon Hill seria o ala titular mas se lesionou e ainda não tem previsão de volta, o que deve abrir espaço para formações menores com Jordan Crawford e E’Twaun Moore na posição. Ian Clark assinou por um ano e pode ter papel vital na rotação do Pelicans. O armador, apesar de novo, tem experiência e arremessa bem de longa distância, um ótimo encaixe para o que o time precisa.
O sucesso ou não de New Orleans dependerá de como as novas peças se encaixarão. Todos sabem do talento presente no garrafão, a questão é se o talento adicionado no perímetro será o suficiente para espaçar a quadra e trazer os resultados que não vieram na última temporada.