Revisão da temporada – Los Angeles Clippers

Badalado, time acabou sendo eliminado na semifinal do Oeste pelo Houston Rockets

Fonte: Badalado, time acabou sendo eliminado na semifinal do Oeste pelo Houston Rockets

Los Angeles Clippers (56-26)

Playoffs: Foi eliminado pelo Houston Rockets na semifinal de conferência para o Houston Rockets em sete jogos.

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MVP do time na campanha: Blake Griffin (21.9 pontos, 7.6 rebotes, 5.3 assistências, 50.2% de aproveitamento em arremessos).

Pontos positivos

– Blake Griffin jogou como um MVP. Era até o meu voto para a premiação antes do início da temporada passada. O problema foi novamente com as lesões. O astro deixou de atuar em 15 partidas. Neste período, o Clippers venceu nove embates (60% de aproveitamento). Mas com ele em quadra, o time californiano obteve 47 vitórias em 67 jogos (70.2%). Você pode até não concordar, mas sua defesa melhorou.

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– Algo inédito na carreira de Chris Paul aconteceu em 2014-15: ele atuou nas 82 partidas da fase regular. Aos 30 anos, Paul liderou a NBA em assistências, a quarta vez em dez temporadas na liga. 

– Embora a defesa fosse um problema, o ataque do Clippers foi avassalador mais uma vez. O time obteve a segunda maior marca da liga, com 106.7 pontos por jogo, atrás apenas do campeão Golden State Warriors.

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– DeAndre Jordan foi o segundo jogador na história da NBA a liderar a liga em rebotes (15.0 por jogo) e porcentagem de arremessos (71%) convertidos por dois anos consecutivos. O outro foi Wilt Chamberlain. Outro fato que pesou a favor do pivô é que desde 1972-73, nenhum atleta atingiu 70% de aproveitamento em arremessos.

Pontos negativos

– O caso Donald Steling deixou manchas no Los Angeles Clippers. Chris Paul ameaçou deixar a equipe, caso o antigo dono seguisse no comando. Apenas poucas semanas antes do início da temporada houve a confirmação do banimento de Sterling e os jogadores puderam deixar o assunto de lado.

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– A contratação de Spencer Hawes acabou sendo um fiasco. Não pelo valor, pois a diretoria parecia ter conseguido um grande negócio ao fechar com o pivô por apenas US$ 5 milhões anuais. Mas o jogador simplesmente não teve função. Contratado para ser a sombra de DeAndre Jordan e Blake Griffin, ele terminou o ano praticamente fora da rotação.

– Os lances livres de Jordan causam um verdadeiro estrago para o Clippers. O jogador converteu somente 39.7% de suas tentativas e virou alvo no fim das partidas para seus adversários.

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– O Clippers sofreu com a posição de ala. Matt Barnes nunca foi unanimidade. Talvez, nem na casa dele. Bom defensor, Barnes era uma bomba-relógio no elenco e vez ou outra, levava uma falta técnica, prejudicando sua equipe.

https://www.youtube.com/watch?v=NWK3gFFT4Io

Análise

Tirando a eliminação para o Houston Rockets, a temporada do Los Angeles Clippers foi mais do que satisfatória. O time teve chances reais de brigar pelo título por conta de um grupo forte, mas com buracos. Blake Griffin jogou basquete como nunca em 2014-15. Ele jogou e fez seus companheiros jogarem, bem ao estilo de seu colega Chris Paul. 

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O Clippers chegou aos playoffs como azarão diante do San Antonio Spurs. A conferência Oeste não tem pena de times bons. E a equipe californiana se deu bem, passando após sete incríveis partidas. Em uma delas, DeAndre Jordan cometeu um dos maiores erros já vistos em uma interferência ofensiva, o que quase lhes custaram a série. 

Apesar do problema contra o Spurs, e dos terríveis lances livres, Jordan foi peça vital para o sucesso do Clippers na temporada. O pivô converteu mais de 70% dos arremessos tentados e liderou a liga ainda com 15 rebotes por jogo. Esse feito, por si só, seria considerado assustador. Mas ele o fez pela segunda temporada seguida e igualou o feito de Wilt Chamberlain, na década de 70. Incrível.

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O time foi um terror para os adversários nos arremessos de longa distância. Terceira melhor marca da liga, com 37.6% de aproveitamento, o Clippers fez seu jogo fluir por todas as partes da quadra.

Voltando ao início, o grande problema do Clippers na temporada foi a derrota em casa para o Rockets na sexta partida da série semifinal do Oeste. O time tinha a chance de confirmar sua presença na próxima fase, mas falhou miseravelmente e foi eliminado no jogo seguinte. 

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Futuro

A diretoria do Los Angeles Clippers foi provavelmente a mais ativa em termos de contratações de peso. Primeiro, tratou de se livrar de problemas para o grupo, como Matt Barnes e Spencer Hawes. Trouxe o ala-armador Lance Stephenson em uma troca pelos dois. Ainda que Stephenson possa virar uma distração no futuro, a equipe saiu ganhando ao contratar um atleta bem mais jovem e com ótima capacidade defensiva. Depois, fechou com Wesley Johnson e Cole Aldrich.

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O Clippers ainda foi além e acertou com os veteranos Paul Pierce, Josh Smith e Pablo Prigioni. Pierce já deve chegar como titular, enquanto Smith terá muito tempo de quadra, especialmente em formações mais baixas.

Existem ainda chances de Jamal Crawford ser negociado. O jogador pode acabar ficando sem função no elenco após as chegadas de Stephenson, Pierce e Smith. Ele era o principal atleta vindo do banco de reservas, mas demonstrou insatisfação recentemente. Não cravaria, mas diria que ele não termina 2015-16 na equipe.

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Apesar de todas essas contratações, a principal delas foi a de um jogador que já estava no elenco: DeAndre Jordan. O pivô havia aceitado uma proposta do Dallas Mavericks na busca por holofotes. Ele queria mais preponderância, ser um jogador mais importante do que era em Los Angeles. No fim das contas, ele voltou atrás após uma verdadeira força-tarefa feita por Doc Rivers, Blake Griffin, Chris Paul, J.J. Redick e até mesmo Paul Pierce. Eles conseguiram convencer Jordan e ele permaneceu no Clippers.

A grande verdade é que o Clippers montou um grande time de jogadores para a próxima temporada. Se isso vai dar certo, é outra história. Doc parece ter o controle de seus comandados, tanto é que mostrou poder ao trazer Pierce para o lugar de Barnes. A tendência mostra o time indo mais longe em 2015-16 por ter mantido suas principais peças e ainda, tapado algumas lacunas.

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