Revisão da temporada – Houston Rockets

Houston Rockets Todos os números Resultado final: Não se classificou para os playoffs Temporada regular: 43-39, 5° na divisão Sudoeste, 9° na conferência Oeste Maior invencibilidade: Cinco jogos, três vezes Maior jejum de vitórias: Cinco jogos, duas vezes Média de público como mandante: 16.191 pessoas (89.7% da capacidade) Maior salário: Yao Ming, $ 17.686.100 dólares […]

Fonte:

Houston Rockets

Todos os números

Resultado final: Não se classificou para os playoffs
Temporada regular: 43-39, 5° na divisão Sudoeste, 9° na conferência Oeste
Maior invencibilidade: Cinco jogos, três vezes
Maior jejum de vitórias: Cinco jogos, duas vezes
Média de público como mandante: 16.191 pessoas (89.7% da capacidade)
Maior salário: Yao Ming, $ 17.686.100 dólares
Pontos por jogo: 105.9 (3°)
Pontos sofridos por jogo: 103.7 (22°)
Rebotes por jogo: 42.8 (8°)
Assistências por jogo: 23.8 (1°)
Bloqueios por jogo: 4.5 (19°)
Roubadas de bola por jogo: 7.1 (20°)
Erros de ataque por jogo: 12.8 (7°)
Porcentagem de arremessos convertidos: 45.5% (21°)
Porcentagem de lances livres convertidos: 80.1% (4°)
Porcentagem de arremessos de três pontos convertidos: 36.7% (9°)
Maior pontuação: 131, contra o Golden State Warriors no dia 23 de março
Menor pontuação: 85, contra o Portland Trail Blazers no dia 2 de janeiro
Maior pontuação sofrida: 132, contra o Golden State Warriors no dia 27 de outubro
Menor pontuação sofrida: 77, contra o Boston Celtics no dia 18 de março
Maior cestinha em um jogo: 45 pontos, Kevin Martin contra o Portland Trail Blazers no dia 5 de janeiro
Maior reboteiro em um jogo: 17 rebotes, Chuck Hayes, duas vezes
Maior assistente em um jogo: 18 assistências, Kyle Lowry contra o Memphis Grizzlies no dia 17 de dezembro  

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Ginásio: Toyota Center (capacidade para 18.043 pessoas)
Técnico: Rick Adelman (Quatro temporadas, 193-135)

Movimentações no elenco:

15 de dezembro de 2010: Recebeu Terrence Williams do New Jersey Nets pelos direitos de Sergei Lishchuk, e por uma escolha de primeiro round do draft de 2012
15 de dezembro de 2010: Recebeu uma futura escolha de segundo round de draft do Sacramento Kings por Jermaine Taylor e considerações em dinheiro
24 de fevereiro de 2011: Recebeu Hasheem Thabeet, DeMarre Carroll, e uma futura escolha de primeira rodada de draft do Memphis Grizzlies por Shane Battier e Ishmael Smith
24 de fevereiro de 2011: Recebeu Goran Dragic, e uma escolha de primeiro round do draft de 2011 do Phoenix Suns por Aaron Brooks
Assinou com Brad Miller como agente livre

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A temporada

O Houston Rockets começou a temporada muito mal, perdendo suas cinco primeiras partidas. Depois, venceu três dos próximos oito jogos, e após 13 embates, a equipe havia perdido dez. Era o sinal de que o Rockets precisava para mudar.

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Em dezembro, as coisas evoluíram muito para o time, vencendo 11 dos 15 jogos disputados, mas no início de janeiro, nova sequência de cinco derrotas. Depois das trocas ocorridas em fevereiro, o Houston melhorou bastante. Nas últimas 23 partidas, a equipe venceu 15, mas não foram suficientes para se classificar para os playoffs pela segunda vez seguida.

No fim, o Rockets teve a sua quinta temporada consecutiva vencedora (acima de 41 triunfos), porém as contusões de Yao Ming deixaram o garrafão do time bastante vulnerável.

Se na armação melhorou depois da saída de Aaron Brooks, a posição de pivô foi a mais carente. Sem Yao, Chuck Hayes foi novamente deslocado para jogar lá dentro. E ele só mede 1,98 metros. O argentino Luis Scola acabou sendo o único (grande) destaque na área pintada.

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O ala Chase Budinger foi titular por conta de o Rockets não ter ninguém melhor que ele. Tudo bem que Budinger não é ruim (13.9 pontos como titular em 22 jogos), mas o Houston perdeu o seu melhor defensor (Shane Battier).

O cestinha Kevin Martin teve uma temporada completa para jogar e não decepcionou. Ao menos, ele não se machucou e foi o principal pontuador da equipe com média de 23.4, uma de suas melhores marcas da carreira. Sua defesa, no entanto, não se parece nada com o ataque.

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Depois de quatro anos no cargo de treinador, Rick Adelman não recebeu um novo contrato, e deixou a equipe. Com ele, o Rockets nunca teve uma campanha abaixo de 42 vitórias.

O draft 2011

No draft, o Houston Rockets fez uma ótima escolha em Marcus Morris, de Kansas. Depois, recebeu o lituano Donatas Motiejunas ainda no primeiro round. Chandler Parsons foi o 38° selecionado, vindo da Flórida. Dos três, Morris parece estar pronto para ganhar tempo de quadra. Especialmente pela deficiência que a equipe tem no garrafão. Motiejunas é apenas um projeto, mas é considerado um jogador de muito futuro. Precisa ganhar peso para jogar na NBA, o que está longe de acontecer.

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O perímetro

O Houston Rockets começou com Aaron Brooks como titular e Kyle Lowry na reserva, como nos últimos anos, mas Brooks decepcionou, deixando de ser uma ameaça constante da linha dos três pontos, e foi trocado no meio da temporada. Assim, Lowry ganhou não só a titularidade, mas também mais espaço. Depois da parada para o Jogo das Estrelas, o jogador obteve 16.8 pontos e 7.1 assistências.

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Kevin Martin monopoliza boa parte do ataque de qualquer time que jogar. Não foi diferente em Houston. Ele teve 20 jogos com 30 pontos ou mais em 2010-11, convertendo 176 cestas de longa distância. Números respeitáveis. O problema é que Martin não ajuda muito em outra coisa a não ser no ataque. Pedir para ele passar a bola é quase um sacrilégio. Em apenas seis ocasiões, ele deu cinco ou mais passes decisivos. Destes seis jogos, quatro foram exatamente cinco assistências.

Depois que o Rockets perdeu Shane Battier em uma troca, Chase Budinger assumiu a posição de ala titular. Não foi mal, mas joga ao estilo de Martin. Pelo menos, pega alguns rebotes. Afinal, em um time sem pivô, alguém tem que pegar.

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A chegada de Goran Dragic foi boa, mas ele não é um armador puro. É mais um arremessador (dos bons) do que qualquer outra coisa. Ele converteu 51.9% de seus arremessos de três depois que foi para o Texas, além de 7.7 pontos.

O garrafão

A aposentadoria de Yao Ming vai fazer muita falta para a NBA, mas nem tanto para o Rockets, que acabou acostumando-se a jogar sem ele nos dois últimos anos. Claro que o Houston sente sua ausência, pois mesmo sem qualquer condição de jogo, ele ainda fez 10.2 pontos e 5.4 rebotes em cerca de 18 minutos. Isso dá a dimensão do que ele era capaz.

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Sem ele, Rick Adelman teve de utilizar o baixinho Chuck Hayes como pivô. Hayes é um jogador muito voluntarioso, e busca todos os rebotes possíveis, além de marcar muito bem, mas é óbvio que sua altura atrapalha os sonhos do Rockets ir longe. O veterano Brad Miller chegou a ser titular em cinco partidas, mas sem sucesso.

Luis Scola, que está na NBA há quatro temporadas, vem melhorando sua produção ofensiva a cada ano. Desta vez, obteve 18.3 pontos. Ele ainda foi o reboteiro com 8.2 por embate. Muito bom dentro do garrafão, Scola começou 2010-11 com médias de 22.7 pontos e 11.4 rebotes nos sete primeiros jogos, mas depois caiu, junto com o time. Uma lesão no joelho, que já o importunava há meses, acabou o deixando ainda mais inconstante.

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O calouro Patrick Patterson viu seu tempo de quadra aumentar e fez o recém-chegado Hasheem Thabeet quase não atuar. Patterson foi bem como titular, com 10.0 pontos, 6.7 rebotes e 1.2 bloqueio.

Já o jovem Jordan Hill, ainda não conseguiu mostrar o basquete que apresentou na Universidade do Arizona, mas tem um grande futuro no time.

Análise geral

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Sem Rick Adelman pela primeira vez em quatro anos, o Houston Rockets irá de Kevin McHale como treinador. A troca pode até render frutos, mas deixar um técnico com um cartel de 945 vitórias na carreira ir embora, é no mínimo preocupante. Em apenas quatro temporadas, desde 1988-89 como treinador, Adelman não conseguiu levar seu time aos playoffs. Tudo bem que foram dois anos seguidos com o Houston, mas sem limão, não dá para fazer limonada.

Faltou ao Houston um ala mais agressivo que Chase Budinger, mas faltou principalmente um pivô para o lugar de Yao Ming. Chuck Hayes até se esforça, porém é muito pouco para um time ir longe. A coisa fica toda em cima de Luis Scola no ataque dentro do garrafão. De bom, é que Scola sabe passar bem para o perímetro quando é marcado em dupla.

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Kyle Lowry foi muito bem depois da saída de Aaron Brooks. Entretanto, ele já fazia uma boa temporada vindo do banco. Se ele é o cara certo para comandar o time dentro de quadra, não é possível ter certeza absoluta. Só que as 15 vitórias que o time teve nos últimos 23 jogos pesam ao seu favor. Na próxima temporada, ele terá a companhia de Jonny Flynn, que ainda não conseguiu provar muito na NBA.

Kevin Martin é o cestinha da equipe, mas não custaria nada a bola ir mais para Scola. Enquanto Martin teve 43.7% de eficiência nos arremessos, o argentino teve 50.4%. Tudo bem que é previsível que um jogador de garrafão seja mais efetivo, mas é o preço que se paga por ter um jogo voltado para o perímetro.

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Opinião do torcedor – Paulo Ferreira

Com o fracasso na tentativa de contratar Chris Bosh na agência livre, a expectativa não era grande, mas com a volta do Yao Ming, se esperava no mínimo playoffs. O time foi todo moldado para ele, incluindo a contratação do Brad Miller para ser seu reserva, porém uma nova contusão do chinês logo no início da temporada pôs fim a qualquer expectativa positiva por parte da torcida.

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Aliado a noticia ruim, Aaron Brooks não conseguiu engrenar na temporada, teve problemas físicos ficando de fora de algumas partidas e quando esteve em quadra só atrapalhou.

Até a data limite para as trocas, o time não rendeu muita coisa, tendo uma temporada cheia de altos e baixos, sem nunca engrenar de verdade. Com a falta de Yao e com Miller mais no departamento médico do que em quadra, o time contava com um dos garrafões mais baixos da liga, com pouco poder de defesa. No banco, Jordan Hill seria uma opção por ser alto, mas sua completa falta de noção defensiva e pouca agressividade, não dava conta do recado.

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Na troca, vimos mudanças importantes. Foram trocados dois jogadores que eram chaves antes da temporada, mas tiveram desempenhos ruins. Aaron Brooks foi pra o Phoenix Suns, e Shane Battier para o Memphis Grizzlies. Com isso, dois jovens ganharam mais minutos e corresponderam bem. Nesse ponto o time começou a jogar em um melhor nível, com Kyle Lowry desabrochando, melhorando sua leitura de jogo e pontuando com muita naturalidade. Chutando de longe, Chase Budinger começou a ser uma válvula no ataque.

O time até criou certa esperança de ida aos playoffs, mas no final ficou pelo caminho mesmo, não obtendo êxito.

Um resultado esperado pelo momento que a franquia vive, um momento de indefinições, cheio de jogadores inexperientes.

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Titulares

PG: Kyle Lowry – 13.6 pontos, 6.7 assistências, 1.4 roubada, 37.6% nos arremessos de três pontos
SG: Kevin Martin – 23.5 pontos, 38.3% nos arremessos de três pontos, 88.8% nos arremessos de lances livres
SF: Chase Budinger – 9.8 pontos, 3.6 rebotes
PF: Luis Scola – 18.3 pontos, 8.2 rebotes, 50.4% nos arremessos
C: Chuck Hayes – 7.9 pontos, 8.1 rebotes, 52.7% nos arremessos

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Principais reservas

SG: Courtney Lee – 8.3 pontos, 40.8% nos arremessos de três pontos
PG: Goran Dragic – 7.7 pontos, 51.9% nos arremessos de três pontos (pelo Rockets)
C: Brad Miller – 6.4 pontos, 3.7 rebotes
PF: Patrick Patterson – 6.3 pontos, 3.9 rebotes
C/PF: Jordan Hill – 5.6 pontos, 4.6 rebotes

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