Revisão da Temporada – Houston Rockets

Harden teve temporada brilhante, mas não foi suficiente para chegar longe nos playoffs

Fonte: Harden teve temporada brilhante, mas não foi suficiente para chegar longe nos playoffs

Houston Rockets (55-27)

Temporada regular: terceiro lugar da conferência Oeste
Playoffs: campeão após bater o Cleveland Cavaliers em cinco jogos
MVP da campanha: James Harden (29.1 pontos, 8.1 rebotes, 11.2 assistências, 1.5 roubos de bola)

Pontos positivos

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– A mudança de James Harden para armador, promovida com a chegada do treinador Mike D’Antoni, se mostrou muito efetiva, e o jogador teve a melhor temporada de sua carreira.

– Com diversos bons chutadores em quadra, a equipe usou e abusou das cestas de três pontos, sendo a primeira no ranking de arremessos de longa distância tentados e convertidos.

– O Net Rating do Rockets (diferença entre pontos anotados e sofridos) foi a terceira melhor marca da liga, indicando consistência da equipe ao longo da temporada regular.

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– A equipe também foi a terceira em assistências por jogo, o que destaca o desempenho de Harden e a mentalidade altruísta da equipe para procurar o homem livre.

Pontos negativos

– “Live by the 3, die by the 3”: quando a bola de três do Rockets não entrava, a equipe não encontrava muitas soluções para se manter viva na disputa

– A falta da presença de um jogador com repertório ofensivo no low post. Anderson trabalha melhor do perímetro e Capela ainda foi muito dependente de pontes aéreas, com dificuldade para criar o próprio arremesso. Fora eles, Nenê teve um ano inconstante e novamente marcado por contusões, ainda que tenha brilhado em certos momentos.

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Análise

A temporada 2016-2017 do Rockets começou com a contratação de Mike D’Antoni como treinador da equipe. Conhecido pelo seu estilo ofensivo rápido e agressivo, mas com defesa falha, as expectativas não eram das mais altas. A mudança de James Harden para principal armador da equipe também gerava dúvidas.

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Contudo, a temporada chegou e a desconfiança deu lugar à esperança. Harden jogou em um nível altíssimo, sendo o segundo colocado na votação de MVP para a temporada. Com o barbudo chamando atenção extra da marcação adversária, eram muitas as ocasiões em que o Rockets tinha a possibilidade de rodar a bola e encontrar um homem livre para um arremesso de longa distância. E a equipe não teve medo de chutar: com 3306 tiros de três, a equipe teve mais de 500 tentativas a mais no quesito que o segundo colocado na lista.

O estilo de jogo do Rockets trouxe o melhor basquetebol de jogadores como Lou Williams e Eric Gordon. O garrafão composto por Clint Capela e Ryan Anderson na rotação titular se mostrou bem efetivo, com características complementares entre os dois jogadores. O que se via em quadra era um time que sabia o que precisava fazer para sair de quadra com a vitória, e com impressionante poder de reação.

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O melhor momento da equipe foi perto da virada do ano, quando embalou 20 triunfos em 22 partidas disputadas, chegando ao impressionante desempenho de 31-9 àquela altura. Após isso, o desempenho até o final do ano caiu, como era de se esperar, mas os torcedores do Rockets viam em Harden e cia uma possibilidade surpreender na pós-temporada.

Nos playoffs, o que se viu foi uma equipe extremamente competitva. Após eliminar o Oklahoma City Thunder sem muitos problemas em cinco jogos, o Rockets contou com uma grande atuação coletiva para ganhar o primeiro jogo da série contra o San Antonio Spurs e roubar a vantagem do mando de quadra no confronto. A partir daí, contudo, a equipe não conseguiu repetir o mesmo nível de apresentação. No jogo 5 da série, uma emocionante partida com direito a prorrogação terminou num toco fantástico de Manu Ginobili sobre James Harden, e aquele parece ter sido o último suspiro da equipe no ano, tendo sido facilmente eliminada no jogo seguinte.

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Futuro

Se a aposta do Rockets para a temporada 2016-2017 foi criar um elenco qualificado e com diversas opções, o rumo para a próxima temporada foi diferente: no que pode ser considerada a segunda maior troca dessa pós-temporada, a equipe de Houston adquiriu o armador Chris Paul do Los Angeles Clippers, desfazendo-se de diversos jogadores que forneciam bom suporte para a equipe, incluindo os armadores Patrick Beverley e Lou Williams.

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Mas essas não foram as únicas mudanças do Rockets: a equipe renovou com Harden, que ganhará inacreditáveis $228 mi ao longo de cinco temporadas. Fora isso, a franquia trocou de mãos, passando agora a ser propriedade do bilionário Tilman Fertitta. Entre as manutenções, espera-se que o estilo de jogo seja parecido, com a rotação titular tendo uma única mudança, justamente a entrada de Paul (com o consequente retorno de Harden à sua original posição de James Harden).

No papel, a dupla de armadores é argumentavelmente uma das melhores que a NBA já viu desde o começo do século. O restante do time titular é sólido, mas as peças no banco são uma incógnita. Será que um forte time titular, com um excelente perímetro mas uma rotação reserva deficiente, será suficiente para desbancar o Spurs como principal concorrente do Warriors pela Conferência Oeste?

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