Detroit Pistons (44-38)
Temporada Regular: 8° lugar da conferência Leste
Playoffs: Eliminado na primeira rodada para o Cleveland Cavaliers
MVP da campanha: Andre Drummond (16.2 pontos, 14.8 rebotes, 1.5 roubadas, 1.4 tocos)
Pontos positivos
– Andre Drummond teve uma temporada de evolução como muitos esperavam. Após duas campanhas com médias praticamente idênticas, o jovem pivô brilhou e foi um dos melhores jogadores da posição na temporada, terminou como melhor reboteiro e foi chamado para o Jogo das Estrelas pela primeira vez.
– Rebotes não foram um problema em Detroit. A equipe foi a terceira melhor no quesito, registrando a média de pouco mais de 46 rebotes por partida.
– O Pistons finalmente voltou aos playoffs. A franquia enfim conseguiu realizar uma campanha mais regular e voltou a frequentar a pós-temporada, fato que não ocorria desde 2009.
– O plano de jogo do técnico Stan Van Gundy começou a tomar uma forma real nesta temporada. Tendo Drummond como peça principal, o comandante começou a colocar em prática seu esquema característico e tem tudo para seguir progredindo.
Pontos negativos
– Entre as 30 equipes na NBA, o Pistons foi o quarto pior time no quesito assistências. Em média, a equipe distribuiu apenas 19.4 passes decisivos por jogo. Só Jazz, Lakers e Raptors conseguiram números menores.
– Se existe alguma coisa desta temporada que os torcedores e a franquia desejam esquecer, é com certeza o péssimo rendimento do banco de reservas. A segunda unidade da equipe foi uma das que produziram com menos eficiência e ficou em último em média de pontos, com apenas 25.7 pontos por jogo.
– A equipe obteve o pior aproveitamento em lances livres na temporada, com apenas 66%. É claro que ter Drummond na equipe (38% de aproveitamento na carreira) prejudica essa estatística do time.
Análise
O Pistons pareceu livre da desorganização nesta temporada. Após as últimas campanhas serem cercadas de contratações duvidosas e um time que parecia perdido, Stan Van Gundy chegou e começou a arrumar a casa. A temporada 2015/16 foi a primeira do comandante com um elenco mais parecido com o que ele deseja, embora o mesmo ainda esteja em formação.
Já era de se esperar que a equipe iria melhorar e o que se pôde observar em quadra foi um time muito mais organizado. Drummond deu um passo a mais na carreira e foi o grande destaque, mas outras peças também desempenharam bem seus papéis. Reggie Jackson viveu grande ano em sua primeira temporada inteira em Detroit e Kentavious Caldwell-Pope e Marcus Morris também se mostraram jogadores importantes para o elenco.
No último dia do período de transferências, o ala Tobias Harris chegou ao time e também conseguiu se encaixar bem. O jogador é jovem e possui três anos restantes no contrato atual, o que deixa a situação ainda mais cômoda. Além dos citados, o novato Stanley Johnson também causou boa impressão. Apesar de inconstante -algo normal para um jogador que ainda não está totalmente pronto para a NBA- o ala mostrou que tem potencial e maturidade para evoluir.
A equipe se classificou para os playoffs na oitava posição e encarou o Cleveland Cavaliers, que seria campeão posteriormente. Por mais que a série tenha acabado com um 4 a 0, o que se viu foram jogos muito disputados e um Pistons com muita energia. O Cavs conseguiu a varrida por ser o melhor time e estar pronto há muito mais tempo, mas o time de Detroit não fez feio e a série serviu para garantir mais experiência ao elenco na fase decisivia.
Futuro
Não é possível prever o futuro, ainda mais na conferência Leste cada vez mais equilibrada, mas o Pistons tem tudo para melhorar mais uma vez em relação à sua última campanha. Drummond renovou seu contrato e a esperança é de que ele siga evoluindo em todas as áreas (também nos lances-livres, pelo bem do basquete), as outras peças importantes seguem na equipe e muitas delas também não alcançaram seu potencial máximo.
Nenhum jogador importante da rotação deixou o time e novos atletas chegam para fortalecer o fraco banco de reservas, como o armador Ish Smith, que viveu ótima temporada no Philadelphia 76ers e vem para evitar que Jackson seja sobrecarregado na armação, o ala-pivô Jon Leuer e o gigante Boban Marjanovic, além do novato Henry Ellenson. Um rendimento maior do banco é essencial se a equipe quiser sonhar mais alto e evitar o desgaste excessivo dos titulares.
Com um elenco mais profundo e reforços aprovados pelo técnico Van Gundy, que é também o presidente de operações da franquia, a expectativa é que o Pistons esteja presente mais uma vez nos playoffs e demonstre o crescimento necessário para figurar na parte de cima do Leste e atingir seu potencial no futuro.