Revisão da Temporada – Denver Nuggets

Sob comando de Mike Malone, franquia do Colorado melhora número de vitórias e projeções para o futuro

Fonte: Sob comando de Mike Malone, franquia do Colorado melhora número de vitórias e projeções para o futuro

Denver Nuggets (33-49)

Temporada regular: 11º lugar da conferência Oeste
Playoffs:
 não se classificou
MVP da campanha: Danilo Gallinari (19.5 pontos, 5.3 rebotes, 2.5 assistências, 41% de aproveitamento nos arremessos de quadra)

https://www.youtube.com/watch?v=rWPVF4cgfxQ

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Pontos positivos

– O ala Danilo Gallinari continua retomando o nível técnico que impressionou os torcedores do Nuggets durante seus três primeiros anos na equipe. Após perder toda a temporada 2013-14 e sofrer com a falta de ritmo na campanha passada, o italiano de 28 anos foi o diferencial da equipe enquanto esteve em quadra. Apesar de atuar em apenas 53 jogos, Gallinari teve média de 34.7 minutos por jogo, segunda maior marca na carreira. Dono do time, o jogador também registrou seus melhores números em pontos (19.5) e rebotes (5.3). Os 432 lances livres tentados provam que o jogador recuperou a confiança em jogo e será sempre o destaque da franquia quando estiver atuando.

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– Os novatos Emmanuel Mudiay e Nikola Jokic surpreenderam positivamente durante sua primeira campanha na NBA. Sétima escolha no draft 2015, Mudiay teve sua temporada dividida em duas partes. Nos primeiros 23 jogos, o congolês foi uma máquina de erros ofensivos, com quatro desperdícios por partida. Apesar dos 10.7 pontos, os aproveitamentos de 31% nos arremessos gerais e 24% nos tiros de longa distância também assustaram. Após 14 partidas lesionado, Mudiay retornou ao Nuggets melhor, diminuindo seus erros para 2.8 por jogo, e elevando seus índices de conversão para 39% e 35% respectivamente. Jokic foi a grande surpresa entre os novatos da última temporada, com médias de dez pontos, sete rebotes, 2.4 assistências, um roubo de bola e 51% de aproveitamento nos arremessos em apenas 21.7 minutos por jogo. Versátil, o pivô sérvio provou ter visão total da quadra, alcançando oito partidas com pelo menos cinco passes decisivos. Com a lesão de Jusuf Nurkic e um inadaptado Kenneth Faried na posição 5, Jokic se tornou titular e indispensável para o esquema de Mike Malone

– Além dos novatos, Will Barton e Gary Harris apareceram com grande destaque durante a campanha 2015-16. Enquanto Harris desbancou o veterano Randy Foye e foi titular da equipe em todos os 76 jogos que disputou, Barton ficou na quarta posição na premiação de melhor reserva da temporada, com médias de 14.4 pontos, 5.8 rebotes, 2.5 assistências e 43% de conversão nos arremessos de quadra.

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– A troca de Ty Lawson para o Houston Rockets foi mais uma grande vitória para o Denver Nuggets. Além de ver o armador fracassar no Texas e não encontrar seu jogo no Indiana Pacers, a equipe ainda garantiu a seleção do espanhol Juan Hernangómez para o garrafão.

Pontos negativos

– Kenneth Faried atingiu seu teto, pelo menos, no Denver Nuggets. Pelo terceiro ano consecutivo, o ala-pivô ficou na faixa dos 12 pontos e nove rebotes. Os números são até elogiáveis, porém, a evolução comparada ao nível apresentado por Faried em sua temporada de calouro foi mínimo. Com 2,03 metros de altura, o jogador tentou apenas 65 arremessos de média e longa distância na última campanha, acertando 22. Das 155 tentativas consideradas como “jumpers”, Faried teve aproveitamento de 32%. Antes pilar da franquia, Faried não teve a preferência do técnico Mike Malone como ala-pivô com o retorno de Gallinari e, definitivamente, não se encaixou como pivô em formações small ball.

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– Surpreendentemente, a equipe que parecia uma das mais frágeis da NBA flertou com a zona de classificação para a pós-temporada durante os primeiros dois meses temporada. Porém, as lesões prejudicaram o trabalho de Mike Malone, que precisou utilizar 19 quintetos iniciais diferentes para suprir as ausências durante a campanha.

– O Denver Nuggets teve o 3º pior aproveitamento em arremessos de longa distância na temporada passada (32%). Na campanha 2015-16, a equipe subiu seu índice de conversão para 33%, ainda assim, ficando entre as cinco piores da NBA.

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Análise

O Denver Nuggets decidiu sua temporada e, possivelmente, o futuro da franquia, durante a offseason. A opção de recrutar Emmanuel Mudiay e negociar Ty Lawson para o Houston Rockets jogou as expectativas para a campanha 2015-16 no chão. A lesão do veterano Wilson Chandler antes da primeira partida parecia piorar a situação. Porém, o técnico Mike Malone conseguiu reverter as dificuldades e, em vez de tankar, melhorou a colocação final da equipe em comparação à temporada 2014-15 com três vitórias a mais.

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O treinador deu total liberdade para o ala Danilo Gallinari comandar a parte ofensiva da equipe, deixando o italiano em condições de registrar uma de suas melhores temporadas na liga. Antes da campanha começar, uma das maiores questões era como Malone se sairia sem a presença de um grande jogador no garrafão. A verdade é que o técnico não ficou sem referência na área pintada, uma vez que Nikola Jokic foi a grande surpresa do elenco com 16 duplos duplos e a sétima colocação no quesito assistências entre pivôs.

Futuro

Gallinari, Jokic e Mudiay serão os pilares da equipe de Mike Malone na temporada 2016-17. Sem perdas e adições significantes na agência livre, o Denver Nuggets apostará na evolução de seus dois segundo-anistas, e na consolidação do auge do ala italiano.

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Os retornos saudáveis de Wilson Chandler e Jusuf Nurkic darão mais opções táticas para Malone mudar os rumos das partidas, em um elenco que também contará com Will Barton, Gary Harris e Kenneth Faried. A diretoria optou por selecionar Jamal Murray e Malik Beasley, dois jogadores de perímetro, no recrutamento. O ala-pivô Juan Hernangómez também estreará pelo Nuggets na próxima campanha.

Se a primeira temporada do trabalho serviu para testar e evoluir os jogadores, a segunda decidirá quem fará ou não parte da fase final de reformulação em busca dos playoffs. Chandler e Faried são os atletas que mais correm risco de serem negociados até fevereiro.

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Uma classificação para a pós-temporada na próxima campanha é improvável até se Malone tirar o melhor de seu elenco, mas o técnico terá condições de melhorar o número de vitórias mais uma vez e, se encontrar a rotação correta nas posições de armador e pivô, alcançará mais um ano no caminho certo para o Nuggets.

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