Charlotte Hornets (48-34)
Temporada regular: 6º lugar da conferência Leste
Playoffs: Eliminado na primeira rodada para o Miami Heat em sete jogos.
MVP da campanha: Kemba Walker (20.9 pontos, 5.4 assistências, 4.4 rebotes, 1.6 roubada de bola)
Pontos positivos
– Campanha: Ao contrário da temporada anterior, o Charlotte Hornets voltou a construir mais uma boa campanha. Desde a temporada 1999-2000, a franquia não encerrava a fase regular com 48 ou mais vitórias.
– Kemba Walker: O principal atleta da equipe elevou suas médias comparado ao ano anterior em todos os quesitos. Se não fosse pela forte concorrência, poderia facilmente ter disputado o Jogo das Estrelas. Além disso, conseguiu um jogo de 52 pontos em janeiro contra o Utah Jazz.
– Equilíbrio nos dois lados da quadra: Se na temporada de 2014-15 havia faltado força ofensiva, sendo o terceiro pior ataque na liga, o que se viu neste ano foi um ataque eficiente, acertando tiros de três pontos – 4ª melhor equipe com mais bolas de três por jogo – e terminando na 11ª posição. Enquanto na defesa, o 9º lugar colaborou com que a equipe chegasse mais uma vez aos playoffs.
Pontos negativos
– Lesões: A principal perda do Hornets foi a de Michael Kidd-Gilchrist. Logo em um jogo de pré-temporada, o ala de 22 anos rompeu a cartilagem no ombro e praticamente não pisou em quadra na campanha. Além dele, o pivô Al Jefferson atuou apenas em 47 partidas durante a temporada regular.
– Falta de experiência em playoffs: Se durante a fase regular a equipe se portou bem defensivamente, os dois primeiros jogos e o último contra o Miami Heat na primeira rodada mostrou a irregularidade defensiva que a equipe passa. Nos três jogos citados, o Hornets cedeu ao Heat 114.6 pontos por confronto, todos com derrotas.
– Apesar da ascensão de Kemba Walker, quando se fala na equipe de Charlotte, não se vê um jogador top da liga. Existe sim um grupo de bons jogadores e um esquema proposto do técnico Steve Clifford, no entanto falta um jogador que muda o patamar da franquia na conferência Leste.
Análise
Depois de decepcionar na temporada de 2014-15, a equipe do Charlotte Hornets voltou mais encorpada do que nunca. Uma classificação para os playoffs de forma tranquila com 48 vitórias e mais do que isso, apenas mais um triunfo e a equipe do técnico Steve Clifford terminaria na 3ª colocação da conferência Leste.
O grande subida de produção do time muito se deve aos acertos táticos feito pelo treinador. Não costuma-se sair do terceiro pior ataque de uma temporada para a posição de 11º melhor no ano seguinte. O lado defensivo praticado pelo Hornets continuou confiável. Apesar do desfalque de Michael Kidd-Gilchrist em praticamente toda a campanha, a equipe ainda conta com outros bons defensores, como é o caso de Walker, Nicolas Batum e de seu substituto Marvin Williams, não por menos ficou entre as dez melhores defesas da liga.
Nos playoffs, pode-se notar uma falta de tranquilidade para fechar a série contra o Miami Heat. Após ter perdido os dois primeiros confrontos sem um mínimo de chances, conseguiu erguer-se e arrancar três vitórias seguidas, inclusive uma fora de seus domínios. Só que na hora de ganhar pela quarta vez e avançar para a próxima fase jogando em casa, entrou no ritmo de jogo do Heat e acabou perdendo. Na sétima e decisiva partida, a equipe voltou a oscilar e repetiu as más atuações como nos dois primeiros jogos.
Futuro
O que pode-se esperar do Charlotte Hornets para esta temporada é a briga por uma vaga nos playoffs. A franquia da Carolina do Norte trabalhou nesta offseason na manutenção de seus principais jogadores que eram agentes-livres. A permanência de Nicolas Batum é fundamental nos planos da equipe, já que o atleta foi o segundo maior cestinha do elenco com 14.9 pontos por partida, além de ser um belo defensor de perímetro. O ala Marvin Williams, que foi importante ao substituir Michael Kidd-Gilchrist, também renovou por mais quatro temporadas.
Se Batum renovou com a franquia, Jeremyn Lin aproveitou o aumento do teto salarial para garantir um novo contrato e assinou com o Brooklyn Nets. A perda do armador que chegou em baixa em Charlotte vai ser sentida. O atleta de 28 anos foi um dos melhores reservas na última temporada e provia descanso a Kemba Walker ou os dois atuavam juntos com Lin mais livre para a pontuação. Ramon Sessions chegou para seu lugar e Marco Belinelli, sempre perigoso nos tiros de três pontos, foi mais uma aquisição para o perímetro.
Outra perda sofrida pela franquia foi do pivô Al Jefferson. Após três anos defendendo o Hornets, o atleta de 31 anos vai atuar pelo Indiana Pacers. Para a posição foi contratado Roy Hibbert. O especialista em proteger o aro é mais um bom defensor para esta equipe. No entanto, a dúvida é se ofensivamente ele vai conseguir produzir o que Jefferson conseguia.
Apesar das trocas de atletas em algumas posições, o Hornets da próxima temporada deverá seguir com o mesmo tamanho dentro da liga. A notável melhora no jogo de Kemba Walker parece que não será suficiente para a equipe alçar vôos maiores. Mesmo com bons jogadores, o time do técnico Steve Clifford dificilmente alcançará uma final de conferência.