Charlotte Hornets (33-48)
Playoffs: Não classificado. 11º colocado na conferência Leste
MVP do time na campanha: Kemba Walker – 17.3 pontos, 5.4 assistências, 1.5 roubada
Pontos positivos
– A temporada 2014-15 do basquete em Charlotte já começou vitoriosa antes mesmo da equipe entrar em quadra, uma vez que a franquia conseguiu retomar seu nome original e voltou a se chamar Charlotte Hornets.
– A defesa continua sendo o ponto forte do Charlotte. Após ser a 4ª melhor defesa na temporada 2013-14, a equipe manteve a boa intensidade defensiva e foi a sétima melhor na temporada 2014-15, com 97.3 pontos sofridos por partida.
– 2ª escolha do draft 2012, Michael Kidd-Gilchrist segue amadurecendo a cada temporada. Em seu terceiro ano, o ala melhorou suas estatísticas de segundo-anista em pontos (10.9), rebotes (7.6), assistências (1.4) e toco (0.7) em seus 29 minutos em quadra por partida.
– A diretoria do Hornets se mostrou ativa na metade da temporada e realizou trocas para fortalecer a equipe na reta final. Destaque para a aquisição do armador Mo Williams, que liderou a franquia em assistências por jogo (6) e foi o segundo maior pontuador com 17.3 pontos durante suas 27 partidas em Charlotte.
Pontos negativos
– Lance Stephenson. A maior contratação do Hornets para a temporada 2014-15 foi um fracasso: 8.2 pontos, 3.9 assistências e o terceiro pior aproveitamento nos arremessos da equipe com apenas 37% resumem bem como a conexão Stephenson-Hornets não funcionou. Titular em 25 jogos, o jogador não estará na franquia em 2015-16.
– Com 33 vitórias, o Hornets ficou a cinco triunfos da pós-temporada. Um número relativamente alto, mas não ao se considerar a sequência negativa de oito derrotas nos últimos dez jogos da temporada. Sétimo e oitavo lugar no Leste, Boston Celtics e Brooklyn Nets terminaram o ano em alta, com oito e seis vitórias nas últimas dez partidas respectivamente.
– Se manter a forte defesa foi um fator positivo, piorar o já fraco ataque da temporada 2013-14 foi um ponto negativo. O Charlotte Hornets foi o terceiro pior ataque da NBA com apenas 94.2 pontos por partida, além de ficar na penúltima posição em aproveitamento geral de arremessos (42%) e o pior da linha de três pontos (31%).
– As lesões durante diferentes momentos da temporada prejudicaram o Hornets. Pilares da equipe, o trio Al Jefferson, Kemba Walker e Kidd-Gilchrist começou apenas 20 jogos na temporada, e venceram sete deles juntos.
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Análise
A equipe do Charlotte Hornets chegou para a temporada 2014-15 com a felicidade da volta de seu antigo nome e a pressão de pelo menos repetir a aparição de 2013-14 nos playoffs, com um conjunto melhor e mais rodado. Nas condições da conferência Leste na temporada passada, a classificação era esperada, mas as lesões combinadas com o fracassado da maior aposta da franquia deixaram o sonho bem longe.
As 22 vitórias até a pausa para o Jogo das Estrelas deixava o Hornets na sétima colocação da conferência Leste, posição ótima considerando as fracas atuações de Lance Stephenson, grande contratação da equipe para a temporada, e as lesões de Kemba Walker, Al Jefferson e principalmente Kidd-Gilchrist. Charlotte ficou 16 jogos sem o camisa #14 neste período. Com o ala, foram 19 vitórias e 17 derrotas, sem o ala foram três vitórias e 13 derrotas.
Com a cirurgia de Walker em janeiro, a franquia adquiriu o armador Mo Williams, e a presença do pontuador deu uma sobrevida ao Hornets até a reta final, quando Al Jefferson já não conseguia se manter em quadra. Muito abaixo do início da temporada, Walker não contribuiu muito em sua volta, e Charlotte perdeu sua vaga para a pós-temporada. Com aproveitamento de 36% nos últimos 30 jogos, Charlotte acabou ultrapassado por Boston Celtics, Brooklyn Nets, Indiana Pacers e Miami Heat.
Futuro
A diretoria do Charlotte Hornets sabe bem o que deu errado na temporada 2014-15, e logo iniciou uma pequena reformulação ao trocar Lance Stephenson para o Los Angeles Clippers por Spencer Hawes e Matt Barnes, que já foi embora para o Memphis Grizzlies. Após adquirir um reserva para Al Jefferson, a franquia buscou Nicolas Batum, liberando Gerald Henderson e Noah Vonleh para o Portland Trail Blazers. O ala Jeremy Lamb também chegou via troca, enquanto Tyler Hansbrough e Jeremy Lin assinaram como agentes livres.
A certeza em recrutar o ala-pivô Frank Kaminsky com a nona escolha do draft 2015 escancara o rumo que o Hornets seguiu na offseason: melhorar o ataque pelos arremessos.
Pior equipe da linha dos três pontos em 2014-15, Charlotte aposta nas bolas de longa distância vindas dos homens grandes. Hawes alcançou 41% de aproveitamento há dois anos por Philadelphia e Cleveland, enquanto Kaminsky terminou seu último ano pela faculdade de Winsconsin com os mesmos 41%.
O time de Michael Jordan pagou caro por Batum, mas espera uma recuperação do francês após sua pior temporada na NBA desde sua temporada de calouro. Um dos maiores desafios do técnico Steve Clifford será lidar com Batum e Kidd-Gilchrist na mesma equipe, uma vez que ambos atuam prioritariamente para a ala.