O Utah Jazz não atingiu as altas expectativas do início da temporada, mas não tem o que criticar em Donovan Mitchell. Com as maiores médias da carreira, o ala-armador foi eleito para o Jogo das Estrelas pela primeira vez e parece consolidado como um dos principais jovens astros da liga. O técnico Quin Snyder aposta que o atleta de 23 anos está preparado para comandar a equipe em uma longa campanha nos playoffs.
“Às vezes, as pessoas esquecem que Donovan chegou a Utah e tornou-se um playmaker quase instantaneamente para nosso time. Nós precisávamos desse tipo de jogador e ele supriu essa necessidade desde o primeiro dia. É um garoto que melhora a cada novo dia e está em contato constante conosco para saber em quais aspectos tem que melhorar, recursos a aprimorar”, afirmou o treinador, em entrevista à ESPN.
O Jazz vem conseguindo chegar consistentemente aos playoffs nos últimos anos, mas, na análise da maioria de analistas e torcedores, só vai até onde sua defesa possibilita. Quando enfrenta marcações mais fortes, que desafiam a sua produção ofensiva, Utah “bate em seu teto”. A falta de um criador de arremessos em meia quadra é apontada como razão para isso, mas Snyder vê Mitchell como a solução para esse problema.
“Quando você é jovem, entra em uma etapa aguda da competição e passa a enfrentar vários diferentes esquemas defensivos, é natural ter um período de aprendizado. Mas, mesmo assim, Donovan já teve grandes momentos e ótimas atuações em playoffs. Eu não tenho dúvidas de que ele é capaz de tomar o controle de jogos – e vai fazê-lo na pós-temporada”, garantiu o experiente técnico.
Como um bom treinador, porém, Snyder ressalta a habilidade de seu grupo: Mitchell é o criador de arremessos do Jazz em momentos de aperto, mas não precisa ser o único a assumir essa função. “Você tem que ter esse tipo de jogador para vencer na NBA, não tem jeito. Nós temos um elenco balanceado, no entanto. Caras como Mike Conley e Jordan Clarkson, por exemplo, também são completamente capazes dessa criação”, finalizou o comandante.
