Perguntas ainda sem respostas na NBA

Temporada 2022/23 vai começar com algumas polêmicas e dúvidas não esclarecidas

perguntas sem respostas NBA Fonte: Nathaniel S. Butler / AFP

Estamos a 23 dias do início da temporada 2022/23 da NBA e algumas perguntas ainda estão sem respostas. Afinal, a offseason deste ano nos brindou com algumas trocas chocantes, negociações inesperadas. Além disso, tivemos dramas e escândalos envolvendo personagens importantes da liga.

Dessa forma, a nova campanha está se aproximando e questões importantes precisam ser esclarecidas. Neste artigo, vamos tentar destrinchar algumas das perguntas mais importantes ainda sem respostas na NBA.

Publicidade

1- Clima no Nets após o “fico” de Durant

Inegavelmente, a maior “novela” da offseason envolveu Kevin Durant. No fim de junho, o astro fez um pedido de troca à direção do Brooklyn Nets. No entanto, dois meses depois, o ala de 33 anos anunciou sua permanência na equipe.

Assim, sem uma oferta vantajosa, o astro começa a temporada no Nets. Vale lembrar que Durant está sob contrato pelos próximos quatro anos (US$194,2 milhões em salários).

Como todos sabem, a novela teve alguns capítulos dramáticos. Afinal, o astro chegou a dar um ultimato à franquia ao exigir as saídas do gerente-geral Sean Marks e do técnico Steve Nash. Durant, aliás, indicou que não acredita que a dupla Marks e Nash faria a diferença no Nets para os próximos anos. Ou seja, com eles, o atleta duvidava que o time tivesse alguma chance de título. Contudo, o dono do Nets, Joe Tsai, apoiou publicamente o GM e o treinador da equipe. Dessa forma, Durant teve que colocar a viola no saco…

Publicidade

Além disso foi divulgada a insatisfação de outro astro do Nets com Marks e Nash. O jornal New York Post revelou, inclusive, que o armador Kyrie Irving odeia a dupla. Que clima gostoso na equipe, hein?

Então, a questão é: até quando essa “paz” vai durar? Se os resultados não forem bons no início de temporada, a direção da franquia seguirá prestigiando Nash? Durant vai fazer um novo pedido de troca? O treinador recebe muitas críticas dos torcedores e, aparentemente, não agrada aos astros do time. Enfim, a torta de climão está servida no Brooklyn…

Publicidade

2- Situação de Westbrook no Lakers

Russell Westbrook chegou ao Los Angeles Lakers, em 2021, para ser o terceiro astro do time. A ideia era “simples”: ajudar a dupla LeBron James e Anthony Davis a trazer mais um título para a franquia. Todos sabiam que o encaixe não seria fácil. Contudo, Lebron e Davis chancelaram a vinda do armador.

E deu tudo errado. Como esperado, o “experimento” Westbrook no Lakers não funcionou. Afinal, LeBron demanda muito a bola. Como Westbrook não é um arremessador consistente, ele se tornou apenas mais um sem a bola. Para piorar, Davis passou mais tempo no departamento médico do que em quadra. E o entorno dos astros foi abaixo da crítica (exceto Austin Reaves e Malik Monk).

Publicidade

Dessa forma, o Lakers fez uma campanha patética ao nem chegar ao play-in. Como resultado, o técnico Frank Vogel foi demitido. Para o lugar dele, a franquia trouxe Darvin Ham, que era assistente técnico no Milwaukee Bucks. Portanto, um treinador de “primeira viagem” na NBA.

Além disso, a saída de Westbrook foi especulada ao longo da offseason. O armador de 33 anos foi oferecido a vários times, mas nenhuma negociação vingou. Obviamente, o contrato expirante de US$47,1 milhões é o grande empecilho.

Todavia, o novo treinador demonstrou apoio ao veterano, mas ao mesmo tempo, saiu a notícia de que Westbrook pode virar reserva. Afinal, o Lakers trouxe dois armadores (Patrick Beverley e Dennis Schroder) que, em teoria, funcionam em um time com LeBron e Davis.

Publicidade

Por fim, algumas perguntas ainda sem respostas sobre mais um imbróglio na NBA. Westbrook aceitaria ir para o banco de reservas? Ainda é possível encaixar o armador com LeBron e Davis? Inimigos declarados de outrora, Westbrook e Beverley vão ter uma convivência saudável no vestiário? Enfim, Darvin Ham tem um abacaxi imenso nas mãos para descascar…

Leia Mais!

3- Impacto do caso Udoka no Celtics

Vice-campeão da última temporada, o Boston Celtics deu muitas esperanças à torcida. A expectativa, com a manutenção do núcleo principal, e a chegada dos reforços Malcolm Brogdon e Danilo Gallinari, era a mais alta possível.

Publicidade

Também pudera. O Celtics teria uma das rotações mais fortes da liga. O núcleo jovem chegaria com a bagagem de ter disputado as finais. Além disso, o segundo ano de trabalho de Ime Udoka prometia ser ainda melhor.

Contudo, as coisas começaram a piorar com a grave lesão de Gallinari (fora da temporada) e a cirurgia de Robert Williams, que vai afastar o pivô titular da equipe por até três meses. Assim, a rotação do time fica curta.

Além disso, o escândalo envolvendo o treinador pode causar um estrago imenso. Suspenso por um ano em razão de um caso extraconjugal com uma funcionária do Celtics, e possível assédio moral, (há a suspeita de que a história foi bem pior do que a divulgada), Udoka caiu em descrédito na liga. Violou o código de conduta da franquia e, assim, deixou o elenco na mão. Ou seja, um péssimo exemplo em todas as esferas.

Publicidade

Eu fico pensando: como será daqui a um ano? Udoka retorna como se nada tivesse ocorrido? Será demitido (o que já deveria ter sido feito)? O que o elenco está pensando a respeito do comportamento inaceitável de seu comandante?

Sem Udoka, o time será comandado pelo assistente Joe Mazzulla, de 34 anos. Aliás, ele já foi preso por violência doméstica, na época em que estava na universidade. Espero que tenha evoluído como ser humano. Por tudo isso, o Celtics, que era uma das certezas de sucesso na temporada da NBA, agora passa a ter mais perguntas do que respostas…

Publicidade

4- Futuro do Suns

Após rumores da possível saída de Deandre Ayton, o Suns renovou o contrato de seu pivô titular até 2026. Foi preciso cobrir a oferta do Indiana Pacers pelo jovem atleta, 45 dias após o início da agência livre.

Vale lembrar que Ayton terminou a temporada em baixa. Afinal, foi um dos mais criticados no vexame do jogo 7 contra o Dallas Mavericks. De quebra, bateu boca com o técnico Monty Williams. Assim, a percepção geral era a de que não haveria clima para a continuidade dele em Phoenix.

Publicidade

No entanto, parece que as arestas foram reparadas. O próprio gerente-geral da franquia, James Jones, revelou que a intenção era a de renovar com Ayton. Contudo, dois aspectos dessa negociação chamam a atenção: Ayton só poderá ser trocado a partir de 15 de janeiro de 2023. Além disso, o pivô tem a opção de vetar qualquer troca pelo período de um ano.

Além disso, um escândalo sacudiu a offseason do Suns. Por racismo e misoginia, o dono da franquia, Robert Sarver, foi suspenso por um ano pela NBA. A punição leve revoltou muitas pessoas, inclusive astros da NBA (LeBron James e Chris Paul, por exemplo), patrocinadores e sócios minoritários.

Publicidade

Assim, por conta da pressão, Sarver decidiu colocar o Suns à venda. A princípio, quatro nomes surgem como possíveis compradores: Jeff Bezos (Amazon), Larry Ellison (Oracle), Laurene Jobs (viúva de Steve Jobs, fundador da Apple) e Bob Iger (ex-CEO da Disney). Segundo a revista Forbes, a franquia do Arizona está avaliada em US$1,8 bilhão. Porém, especula-se que o Suns seja vendido por cerca de US$2,5 bilhões.

De qualquer forma, um novo tempo se aproxima em Phoenix. Além do comportamento inaceitável, Sarver era muito criticado por ser “muquirana” e interferir, em excesso, nas operações de basquete da franquia.

5- Os novos times de Rudy Gobert e Donovan Mitchell 

O Utah Jazz chutou o balde na offseason e negociou os seus dois astros: Rudy Gobert para o Minnesota Timberwolves e Donovan Mitchell para o Cleveland Cavaliers. Assim, restam algumas perguntas sem respostas quanto aos novos destinos da dupla na NBA.

Publicidade

Com Gobert, o Timberwolves vai ter que mudar o estilo de jogo. Afinal, a ideia é ter Karl-Anthony Towns e o francês juntos em quadra. Towns é um big man que consegue pontuar de vários lugares, e espaça bem a quadra (arremessador de elite).

A questão é quanto à mobilidade de ambos. O Timberwolves está na contramão da NBA, que atualmente privilegia formações mais baixas. O antigo titular Jarred Vanderbilt (que foi para o Jazz) chamava a atenção pela agilidade e versatilidade defensiva. No entanto, o Timberwolves passa a contar com um protetor de aro de elite. Enfim, ajustando esse encaixe de Towns com Gobert, a equipe de Minnesota tem tudo para ser uma das forças do Oeste.

Publicidade

Mitchell, por sua vez, eleva o nível do Cavaliers. A equipe de Cleveland tem um dos melhores núcleos jovens da liga e, com a chegada do astro, se torna um candidato a “coisas grandes” no Leste. A conferência está mais forte, mas o Cavs não pode ser subestimado. Time titular jovem, qualificado, e um banco de reservas com veteranos úteis. Ou seja, uma boa combinação para ir longe na temporada.

Por fim, a pergunta que fica é sobre o encaixe de Mitchell com Garland. Afinal, ambos demandam a bola. Contudo, eles são arremessadores confiáveis, o que minimiza a chance de insucesso. Além disso, a dupla é baixa (1,85m cada), o que pode comprometer a defesa. Porém, o Cavs tem um defensor em evolução (Isaac Okoro) e um que já impactou o time desde o primeiro dia (Evan Mobley).

Publicidade

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA: 

Publicidade

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Canal no Telegram

Últimas Notícias

Comentários