Fonte: Maddie Meyer / AFPSteve Kerr recebeu o prêmio de melhor técnico da Conferência Oeste em fevereiro. Durante o mês, afinal, o treinador liderou o Golden State Warriors a 11 vitórias em 14 partidas disputadas. Ou seja, foi a melhor equipe no período. Além disso, o quatro vezes campeão pela franquia alcançou 500 vitórias na carreira nos últimos 30 dias.
O prêmio de melhor técnico durante o mês, contudo, ficou em segundo plano para Steve Kerr. Isso porque, no dia 23 de fevereiro, ele assinou uma extensão de US$35 milhões por dois anos. Assim, se tornou o treinador mais bem pago da história da NBA.
Os reconhecimentos, contudo, não escondem a temporada turbulenta de Kerr sob o comando do Warriors. Afinal, atualmente, a franquia ocupa somente a décima posição no Oeste, com 32 vitórias em 60 jogos. Desse modo, ainda não tem sequer a vaga para o play-in garantida.
Para piorar, logo na segunda partida de março, sua equipe sofreu uma das piores derrotas da história. Diante do Boston Celtics, o Warriors sofreu 140 pontos, enquanto marcou apenas 88. A marcação ‘frouxa’ dos seus comandados ainda foi colocada em xeque, uma vez que em diversos momentos os celtas ficaram livres para arremessar.
O momento turbulento, portanto, tornou o trabalho de Kerr questionável pela primeira vez. Afinal, há dois anos atrás, ele comandou o time ao título da NBA, diante do próprio Celtics. Vale lembrar, além disso, que o Warriors conta com a maior folha salarial da liga.
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Para Charles Barkley, comentarista do canal TNT, o Warriors, mesmo com o bom momento em fevereiro, sequer é considerado como forte candidato no Oeste. Ele ainda afirma que as equipes não estão mais preocupados com a franquia e com o Los Angeles Lakers.
“Os adversários da conferência não estão olhando para eles. A questão somos nós, que bajulamos essas equipes demais. Não vejo ninguém falando sobre o nono colocado do Leste, por exemplo. Lakers e Golden State estão em um bom momento, mas é preciso ser realista: não vão vencer os líderes do Oeste”, sentenciou o veterano.
Vale lembrar, entretanto, que muitas coisas têm acontecido fora das quadras. Um dos pilares do elenco, Draymond Green passou boa parte da campanha suspenso, por casos de agressão. Chris Paul, enquanto isso, sofreu com lesões e ainda não mostrou nem flashs do armador que foi um dia. Por fim, o assistente Dejan Milojevic morreu de forma inesperada e abalou o ambiente.
Em janeiro, por exemplo, após seis derrotas em oito jogos, Kerr reconheceu a dificuldade em não contar com Green e Paul.
“Sem Draymond Green e Chris Paul fica realmente claro que não há muita conversa defensiva. Temos um grupo muito quieto. Provavelmente precisamos de um estímulo. Precisamos do Draymond e do Chris. Enfim, precisamos de caras que possam reunir as tropas da maneira certa. Quando você está passando por uma situação ruim, só há uma saída: lutar e competir juntos”, finalizou.
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