O novo técnico do Washington Wizards, Brian Keefe, sabe que o futuro do time depende de Alex Sarr. O pivô foi a segunda escolha do último draft e, assim, se tornou a seleção mais alta do time em mais de uma década. Ele “fugiu” do Atlanta Hawks, que estava na primeira posição do recrutamento, porque queria atuar pela equipe. O comandante, por isso, projeta tratar o seu desenvolvimento com enorme importância.
“Alex tem a capacidade de se tornar um pontuador em três níveis durante a carreira. O que já me impressiona, no entanto, é a forma como enxerga e lê o jogo. Ele é um bom passador e, por isso, queremos colocar a bola em suas mãos. Queremos que explore e tenha a oportunidade de criar jogadas tanto para si, quanto para outros. É a hora de testar”, afirmou o treinador, em entrevista à rede Monumental Sports.
Sarr ficou conhecido durante o processo pré-draft como um prospecto defensivo de elite em uma classe supostamente fraca. A sua agilidade e capacidade de marcar em espaço, por exemplo, fazem com que seja um atleta perfeito para a NBA atual. Keefe reconhece isso, mas vê mais. Ele já mostrou capacidade de exercer diferentes funções no ataque. E, sobretudo, tem a personalidade e conduta que o Wizards valoriza.
“Alex é um talento natural, mas, antes de tudo, o que chama a atenção é o seu caráter. É um garoto de muita integridade que ama jogar basquete. A sua versatilidade nos dois lados da quadra é uma virtude sobre a qual, certamente, podemos construir esse novo time. Na defesa, em particular, pois é capaz de defender diferentes posições e atletas”, reconheceu o profissional de 48 anos.
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Profissionalismo
Antes de ter autonomia em quadra, o técnico quer que Alex Sarr também entenda o que significa jogar no Wizards. Ou seja, ser um jogador profissional de basquete na melhor liga do planeta. Mas isso é uma via de sentido duplo: depende da dedicação do atleta e do exemplo oferecido pela franquia. Keefe, por isso, quer inseri-lo em um ambiente de trabalho que transpareça profissionalismo desde o primeiro dia.
“Em primeiro lugar, nós queremos estabelecer hábitos positivos para os nossos novatos. Vamos trabalhar com Alex, nesse sentido, assim como fizemos com Bilal Coulibaly. Você precisa ensinar esses garotos a ser profissionais e como funciona a liga. Adquirir hábitos consistentes é a única forma de crescer nessa liga. Isso vai ser o nosso foco, então, com os mais jovens”, revelou o treinador.
A importância de oferecer o ambiente de trabalho adequado, no entanto, não pode tirar a autonomia dos jogadores. Afinal, a postura deles também constrói esse ambiente. “Responsabilidade é uma palavra que muitas pessoas falam, mas, na NBA, trata-se de construir um padrão. Você precisa ser responsável no aprimoramento do seu jogo. Isso é algo que esperamos dos nossos jogadores também”, completou.
Exemplo
Keefe trabalhou nos últimos 24 anos, de forma quase ininterrupta, como assistente em nível universitário e na NBA. A sua primeira experiência na liga, no entanto, aconteceu como coordenador de vídeo no San Antonio Spurs. Ele não voltaria a trabalhar com os texanos, mas conviver Gregg Popovich ficou marcado na memória. O veterano é a sua maior influência para iniciar o trabalho em Washington.
“Eu carrego comigo a forma como Gregg trata e se importa com as pessoas a cada dia. É o ambiente que quero em minhas equipes. Não há atalhos, então é preciso trabalhar duro todos os dias. Mas sempre tratando as pessoas bem. O profissionalismo que pude vivenciar em San Antonio foi uma grande lição para mim, que estava começando na NBA”, relatou o novo técnico do Wizards.
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