Quatro coisas que o Futebol Brasileiro pode aprender com a NBA

Por Gabriela Ribeiro – entrandonojogo.com.br O Miami Heat venceu o Oklahoma City Thunder na série de jogos das finais do basquete americano e se tornou campeão de 2011-12. Com o término da temporada da NBA nos Estados Unidos, é hora de fazer análises. Mas será que, de alguma forma, é possível comparar o basquete com […]

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Por Gabriela Ribeiro – entrandonojogo.com.br

O Miami Heat venceu o Oklahoma City Thunder na série de jogos das finais do basquete americano e se tornou campeão de 2011-12. Com o término da temporada da NBA nos Estados Unidos, é hora de fazer análises. Mas será que, de alguma forma, é possível comparar o basquete com o futebol? Melhor ainda: será que o basquete americano tem lições para dar ao futebol brasileiro?

O desafio hoje é levantar quatro coisas que o Futebol Brasileiro pode aprender com a NBA. Meus comentários são baseados em uma visita que fiz ao Staples Center, a casa do Los Angeles Lakers. O vídeo a seguir mostra um pouco da estrutura da arena e do clima do jogo Los Angeles Lakers x Houston Rockets.

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1) Vender a marca não é pecado

Em julho de 2011, a NBA passou por um período de lockout – uma greve que impedia os atletas de treinarem e até de se comunicarem com os treinadores. O motivo era a falta de acordo em relação aos salários e durou 161 dias. A greve atrasou o início da temporada 2011-12 e reduziu o número de jogos de 82 para 66 partidas. Só em ingressos estima-se que o prejuízo tenha sido de US$ 1 bilhão.

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A máxima americana é clara: a resposta sempre é dinheiro. Não estou defendendo o preço abusivo dos ingressos, muito menos a elitização do esporte. Explorar o nome e fortalecer a marca pode ser um ponto positivo para as equipes, sim.

Depois da final de ontem, por exemplo, já foram vendidos, na American Airlines Arena, produtos alusivos à conquista do campeonato. Aqui no Brasil, as franquias não são tão organizadas; quem vende a faixa de campeão, antes do próprio clube, são os camelôs. E que fique claro: vender a marca não é vender a história, a origem e a dignidade da equipe.

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2) Estádio multifuncional

O Staples Center, segundo a definição oficial, é uma arena “multi-propósitos”. Além de ser a casa do Lakers e do Clippers, também abriga jogos de hóquei, shows e, em agosto, foi palco da luta válida pelo UFC Los Angeles. O Staples Center é um espaço estruturado para receber qualquer tipo de evento. Não é possível tamanha flexibilidade para os estádios de futebol, mas uma arena grande que pudesse ser utilizada (de forma efetiva) para outros fins, além dos dias de jogos, faria muita diferença aqui no Brasil.

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3) Valorização da imprensa

Podem até falar que defendendo a classe, mas o fato é que, na NBA, o profissional de imprensa é colocado em destaque. Durante os intervalos dos jogos, por exemplo, repórteres fazem intervenções dentro da quadra com transmissão, através de telões, para o estádio inteiro. Antes e depois das partidas a imprensa é tratada com respeito. Nas premiações, inclusive, é comum a participação de jornalistas.

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Muitos com certeza irão discordar deste ponto, por causa da postura que a imprensa assume em coberturas esportivas no Brasil. De qualquer forma, se os profissionais da área recebessem o devido valor, com certeza aprenderiam a valorizar mais as franquias.

4) Valorização do torcedor

O valor que se dá ao torcedor na NBA é algo incrível. Não vou citar aqui as condições sanitárias dignas para os visitantes do estádio, porque isso não deveria ser nem um artigo de luxo. O atendimento por parte dos funcionários do estabelecimento também era exemplar. No jogo em que eu fui, Lakers x Rockets, o entretenimento era prioridade, mas os atrativos iam além da partida de basquete.

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Logo na entrada, os torcedores eram recebidos com ecobags dos Lakers (com a marca de um patrocinador) que continham folhetos informativos sobre a equipe. No intervalo da partida, foram sorteados brindes da franquia. Além disso, contávamos com uma promessa: se o Lakers vencesse o Rockets por mais de cem pontos, teríamos direito a dois tacos na rede de fast-food Jack in the Box. As câmeras também faziam a alegria da galera com a reprodução das imagens da torcida nos telões. Pode até parecer pão e circo para alguns, mas é certo que esse tipo de recepção causa ótima impressão nos visitantes.

Em tempo: o Lakers perdeu e não ganhamos os tacos.

Os grandes eventos do basquete americano também sofrem com alguns problemas, como a falta de estacionamento da própria arena e ingressos caríssimos na bilheteria (a negociação de ingressos é permitida nos Estados Unidos e isso encarece os ingressos comprados direto no local do evento).

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É óbvio que nem tudo o que é feito por lá é válido aqui. Fatores culturais e econômicos são determinantes para o perfil do torcedor. Dos mestres do marketing esportivo, entretanto, podemos tirar algumas lições preciosas para a realização de mega eventos esportivos. E isso é o que o Brasil precisa aprender o quanto antes.

Matéria original: http://entrandonojogo.com.br/basquete-4-coisas-que-o-futebol-brasileiro-pode-aprender-com-a-nba/

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