O Jumper Brasil dá prosseguimento à série “Prospecto do Draft 2023″, agora com o pivô Trayce Jackson-Davis. Um dos destaques da Universidade de Indiana, ele é projetado como uma escolha de final de primeira rodada no recrutamento deste ano. Confira a análise do site para o atleta de 23 anos.
Trayce Jackson-Davis
Idade: 23 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Indiana
Experiência: senior (quarto ano universitário)
Posição: pivô
Altura: 6’9″ (2,06m)
Envergadura: 7’1″ (2,16m)
Peso: 109 kg
Médias na última temporada: 20,9 pontos, 10,8 rebotes, quatro assistências, 0,8 roubo de bola, 2,9 tocos, 2,5 turnovers, 58,1% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 69,5% nos lances livres, em 34,5 minutos
Por Lucas Nicolau
Atributos físicos e atléticos
- Pivô de estatura reduzida e envergadura apenas funcional, Trayce Jackson-Davis confia mais no seu atleticismo, impulsão e inteligência para ser um protetor de aro.
- Incrível capacidade atlética para a posição. Muito móvel cobrindo espaços e navegando ao redor da quadra. Além disso, vai muito rápido de um lado ao outro da quadra.
- Sua capacidade de salto vertical e habilidade de realizar um “segundo salto” rapidamente são excelentes. Desse modo, ele é muito efetivo em jogadas próximas à cesta. Jackson-Davis representa uma ameaça constante ao pegar rebotes ofensivos e conseguir putbacks. Além disso, é um especialista em enterradas espetaculares, totalizando impressionantes 73 durante a última temporada.
Ataque
- Um rim-runner de muita velocidade e explosão, sendo difícil para outros pivôs o acompanharem nas transições. Portanto, é uma ameaça constante para lobs e interessante para times que jogam com o ritmo (pace) alto.
- Mesmo sendo um jogador muito versátil atleticamente, Jackson-Davis foi basicamente um grande pontuador de garrafão no College. Ele possui um excelente trabalho de pés e inteligência. Além disso, tem uma velocidade maior que seus adversários de costume. Dessa forma, consegue levar vantagem em jogadas no post. Seu toque ao redor da cesta com a mão esquerda é sempre muito refinado. Por fim, também possui um toque suave e eficiente em floaters.
- Excelente visão de quadra e calma ao jogar. Contribui como criador de jogadas, seja em passes da cabeça do garrafão ou em handoffs. Quando está no garrafão, faz um bom trabalho ao encontrar arremessadores livres do lado fraco da defesa, realizando sempre a melhor leitura. Além disso, possui uma enorme capacidade quando parte em transição trazendo a bola partir de um rebote e fazendo escolhas inteligentes de passe. Seu controle de bola para um jogador de garrafão é exemplar, assim como sua capacidade de segurar a bola não importando a qualidade do passe.
Defesa
- Ótimo defensor em ajuda, se destacando pelo bom posicionamento e inteligência. É eficiente em coberturas e na proteção de aro devido à sua ótima habilidade atlética e coordenação nos tocos. Aliás, Jackson-Davis não foge de jogadores explosivos e tenta contestar tudo no garrafão. Sua habilidade de salto, então, ajuda a compensar a sua falta de altura.
- Um jogador muito móvel quando cai no perímetro, tendo boa postura e mãos muito rápidas. Tem força e velocidade lateral para se manter à frente de alas e armadores. Saber ler muito bem os ângulos e o posicionamento necessário para conter jogadores no pick-and-roll, sendo difícil de ser batido em trocas de marcação ou de encontrarem passes às suas costas.
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Pontos fracos
- Incapaz de finalizar com a mão direita, o tornando um jogador extremamente previsível no garrafão. Mesmo quando faz jogadas em direção ao lado direito tenta finalizar de esquerda ou uma enterrada usando as duas mãos, o que diminui consideravelmente sua eficiência nessas situações. Tenta compensar isso com velocidade e agilidade em relação ao defensor, além de ter habilidade para enterrar mesmo bem marcado.
- Não finaliza jogadas que não sejam próximas ao aro. Acertou apenas 67,5% dos lances livres em sua carreira universitária e tentou apenas três arremessos de três pontos, sem converter nenhum deles na última temporada. Então, o indicativo de que poderia ter um potencial latente como arremessador não existe. Pior do que isso, também não acertou nenhum dos seus poucos arremessos (6) de média distância na última temporada, e em arremessos totais, só acertou 3 de 14 (21%).
- Baixa estatura e pouca massa muscular para conter adversários no jogo interior, não conseguindo manter ou segurar posição, e sendo de razoável tranquilidade finalizar por cima dele. Embora esse estilo de jogo não seja tão comum atualmente, certamente isso logo poderia ser visado em quadra, o encaixando em missmatches que trariam muitos problemas à sua equipe.
Conclusão
- Trayce Jackson-Davis foi, sem dúvida alguma, um dos cinco melhores jogadores do College na última temporada. Aliás, a forma como potencializou seu jogo e cresceu coletivamente foi louvável em cada uma das últimas temporadas. No entanto, suas limitações de altura e arremesso tornam difícil enxergá-lo como alguém que seja algo além de um pivô reserva com minutos limitados na NBA. Sua capacidade atlética e de controle de bola poderiam transformá-lo num jogador da posição 4 e abrir seu leque na carreira. Porém, para ser uma espécie de Kyle Anderson, ele teria que se elevar a um nível de elite e ser genial nessas duas coisas.
Comparações: Richaun Holmes (Sacramento Kings) / Isaiah Roby (New York Knicks) / Ed Davis (ex-Toronto Raptors)
Projeção: entre as escolhas 26 e 45
Confira alguns lances de Trayce Jackson-Davis
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