O Jumper Brasil dá prosseguimento à série “Prospecto do Draft 2023″, agora com o ala-pivô Noah Clowney. Um dos destaques da Universidade de Alabama, ele é projetado como uma escolha de final de primeira rodada no recrutamento deste ano. Confira a análise do site para o atleta de 18 anos.
Noah Clowney
Idade: 18 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Alabama
Experiência: freshman (primeiro ano universitário)
Posição: ala-pivô
Altura: 6’10″ (2,08m)
Envergadura: 7’2″ (2,18m)
Peso: 95 kg
Médias na última temporada: 9,8 pontos, 7,9 rebotes, 0,8 assistência, 0,6 roubo de bola, 0,9 toco, 1,3 turnover, 48,6% nos arremessos de quadra, 28,3% nas bolas de três pontos (com 3,3 tentativas por jogo), 64,9% nos lances livres, 25,4 minutos por jogo
Por Lucas Nicolau
Atributos físicos e atléticos
- Movimentação corporal um pouco rígida demais. Talvez, Clowney nunca vá conseguir ter um bom controle de bola ou dribles em seu arsenal. Além disso, ele não possui explosão suficiente para um jogador da posição.
- Se o considerarmos um big man, ele é um jogador muito móvel, de perfil longilíneo e com agilidade nos pés, além de uma envergadura que é uma mais valia para qualquer equipe da NBA. Esses atributos fazem dele um jogador que cobre bem uma grande parte da quadra e é ameaça em espaço.
- Tem uma grande impulsão e sai muito fácil do chão.
Ataque
- Não podemos afirmar que ele se destaque por ter um bom arremesso. Afinal, converteu menos de 29% de longa distância na temporada. Porém, Clowney possui potencial para desenvolver seu arremesso devido à sua fluidez e suavidade na mecânica. Além disso, não precisa de muito tempo para arremessar e sua preparação com as pernas é boa. Assim, o seu aproveitamento em arremessos contestados é baixo, com apenas 22,2% de acerto. Isso é consequência do fato de suas pernas precisarem de mais tempo para se posicionar. Ele também acaba apressando demais sua mecânica com medo de sofrer um toco. Seu ponto forte é o arremesso do corner, lugar da quadra em que ele passa a maior parte do tempo ofensivamente (33% de aproveitamento).
- Tem muita ferocidade para atacar a cesta, usando toda a sua impulsão. Apresenta ótimo potencial para ser uma boa arma em pick-and-roll. Aliás, ele converteu 70% dos arremessos de quadra participando dessas ações e cortando em direção à tabela. Ao longo da última temporada, teve 67,2% de aproximentamento no aro, mostrando, além de ferocidade nas enterradas, um bom refino para acertar bandejas.
- É muito agressivo nos rebotes. Além disso, está sempre dando um jeito de dar trabalho e ao menos encostar na bola nos rebotes ofensivos, mesmo saindo da linha de três pontos.
Defesa
- Demonstra grande empenho e determinação na defesa. Clowney aparece frequentemente entre as melhores jogadas com tocos sensacionais por trás dos marcadores, a maioria em transição. Graças ao seu tamanho, mobilidade e envergadura, podemos considerá-lo um bom protetor de aro em potencial. Não que seja esse jogador hoje, mas possui boa postura e verticalidade defensiva, evitando faltas bobas.
- Na marcação com bola, não é um bom defensor no jogo de costas para a cesta devido à sua falta de força. Mesmo contra alas, ele acaba sendo facilmente desequilibrado e cometendo faltas.
- Quando precisa defender no perímetro, apresenta boa mobilidade e capacidade para um dia ser um big man de destaque nas trocas de marcação. Afinal, ele tem boa velocidade, alcance e move seus pés rapidamente. Também é ótimo fugindo de bloqueios. Porém, contra jogadores rápidos e que têm bom drible, ele ainda se perde, saltando à toa ou ficando inquieto demais, com dificuldade para girar o corpo (falta de velocidade lateral). Por fim, sua postura muito ereta precisa urgentemente ser consertada.
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Pontos fracos
- Difícil pensar em grandes pontos negativos para Clowney. Tão novo como jogador e prospecto, ele é um caso curioso de que seus pontos positivos são mais uma projeção do que podem ser e têm um bom potencial para ser. Por exemplo, seu arremesso e sua defesa no perímetro. Ambas com potencial, ainda mais se o considerarmos como um futuro jogador da posição 5, mas que ainda estão longe de ser uma qualidade.
- Certamente sua força física e flexibilidade é algo que ele ainda precisa trabalhar bastante, não importa a forma como vai atuar.
- Tenta ser altruísta e encontrar bons passes. No entanto, apresenta dificuldades no controle de bola e ainda precisa desenvolver seu entendimento do jogo. Possui boas mãos e habilidade de receber passes diversos quando vai em direção à cesta. Entretanto, enfrenta dificuldades em criar jogadas após receber um passe em situações de spot-up, pois tem pouca explosão para atacar closeouts. Para finalizar, Clowney não é um jogador que costuma por a bola no chão e ainda evita arremessos de média distância (apenas duas tentativas durante toda a temporada).
Conclusão
- Noah Clowney é um dos prospectos mais interessantes do Draft 2023. Pela pouca idade, hoje ainda podemos considerá-lo um jogador muito mais de intenção do que necessariamente de execução em quadra. Ou seja, ainda é cru e precisa de tempo e paciência para atingir seu potencial. Por isso, ele divide tantas opiniões entre os scouts. Aliás, o próprio Clowney parece que ainda não se decidiu entre ser ala ou pivô. Isso é uma coisa que ele vai precisar definir logo para se desenvolver e polir sua forma de jogar. Por fim, ele apresenta flashes e alguns atributos raros e modernos para pivôs da NBA atual. Então, se conseguir evoluir a forma de entender seu papel dentro de uma equipe, bem como visualizar sua carreira como um todo, poderá resolver uma ou outra falha em seu jogo e, assim, ter vida longa na liga.
Comparações: Myles Turner (Indiana Pacers) e Obi Toppin (New York Knicks)
Projeção: entre as escolhas 16 e 32
Confira alguns lances de Noah Clowney
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