NBA Draft 2021 – Jonathan Kuminga
Idade: 18 anos
País de origem: República Democrática do Congo
Time: G League Ignite (EUA)
Posição: Ala / Ala-pivô
Altura: 6’6’’ (1.98m)
Envergadura: 6’11.5’’ (2.12m)
Peso: 210 lbs. (95.2 kg.)
Médias na última temporada: 15.8 pontos, 7.2 rebotes, 2.7 assistências, 1.0 roubo de bola, 0.8 toco, 2.6 erros de ataque, 38.7% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 24.6% de acerto nas bolas de três pontos e 62.5% nos lances livres
Pontos fortes
– Kuminga é o protótipo físico de um ala profissional em tempos de formações baixas: os seus 1.98m de altura podem não parecer muito, mas, combinados a um corpo bastante desenvolvido para sua idade e 2.12m de envergadura, soa maior do que de fato é;
– Apresenta condição atlética de elite projetando a competição da NBA, unindo explosão e coordenação acima da média. Possui um trabalho de pés em espaço curto, inclusive, subestimado por analistas;
– Seus atributos físico-atléticos fazem com que seja um terror em quadra aberta. É um jogador naturalmente agressivo aos espaços com ou sem a bola, exibindo drible seguro o bastante para puxar contra-ataques também;
– Os recursos já citados também lhe conferem enorme potencial como finalizador perto do aro, sempre tentando enterradas e mostrando capacidade interessante para punir marcadores mais baixos ou franzinos no post, de costas para a cesta;
– Reboteiro de bom nível, Kuminga compensa a falta de fundamentos mais sólidos (não bloqueia adversários, por exemplo) ocupando muito espaço no garrafão. Já provou ser produtivo no quesito atuando contra profissionais;
– É um passador melhor do que recebe crédito, capaz de servir os seus companheiros quando acompanha a movimentação sem a bola em seu entorno. Distribuiu múltiplos passes certeiros no backdoor na temporada da G-League;
– Seu potencial para ser um defensor versátil é impressionante: a agilidade lateral do prospecto é muito boa e convidativa para sistemas com trocas de marcação. Pode marcar até quatro posições, provavelmente;
– Talento para ser um protetor de aro de elite em sua posição. Essa é uma habilidade especialmente interessante no basquete atual, já que pode atenuar a falta de pivôs tradicionais em formações mais baixas e leves;
– O excelente perfil físico-atlético e produtividade comprovada atuando contra jogadores profissionais, combinados a pouquíssima idade, fazem com que Kuminga apresente um upside altíssimo a ser trabalhado;
– Como já citado, trata-se de um atleta de 18 anos que já atuou uma temporada inteira contra profissionais – muitos deles, com passagem anterior na NBA – em uma dinâmica muito mais próxima do que encontrará na NBA.
Pontos fracos
– Joga como alguém que sempre teve clara vantagem físico-atlético por onde passou – o que não deve se repetir na NBA. Possui um controle de bola nada mais do que adequado e ataca a cesta sem muito refinamento;
– Kuminga é um atleta impressionante, mas não necessariamente funcional em quadra: finalizador ainda pouco eficiente em tráfego, “sabotado” pela tomada de decisão nem sempre brilhante nas infiltrações;
– Seu arremesso é um grande problema, pois, embora apresente uma mecânica sólida, os índices de conversão seguem consistentemente baixos. Ficou abaixo dos 40% de acerto nos tiros de quadra e 25% dos chutes de três pontos;
– O lance livre, que costuma ser um bom indicativo do potencial de um arremessador, não ajuda também: os 62.5% de conversão na G-League são uma mera continuidade daquilo que já registrava anteriormente na carreira;
– Apesar de mostrar potencial no quesito, ele não é um passador dos mais altruístas e dispostos em quadra. Mal distribui uma assistência para cada desperdício de posse cometido, uma proporção ainda problemática;
– Atenção e esforço nos dois lados da quadra revela-se um ponto difícil para Kuminga: é um prospecto com graves oscilações de desempenho e cuja marcação individual parece muito melhor do que a coletiva;
– É um combo forward por definição, mas as suas limitações e pouco refinamento nos dois lados da quadra sugerem que estará bem mais confortável como um ala-pivô em formações baixas do que nas alas perimetrais;
– Seus instintos, para ser ameno, são muito pouco apurados nos dois lados da quadra. Falta-lhe refinamento técnico, como esperado em um garoto de 18 anos, mas a sua tomada de decisão ainda soa terrivelmente rudimentar;
– Kuminga é realmente um jogador de basquete em potencial ou só um atleta de elite correndo pela quadra? Sempre parece um passo atrás da concorrência, em termos de reação ao que acontece ao seu redor e leitura de jogo.
Comparação: Jaylen Brown (Boston Celtics) em início de carreira e Al-Farouq Aminu (Chicago Bulls)
Projeção: TOP 5
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