O Jumper Brasil, em parceria com a Central do Draft, dá prosseguimento à série “Prospecto do Draft 2022”, com o ala-armador Johnny Davis. Destaque da Universidade de Wisconsin na temporada, ele é projetado como uma escolha de loteria do recrutamento deste ano. Confira a análise do site para o atleta de 20 anos.
Johnny Davis
Idade: 20 anos
País: Estados Unidos
Universidade: Wisconsin
Experiência: sophomore (segundo ano universitário)
Posições: ala-armador/ala
Altura: 6’5.75″ (1,97m)
Envergadura: 6’8.5″ (2,04m)
Peso: 88 kg
Médias na última temporada: 19,7 pontos, 8,2 rebotes, 2,1 assistências, 1,2 roubo de bola, 0,7 toco, 2,3 turnovers, 42,7% nos arremessos de quadra, 30,6% nas bolas de três pontos (com 3,9 tentativas por jogo), 79,1% nos lances livres, 34,2 minutos
Pontos fortes
Em 2021/22, Johnny Davis mostrou uma evolução considerável em relação ao seu ano de estreia no College. Ele deixou o papel de reserva confiável e tornou-se a estrela do time de Wisconsin. Assim, ele conquistou o prêmio de melhor ala-armador do basquete universitário e foi eleito para o quinteto ideal da temporada.
Agressivo no ataque à cesta; coloca muita pressão no aro e, consequentemente, vai com frequência para a linha do lance livre (6.3 arremessos por partida), ou seja, é um autêntico slasher. Além disso, não foge do jogo mais físico (tem força suficiente para absorver contato), mostra facilidade em atacar closeouts e consegue finalizar com ambas as mãos. Ademais, ele é excelente nos cortes em direção à cesta. Portanto, Davis é útil com ou sem a bola nas mãos.
Gosta de punir mismatches no post; se aproveita das trocas de marcação e deixa para trás os marcadores mais lentos, sua marca registrada é o turnaround jumper.
Reboteiro de elite (nos dois lados da quadra) para um jogador da posição; agressivo, tem braços longos, é atento e sabe se posicionar bem.
Defensor versátil (marca todas as posições do perímetro) e agressivo; joga sempre com muita fisicalidade, é um verdadeiro “carrapato” na marcação individual. Além de ser intenso em quadra, o ala-armador é um marcador disciplinado fora da bola. Disruptivo, tem facilidade em antecipar linhas de passe. De quebra, tem braços longos, impulsão e bom timing para bloquear arremessos. Em suma, não tem bola perdida para Davis.
Sólido passador; especialmente quando infiltra no garrafão adversário e passa a bola para um companheiro livre no perímetro ou quando está de costas para a cesta e acha um pivô livre na área restrita, tem a capacidade para ser um criador secundário na NBA.
Por fim, Johnny Davis é um prospecto old school, já que adora atacar a cesta e abusa dos pull-ups da meia distância. Além disso, mostra liderança em quadra, tem bom entendimento do jogo e capacidade de ser útil/impactar nos dois lados da quadra.
Pontos fracos
Apesar de ser agressivo no ataque à cesta, não chama a atenção pelo atleticismo e não tem explosão no primeiro passo. Com isso, poderá ter dificuldades para finalizar em tráfego na NBA. Além disso, não tem agilidade lateral de elite, o que poderá lhe trazer problemas na marcação de armadores/alas-armadores mais velozes.
Inconsistência nos arremessos de média e longa distância; aproveitamento em torno de 30% do perímetro e de apenas 35% na meia distância. Davis aumentou o volume de arremessos de quadra de uma temporada para outra (6.3 para 15.9), e o seu aproveitamento piorou (44.1% para 42.7%). Dessa forma, a seleção de arremessos do ala-armador deixa a desejar.
Terá de se adaptar a um novo papel na NBA, já que, em Wisconsin, era o centro das atenções ofensivas. Assim, ele deverá ter a bola nas mãos por menos tempo no nível profissional.
Tomada de decisões questionável; teve uma taxa de desperdícios de bola maior que a de assistências. Além disso, às vezes, mostra-se muito afobado em quadra e tenta resolver as coisas individualmente, esquecendo-se dos companheiros. Afinal, abusa das infiltrações em garrafões congestionados. Como resultado, ele cometeu muitas faltas de ataque ao forçar jogadas.
Controle de bola apenas mediano; tem dificuldade de criar separação para os marcadores e não se mostra confortável arremessando do perímetro após o drible.
Trabalho de pés ainda carece de evolução; especialmente na marcação sem a bola.
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