Houston Rockets (4°) x (5°) Oklahoma City Thunder
Confrontos na temporada regular
Rockets |
vs | Thunder |
1 | Geral |
2 Publicidade
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116 |
28/10/2019 | 112 |
92 | 09/01/2020 |
113 Publicidade
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107 |
20/01/2020 |
112 |
Datas do confronto
18/08: Thunder vs. Rockets – 19h30 – com transmissão da SporTV 2
20/08: Thunder vs. Rockets – 16h30 – com transmissão da ESPN
22/08: Rockets vs. Thunder – 19h00 – com transmissão da ESPN
24/08: Rockets vs. Thunder – 17h00 – com transmissão do League Pass
26/08: Thunder vs. Rockets – Horário a ser definido*
28/08: Rockets vs. Thunder – Horário a ser definido*
30/08: Thunder vs. Rockets – Horário a ser definido*
*Se necessário
Horários de Brasília
Houston Rockets (44-28)
O Rockets passou por uma transformação com a qual já flertava há bastante tempo no decorrer da temporada. Quem viu a equipe texana nos últimos anos sabe que o passo final para sua forma de jogar, como víamos em seus momentos mais “desesperados” nos playoffs passados, era abandonar os pivôs e investir no espaçamento extremo do ataque, mesmo que isso implicasse em sofrer no garrafão do outro lado da quadra. A decisão de negociar Clint Capela, em fevereiro, fez a alternativa virar opção principal.
E os resultados foram exatamente o que poderia se imaginar: Houston tornou-se um time de alas versáteis defensivamente e espaçadores (como Robert Covington e P.J. Tucker) mais difícil de ser marcado, especialmente com os craques James Harden e Russell Westbrook no comando do show, enquanto transformou-se em “presa fácil” para bons reboteiros na liga. O ritmo acelerou, os arremessos de três pontos vieram (ainda mais) em profusão e a equipe viveu com as consequências dessa aposta.
O Rockets venceu quatro de seus oito jogos na “bolha”, mas, mesmo já pensando em administrar o elenco desde bem cedo – como a maioria dos times, aliás -, a equipe não pôde evitar um problema sério: Westbrook sofreu com dores no quadríceps durante as últimas semanas e acabou por ser diagnosticado com uma lesão no local. Ele já é um desfalque para o primeiro jogo da série.
Oklahoma City Thunder (44-28)
Poucas histórias da atual temporada são melhores do que o Thunder: dado como uma “carta fora do baralho” na offseason, com as saídas repentinas dos astros Westbrook e Paul George, um arremedo de elenco sob o comando de um contestado Billy Donovan conseguiu superar suas limitações com muita disciplina defensiva, execução e controle em momentos decisivos de partidas. Quem apostou que o time estaria entre os cinco melhores do Oeste no início da temporada ganhou muito dinheiro!
A solução que elevou o time de Oklahoma City a níveis inesperados passou por uma mescla improvável entre veteranos e jovens: se experientes como Chris Paul e Danilo Gallinari tiveram grandes temporadas de recuperação na carreira, garotos como Shai Gilgeous-Alexander e Luguentz Dort foram jogadores que tiveram desempenho muito seguro para suas idades. Os comandados de Billy Donovan revelam-se, no fim das contas, perfeitamente conscientes de quem são como coletivo.
O sucesso do Thunder ainda passa por uma peça fundamental: Dennis Schroder. O armador deverá ser eleito melhor reserva da liga nesse ano e fez muito estrago protagonizando formações baixas com Paul e Gilgeous-Alexander, onde era a faísca e o jogador de velocidade que contrabalanceava a dupla de atletas mais cadenciados.
Análise do confronto
Rockets e Thunder, para começar, possuem um retrospecto de temporada regular que serve pouco para essa análise: os três jogos aconteceram enquanto Clint Capela ainda estava em Houston – ou seja, era uma versão com pivô do time –, enquanto o titular emergente Luguentz Dort só participou de um jogo com proeminência para Oklahoma City. Aquelas duas vitórias em três jogos para o quinto colocado do Oeste podem, por isso, não ser tão conclusivas assim.
A ausência de Westbrook no início da série é extremamente importante porque ele foi o destaque do Rockets nos três jogos contra o Thunder, que teve sucesso desacelerando Harden nesses encontros. Isso é significativo, mesmo diante das mudanças que o time texano passou, porque a saída de Capela aconteceu exatamente para que o lesionado titular – que vinha em péssimo ano – pudesse ser potencializado. Veja o desempenho dos dois astros no combinado das três partidas entre as equipes:
WESTBROOK – 28.3 pontos (59.1% FG), 8.3 rebotes, 8.7 assistências
HARDEN – 28.7 pontos (32.8% FG, 15% 3pt.), 5.0 rebotes e 5.3 assistências
Uma possível explicação para essas marcas é o ritmo de jogo de Oklahoma City: eles têm o nono menor número de posses de bola por partida da liga e gostam de atuar em uma ação mais lenta, cadenciada. Esse elenco possui várias alternativas para defender Harden e Westbrook (Dort, Shai Gilgeous-Alexander, Chris Paul, Dennis Schroder, Andre Roberson), mas a agressividade constante e velocidade do segundo é o que realmente os tira da zona de conforto.
Aliás, por ser um time mais “baixo”, o Rockets pode permitir que o Thunder não venha a ter tantos problemas utilizando a formação com três armadores que tanto explorou na temporada regular – Gilgeous-Alexander, Paul e Schroder. Houston até tem jogadores fortes o bastante nas alas e armação para explorá-los no poste baixo, por exemplo, mas simplesmente não é o estilo de jogo que utilizam. Acelerar o ritmo demais, porém, é dar uma vantagem para o segundo time de maior volume de posses por partida da liga.
O Rockets tem tudo para conseguir “tirar” Steven Adams de quadra com suas formações mais baixas – ele simplesmente não é o tipo de atleta para tomar conta de uma partida pontuando, por exemplo –, mas o Thunder vai ter Nerlens Noel aguardando no banco. O reserva é o pivô perfeito para enfrentar uma equipe como a texana, com sua excelente capacidade de defender no perímetro, proteção de aro mãos rápidas na marcação e ser um alvo para lobs em passes mais altos.
Um problema mais complicado para Oklahoma City são os rebotes. Esse é o primeiro quesito que você espera ser aproveitado por um oponente do Rockets e, infelizmente, não é a vocação do Thunder – que, na verdade, é o último da liga em taxa de rebotes ofensivos coletados. Por isso, no fim das contas, OKC pode se ver obrigado a refletir o adversário e atuar com Danilo Gallinari como pivô. Isso seria uma vitória para o quarto colocado do Oeste, ditando o andamento das ações.
Por outro lado, o pessoal de Houston terá que administrar seu alto volume contra uma das melhores defesas contra bolas de três pontos: eles estão entre os dez times que menos cedem tentativas aos oponentes e permitem o terceiro menor aproveitamento nesses arremessos. A defesa do Rockets, historicamente, gosta de entregar chutes de média distância à outra equipe e o Thunder vai aceitá-los, como o time que possui o maior aproveitamento da liga em midranges (quase 47% de acerto).
Pode parecer simplório, mas, em uma série com tantas nuances, a extensão da ausência de Westbrook pode ser o ponto fundamental para definir, entre dois times que tiveram exatamente a mesma campanha, quem passará para a segunda rodada do Oeste.
Palpite: Thunder em sete jogos