Toronto Raptors
Campanha em 2013-14: 48-34, 3° na conferência Leste
Playoffs: perdeu na primeira rodada dos playoffs para o Brooklyn Nets por 4 a 3
Técnico: Dwane Casey (quatro temporadas na equipe)
GM: Masai Ujiri (duas temporadas na equipe)
Destaques: Kyle Lowry e DeMar DeRozan
Time-base: Kyle Lowry – DeMar DeRozan – Terrence Ross – Amir Johnson – Jonas Valanciunas
Elenco
7- Kyle Lowry, armador
1- Will Cherry, armador
21- Greivis Vasquez, armador
10- DeMar DeRozan, ala-armador
2- Landry Fields, ala-armador
23- Lou Williams, ala-armador
31- Terrence Ross, ala
25- Jordan Hamilton, ala
5- Bruno Caboclo, ala
15- Amir Johnson, ala-pivô
54- Patrick Patterson, ala-pivô
3- James Johnson, ala-pivô
50- Tyler Hansbrough, ala-pivô
17- Jonas Valanciunas, pivô
34- Greg Stiemsma, pivô
44- Chuck Hayes, pivô
92- Lucas Nogueira, pivô
Quem chegou: Lucas Nogueira, James Johnson, Lou Williams, Will Cherry, Bruno Caboclo (draft)
Quem saiu: Dwight Buycks, John Salmons, Steve Novak, Nando DeColo, Julyan Stone
Chegar aos playoffs logo em seu primeiro ano, não estava exatamente nos planos do GM Masai Ujiri. Até então, a ideia era reformular o elenco do Toronto Raptors e Kyle Lowry era o primeiro nome na lista de trocas. Para a sua sorte, o time canadense não só teve uma forte temporada, mas também, Lowry tornou-se o principal jogador da franquia.
Ao lado de DeMar DeRozan, o armador teve números suficientes para ir ao Jogo das Estrelas. Não foi, mas isso não importa. Lowry conduziu o Raptors e por pouco não superou o experiente Brooklyn Nets na primeira rodada. Se um não foi chamado, DeRozan figurou como estreante. De quebra, o ala-armador ainda fez parte do elenco dos Estados Unidos, campeão do Mundial na Espanha.
Espera-se muito por uma evolução do pivô Jonas Valanciunas. O jogador foi bem na Copa do Mundo e é a maior segurança que o time tem no garrafão. Valanciunas ainda é jovem — apenas 22 anos, e terá espaço suficiente para subir de produção.
O Raptors terá algo incomum para 2014-15: dois brasileiros fazem parte do elenco. O ala Bruno Caboclo foi a grande surpresa no draft, quando foi escolhido na primeira rodada. Caboclo ainda é cru e precisará se desenvolver para entrar em quadra. Uma passagem na D-League não está descartada. Já Lucas Nogueira, o Bebê, veio após uma troca com o Atlanta Hawks. O atleta estava na Espanha e resolveu aceitar o desafio de jogar na NBA. Assim como Bruno, dificilmente terá muitos minutos.
O perímetro
Lowry teve sua melhor temporada da carreira e mostra evolução em todas as áreas. Seu arremesso de longa distância está cada vez mais confiável e em 2013-14, converteu 38% das tentativas. Além disso, seu crescimento na defesa é evidente. DeRozan ainda carece de um bom chute de três. Melhora, mas gradativamente. O técnico Dwane Casey treinou muito o jogo de transição, onde os dois são os principais responsáveis.
Terrence Ross alia a boa pontaria com um porte físico excepcional. Landry Fields chegou na temporada passada para ser o titular, porém Ross provou ao treinador ser capaz de assegurar a posição. Não por menos, Fields chegou a sair da rotação, equanto o jovem atleta ganhou espaço. Ele acertou quase 40% dos tiros para três.
O Raptors ainda tem o privilégio de contar com um reserva do calibre de Greivis Vasquez. O venezuelano, de 27 anos, foi um dos líderes em assistências nos tempos de New Orleans Pelicans. Ele teve uma rápida passagem pelo Sacramento Kings antes de ser trocado para a equipe do Canadá.
Lou Williams chegou ao lado de Bebê na negociação com o Atlanta Hawks e deverá ter o mesmo papel exercido na época em que jogava no Philadelphia 76ers. Veloz e com um bom arremesso, Williams possui características de um ala-armador, apesar de ser baixo para a posição.
O time conta com Will Cherry como terceira opção na armação, enquanto Jordan Hamilton e Caboclo deverão brigar por poucos minutos.
O garrafão
Amir Johnson e Valanciunas formam o garrafão titular há dois anos. A área pintada possui diversos jogadores talentosos para pouco espaço. O Raptors tem em seu elenco os voluntariosos Chuck Hayes e Tyler Hansbrough, além do sempre promissor Patrick Patterson e do brasileiro Bebê. O ex-Boston Celtics, Greg Stiemsma, luta para conseguir uma vaga para a fase regular.
Valanciunas pode ter seu melhor ano na NBA, caso Casey o permita atuar por mais de 30 minutos com regularidade. Quinta escolha do draft de 2011, o pivô alternou bons e maus momentos em 2013-14, e um dos problemas foi justamente a rotação mais baixa, quando Patterson entrava em seu lugar para atuar como pivô, espaçando a quadra.
Johnson parece um veterano, mas está com apenas 27 anos. Sua experiência na liga começou há nove temporadas, no Detroit Pistons. Vivia entre a D-League e jogos esporádicos pelo time de Michigan. Ganhou espaço definitivamente já no Raptors e compensa o corpo franzino com muita dedicação defensiva e na tentativa de evoluir, adicionou ao seu repertório o arremesso de três.
Casey prefere que ele e Valanciunas sejam os titulares por conta do balanço defensivo. Enquanto Johnson tem mais agilidade e sai para as coberturas, o pivô serve como um projeto de protetor de aro, que aos poucos vai se tornando sólido.
Análise geral
O Raptors tem um elenco capaz de ganhar as partidas dos dois lados da quadra. Como explicou Ricardo Stabolito em diversos Programas Jumper Brasil, o time pode derrotar um adversário anotando 80 pontos ou passar por um outro fazendo 120. Casey procura o equilíbrio, especialmente no tripé formado por Lowry, DeRozan e Valanciunas.
Lowry já é um All Star, mesmo que não seja chamado novamente. DeRozan evolui a cada dia e é o principal cestinha, enquanto Valanciunas é o pilar defensivo no garrafão. Com os três, o Raptors pode ir muito longe.
A equipe possui uma boa reposição no banco. Se sai um titular, o reserva é capaz de manter o mesmo nível. O Toronto tem elenco para brigar pelo mando de quadra, assim como o fez em 2013-14. Se as lesões não atrapalharem, certamente vai fazer de tudo para que consiga ir para a final do Leste.
Previsão: 3° lugar na conferência Leste
