Previsão da temporada – San Antonio Spurs

Time texano aposta na continuidade para lutar pelo título

Fonte: Time texano aposta na continuidade para lutar pelo título

San Antonio Spurs

Campanha em 2016-17: 61-21, segundo na conferência Oeste
Playoffs: eliminado pelo Golden State Warriors, em quatro jogos, na final de conferência
Técnico: Gregg Popovich (22ª temporada)
GM: R.C. Buford (16ª temporada)
Destaques: Kawhi Leonard e LaMarcus Aldridge
Time-base: Tony Parker (Dejounte Murray) – Danny Green – Kawhi Leonard – LaMarcus Aldridge – Pau Gasol

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Elenco

9- Tony Parker, armador
8- Patty Mills, armador
5- Dejounte Murray, armador
4- Derrick White, armador
14- Danny Green, ala-armador
20- Manu Ginobili, ala-armador
3- Brandon Paul, ala-armador
11- Bryn Forbes, ala-armador
2- Kawhi Leonard, ala
1- Kyle Anderson, ala
22- Rudy Gay, ala
42- Davis Bertans, ala/ala-pivô
12- LaMarcus Aldridge, ala-pivô/pivô
16- Pau Gasol, pivô/ala-pivô
77- Joffrey Lauvergne, pivô/ala-pivô

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Quem chegou: Joffrey Lauvergne, Rudy Gay, Brandon Paul, Derrick White (draft)

Quem saiu: Joel Anthony, Dewayne Dedmon, Jonathon Simmons, David Lee 

Revisão

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A temporada 2016-17 teve grandes momentos para o San Antonio Spurs, especialmente após o time texano vencer 14 das primeiras 17 partidas com Kawhi Leonard e LaMarcus Aldridge no comando. Apesar disso, o armador Tony Parker mostrava sinais de cansaço e fazia sua pior campanha desde que tornou-se jogador de ponta.

Muita expectativa foi gerada com a chegada do pivô Pau Gasol. O espanhol, vinha de duas seleções seguidas para o Jogo das Estrelas e era o substituto da lenda Tim Duncan, que aposentou-se ao fim de 2015-16. No entanto, Gasol machucou-se, perdeu espaço e, quando chegaram os playoffs, praticamente não contribuiu.

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Em um determinado momento da fase regular, o Golden State Warriors caiu de produção e o Spurs aproximou-se. Mesmo assim, o técnico Gregg Popovich preferiu assegurar o segundo lugar na conferência Oeste a travar uma batalha com a equipe californiana em um momento em que pouco valia. Era hora de deixar tudo pronto para os playoffs.

Nos mata-matas, o Spurs vinha fazendo o seu dever de casa para, enfim, encontrar com o Warriors na final do Oeste. O time liderava com muita folga o primeiro jogo, mas uma jogada definiu o restante daquela série. Leonard, que vinha de sua melhor temporada como profissional, machucou-se em um lance com Zaza Pachulia e o resto, todo mundo sabe. A partida estava no terceiro período e o Warriors não encontrava brechas para superar o adversário, mas Pachulia resolveu fazer o que não devia. Até Parker, que mudou da água para o vinho, também se machucou. Sem Leonard e ele, a equipe de San Antonio não teve a menor chance e caiu diante do atual campeão.

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O perímetro

Tony Parker começa o ano na enfermaria. A lesão sofrida nos playoffs foi séria o suficiente para ele ficar até nove meses fora das quadras. Sabe-se, no entanto, que sua recuperação está progredindo bem e ele poderá retornar antes do previsto. Enquanto o camisa 9 não volta, Dejounte Murray deve ocupar sua vaga no quinteto titular. Gregg Popovich preferiu não mexer na estrutura da equipe e, assim, o australiano Patty Mills vai começar no banco de reservas. O Spurs ainda conta com o calouro Derrick White como opção para a armação.

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O ala-armador será, mais uma vez, Danny Green. Questionado no ataque por sua pouca eficiência, Green ainda é um dos melhores defensores do perímetro da NBA. Ele ainda acertou quase 38% dos arremessos de três em 2016-17. Seu imediato será o interminável Manu Ginobili que, aos 40 anos, ainda é muito útil.

Kawhi Leonard é a grande dúvida do Spurs para o início da campanha. O astro sequer participou da pré-temporada e já é desfalque, pelo menos nos primeiros jogos de 2017-18. Leonard tomou as rédeas do time e é um dos principais maiores ao prêmio de MVP, após terminar a campanha passada com 25.5 pontos e 5.8 rebotes. Inicialmente, Rudy Gay foi contratado para ser o principal jogador saindo do banco, mas a contusão de Leonard deverá dar a ele mais espaço e tempo de quadra. Quando todos estiverem saudáveis, Popovich espera utilizar uma rotação mais baixa, com Aldridge de pivô, enquanto Gay e Leonard jogarão juntos nas alas. A equipe terá Kyle Anderson, Bryn Forbes e Brandon Paul para o perímetro.

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O garrafão

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Na área pintada, LaMarcus Aldridge segue como a referência, principalmente enquanto Leonard estiver fora. Após reclamar de sua posição no Spurs, o atleta garantiu que seu foco está apenas em fazer o time brigar pelos primeiros lugares. Aos 32 anos, Aldridge não foi ao Jogo das Estrelas pela primeira vez em seis temporadas e pretende retornar em 2017-18.

Popovich ainda não definiu o que vai fazer com Joffrey Lauvergne. Não pelo lado ruim, mas é que o treinador gostou tanto de seu desempenho na fase de treinamentos que existe a possibilidade de ele ser titular, no lugar de Pau Gasol. Enquanto Lauvergne está em alta com o técnico, o espanhol deixou uma impressão muito ruim nos playoffs, quando obteve 7.7 pontos e 7.1 rebotes.

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Completando o garrafão, o Spurs tem ainda Davis Bertans, que pode jogar também como ala. Bertans apareceu relativamente bem quando foi chamado, especialmente com seus arremessos de longa distância.

Análise geral

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A palavra é continuidade. Ninguém é melhor que o San Antonio Spurs nisso. Para se ter uma ideia, o técnico Gregg Popovich só não levou a equipe aos playoffs em 1996-97, quando fazia seu ano de estreia no comando da equipe e que claramente buscava obter uma boa posição naquele draft, o que resultou em ninguém menos que Tim Duncan. Tony Parker e Manu Ginobili jogam juntos desde 2002-03, enquanto Duncan aposentou-se em 2016. Juntos, o francês e o argentino ajudaram o Spurs a conquistar quatro títulos.

Só que hoje, a bola é de Kawhi Leonard. É claro que sua evolução um dia vai frear, mas ao que tudo indica, isso ainda está longe de acontecer. Completo, Leonard precisa estar totalmente recuperado de lesão para voltar às quadras. Do contrário, Popovich vai fazer de tudo para segurá-lo. Quem pode se dar bem com isso é Rudy Gay, que veio do Sacramento Kings. O ala assumirá parte das jogadas ofensivas e, quando o titular retornar, seu tempo de quadra não deverá mudar tanto.

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Se você olhar para o elenco, vai perceber a falta de pelo menos um jogador de garrafão. É fato. O Spurs perdeu Dewayne Dedmon e David Lee, que dentro de suas limitações, faziam seus papeis. Trouxe apenas Joffrey Lauvergne. Talvez, esse seja o único problema de fato. Mas, quando uma equipe atinge o patamar do Spurs, é difícil questionar suas atitudes.

Vale lembrar que desde quando esteve em uma temporada completa, Popovich jamais terminou a fase regular com menos de 50 vitórias ou 61% de aproveitamento. Em 2016-17, o time alcançou 61 triunfos. Por que, raios, a diretoria faria loucuras na offseason? Deixou Jonathon Simmons ir embora. E daí? Quantos jogadores Popovich tirou do nada e viraram algo? Simmons, com todo respeito, era só mais um.

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Espere muito de Aldridge nessa temporada. Sem dúvida alguma, ele vai fazer de tudo para manter-se entre os melhores de sua posição. Primeiro, porque quer mostrar ao Spurs que reúne condições de ser o principal jogador da franquia, embora por lá, esteja Leonard. Segundo, e também importante, é que ele tem uma player option em seu contrato para 2018-19. Geralmente, em situações assim, o atleta abre mão de um salário tão alto (US$22.3 milhões) para receber um pouco menos, mas por várias temporadas, garantindo não só sua continuidade na liga, como também seu status em San Antonio.

Olho também em Brandon Paul. Calouro na NBA, Paul atuou por três anos na Europa e tem vocação ofensiva. Muito atlético, ele também sabe defender.

O Spurs é mais que um time. É uma cultura. Acostumados com os triunfos, os jogadores sabem que seus adversários estão ainda mais fortes e prontos pela busca ao título. No entanto, não existe pressa. De nada adianta forçar um retorno de Leonard e Parker para não tê-los no momento em que mais interessa. Mesmo assim, a tendência é que brigue pelo mando de quadra.

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Previsão: terceiro lugar na conferência Oeste

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