Campanha em 2014-15: 55-27, sexto na conferência Oeste
Playoffs: eliminado na primeira rodada pelo Los Angeles Clippers em sete jogos
Técnico: Gregg Popovich (20ª temporada)
GM: R.C. Buford (14ª temporada)
Destaques: Tim Duncan, LaMarcus Aldridge, Kawhi Leonard, Tony Parker
Time-base: Tony Parker – Danny Green – Kawhi Leonard – LaMarcus Aldridge – Tim Duncan
Elenco
9- Tony Parker, armador
3- Ray McCallum, armador
8- Patty Mills, armador
14- Danny Green, ala-armador
20- Manu Ginobili, ala-armador
17- Jonathon Simmons, ala-armador
2- Kawhi Leonard, ala
1- Kyle Anderson, ala
18- Rasual Butler, ala
12- LaMarcus Aldridge, ala-pivô
30- David West, ala-pivô
33- Boris Diaw, ala-pivô
21- Tim Duncan, pivô
15- Matt Bonner, pivô
40- Boban Marjanovic, pivô
Quem chegou: LaMarcus Aldridge, David West, Rasual Butler, Ray McCallum, Boban Marjanovic, Jonathon Simmons
Quem saiu: Jeff Ayres, Aron Baynes, Marco Belinelli, Austin Daye, Cory Joseph, Tiago Splitter
Revisão
O San Antonio Spurs claramente poupou alguns de seus principais jogadores durante a temporada regular, como faz em todos os anos. Chegar aos playoffs, nunca foi exatamente um problema para o time texano. A questão principal era ter seus atletas inteiros na hora mais importante. Só que, por conta de uma falta de sorte, acabou tendo de enfrentar o Los Angeles Clippers na primeira rodada. Ali, qualquer um que passasse, seria um sério candidato ao título. O Clippers ganhou em sete jogos, mas “pipocou” na série seguinte, quando tinha chances de seguir em frente.
O perímetro
Tony Parker segue como o armador principal do Spurs, mas o veterano terá problemas sérios se não se cuidar fisicamente. O francês sofreu com lesões nos últimos anos e não chega a pelo menos 70 partidas desde 2010-11. Será poupado, porém ele não se ajudou. Quis participar da Euroliga, e lá demonstrou estar muito longe de sua forma ideal. Se prejudicou, ainda que tenha sido em nome de seu país. Seus reservas serão o australiano Patty Mills e o jovem Ray McCallum. Mills é mais um arremessador do que organizador, na realidade. A saída de Cory Joseph para o Toronto Raptors o fará a primeira opção para o lugar de Parker. Já McCallum, de 24 anos, demonstrou evolução em seu segundo ano no Sacramento Kings, especialmente quando ganhou a titularidade por conta da contusão de Darren Collison na segunda metade do ano.
Ao lado de Parker estará novamente Danny Green. Após seis anos na liga, Green teve a melhor temporada da carreira em 2014-15, quando obteve médias de 11.7 pontos, 4.2 rebotes, 1.2 roubada e 1.1 bloqueio. Isso, em uma função limitada ofensivamente, pois ele brilha mesmo é do outro lado da quadra. Exímio arremessador de longa distância, Green consegue marcar até três posições.
O MVP das finais de 2013-14, Kawhi Leonard, não só ganhou espaço na franquia, como também foi o cestinha do Spurs na última temporada, com 16.5 pontos. Além disso, foi eleito o melhor defensor de 2014-15, com muita justiça.
Quem está de volta para possivelmente a sua última temporada da carreira é Manu Ginobili. O argentino, de 38 anos, já não é tão explosivo como antes, mas possui ainda muita técnica e um excelente arremesso. Seu tempo de quadra deve ficar por volta dos 22 minutos, como o faz há quatro anos.
Quem pode aparecer agora é Kyle Anderson, eleito MVP das ligas de verão. Jovem, Anderson pode ser limitado pela grande concorrência no perímetro. No entanto, ele provou ser bom para ser uma das principais opções do banco. Rasual Butler e o surpreendente Jonathon Simmons, conseguiram fazer parte do elenco.
O garrafão
A aquisição de LaMarcus Aldridge coloca, imediatamente, o San Antonio entre os principais candidatos ao título deste ano. Se o time já contava com tantas estrelas e ainda adicionou outra, a tendência é que seja um dos grupos mais difíceis a serem batidos. Aldridge mandava prender e mandava soltar no Portland Trail Blazers. No Spurs, porém, ainda reclama de sua ambientação. Só com o tempo para isso mudar. O fato é que, mesmo com esse problema, o ala-pivô era a peça que faltava no elenco. O brasileiro Tiago Splitter jamais conseguiu provar na NBA o seu MVP na Europa e viveu com a inconsistência. Ele foi para o Atlanta Hawks, onde será uma das principais armas do banco. Aldridge é um “upgrade” e pode ser o Tim Duncan de David Robinson. E sim, Duncan deve ter um papel menor, como fizera o seu antigo colega quando ele chegou ao time, em 1997-98. O camisa 21, um dos melhores jogadores de todos os tempos da NBA, vai alternar com Aldridge a posição de pivô durante o decorrer das partidas.
Porém, o Spurs ainda conseguiu contratar outro jogador talentoso para o garrafão. Trata-se de David West, ex-Indiana Pacers. West deve ser o titular nos dias de folga de Duncan e terá um papel muito importante na segunda unidade do time. Ele vai precisar manter o alto nível dos titulares, o que não será difícil por conta de suas habilidades. Boris Diaw segue no time, assim como Matt Bonner. Com as chegadas de Aldridge e West, eles podem ter o tempo de quadra diminuído. Para completar a área pintada, a equipe texana buscou o pivô Boban Marjanovic, de 2,18 metros. Não deverá ter muitos minutos, mas certamente servirá como um intimidador.
Análise geral
https://www.youtube.com/watch?v=dKCaME1AeWE
O que já era bom, ficou ainda melhor. O Spurs é um dos times a serem batidos em 2015-16. O talento está em todas as posições, sem exceção. E os reservas são bons o suficiente para que consigam manter o ritmo dos titulares. É possível que o excepcional treinador Gregg Popovich tire um pouco da pressão sobre Parker e Duncan e que o “bastão” seja passado para Leonard e Aldridge. A única preocupação, de fato, está na condição física do armador francês.
Parker precisa se manter saudável para comandar o Spurs dentro de quadra. Não existe melhor organizador no elenco, embora o estilo de jogo de Popovich ajuda a “não precisar” tanto dele. Longe de dizer que Parker é dispensável, porém o time inteiro sabe passar a bola.
É meio óbvio dizer que o Spurs é um dos candidatos ao título todo ano, mas é isso mesmo. Popovich consegue fazer o time jogar como ele bem entende. Se é para acelerar, ele faz seus jogadores jogarem em um ritmo alucinante. Se é para arremessar de longe, ele procura meios de espaçar a quadra. E por fim, se é para quebrar o ritmo, como fizera em boa parte da década passada, ele também o faz. Será uma enorme surpresa se não obter o mando de quadra nos playoffs, por conta da lição aprendida no ano passado. Popovich vai poupar, mas de olho nos quatro primeiros lugares. Se vencer, podemos apostar com alguma tranquilidade nas aposentadorias de Duncan e Ginobili. Algo me diz que isso pode acontecer.
Previsão: segundo lugar na conferência Oeste