Sacramento Kings
Campanha em 2012-13: 28-54, 14° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Mike Malone (segunda temporada)
GM: Pete D’Alessandro (segunda temporada)
Destaques: DeMarcus Cousins e Rudy Gay
Time-base: Darren Collison – Ben McLemore – Rudy Gay – Jason Thompson – DeMarcus Cousins
Elenco
7- Darren Collison, armador
9- Ramon Sessions, armador
3- Ray McCallum, armador
23- Ben McLemore, ala-armador
10- Nik Stauskas, ala-armador
8- Rudy Gay, ala
18- Omri Casspi, ala
13- Derrick Williams, ala
30- Reggie Evans, ala-pivô
24- Carl Landry, ala-pivô
25- Eric Moreland, ala-pivô
34- Jason Thompson, ala-pivô
32- Sim Bhullar, pivô
15- DeMarcus Cousins, pivô
5- Ryan Hollins, pivô
Quem chegou: Darren Collison, Ramon Sessions, Omri Casspi, Ryan Hollins, Eric Moreland, Sim Bhullar, Nik Stauskas (draft)
Quem saiu: Isaiah Thomas, Travis Outlaw, Quincy Acy, Aaron Gray, Jared Cunningham
A nova direção do Kings deu mostras na última temporada que pretende acabar com a mediocridade que paira sobre o time há quase uma década. Qualificou o time com a chegada de Rudy Gay, renovou o contrato da estrela em ascensão DeMarcus Cousins, trouxe um GM arrojado (Pete D’Alessandro) e um técnico (Mike Malone) bastante respeitado na Liga pelos trabalhos anteriores como assistente. Pelo menos essa nova direção mostrou que não é omissa.
Contudo, vai levar algum tempo para a franquia limpar a herança maldita deixada pela antiga direção (irmãos Maloof). O primeiro ano sob nova direção se desenrolou como muita gente esperava. O Kings fez a terceira pior campanha do Oeste e, pelo oitavo ano seguido, ficou de fora dos playoffs. Além disso, o time californiano teve a sétima pior defesa da Liga (sofreu, em média, 103.4 pontos por partida).
Para 2014/2015, a franquia abriu mão do armador Isaiah Thomas e investiu nas contratações de Darren Collison e Ramon Sessions para a posição. Os principais jogadores (DeMarcus Cousins e Rudy Gay) permaneceram e um especialista em arremessos (Nik Stauskas) foi selecionado no draft.
O perímetro
Na armação, o Kings tem Collison e Sessions para dividir minutos, e, correndo por fora, o jovem Ray McCallum. Inicialmente, o primeiro deverá ser o titular da equipe. Ao não renovar com Isaiah Thomas, a franquia deixou claro que quer acabar com a fama de time peladeiro, individualista. Vale lembrar que a equipe de Sacramento foi a pior em número de assistências (média de 18.9 por partida) na temporada passada. Nos primeiros treinos da pré-temporada, os jogadores já revelaram que a movimentação de bola melhorou consideravelmente.
Na posição 2, o Kings tem dois jovens jogadores. BenMcLemore chega para a temporada disposto a apagar a má impressão deixada em seu ano de estreia na liga. McLemore chegou à NBA com muito cartaz, mas mostrou-se passivo em vários jogos e angariou a discreta média de 8.8 pontos por partida. Isso sem contar seu péssimo aproveitamento nos arremessos de quadra (37.6%) e nas bolas de três pontos (32%).
Na briga pela posição, o time selecionou Nik Stauskas no recrutamento deste ano. O ex-jogador da Universidade de Michigan foi considerado um dos melhores arremessadores da NCAA e o Kings confia que seu excelente aproveitamento nas bolas de três pontos (44.2%) possa se repetir na NBA. Vale lembrar que o time californiano foi o terceiro pior em aproveitamento nas bolas de três pontos (33.3%) na temporada passada.
Fechando o perímetro, o Kings conta com o ala Rudy Gay, titular absoluto e que entra no último ano de contrato. Ele é a segunda opção de ataque do time e contribui ainda na defesa e nos rebotes. Os outros alas da equipe são Derrick Williams, que ainda não disse a que veio na NBA, e o israelense Omri Casspi, que também não mostrou muita coisa na liga.
O garrafão
O dono do garrafão do Kings é o pivô DeMarcus Cousins, principal jogador da equipe. Em 2013/14, ele fez sua melhor temporada em quatro anos de NBA. Muitos chegaram, inclusive, a pedir que ele fosse selecionado para o All-Star Game. Cousins foi efetivo no ataque, nos rebotes e nos passes, mas continua indisciplinado em quadra. Será que o “rei das faltas técnicas” vai conseguir entrar nos eixos?
As outras opções de garrafão do Kings são muito questionáveis. Reggie Evans é unidimensional (só sabe pegar rebotes), Jason Thompson talvez seja o jogador mais irregular da equipe e Carl Landry vem de um longo período afastado das quadras por conta de uma grave lesão. A “cereja do bolo” foi a chegada do pivô Ryan Hollins, que não deixou saudades em nenhuma das equipes que atuou. Enfim, parece que tudo será como nos anos anteriores, com Cousins resolvendo praticamente tudo sozinho no garrafão.
Análise geral
Particularmente, fiquei decepcionado com a movimentação do Kings nesta offseason. Em dois anos seguidos, o time de Sacramento gastou suas escolhas Top 10 em jogadores da mesma posição e com características parecidas (Ben McLemore e Nik Stauskas). Entendo que o Kings precisa melhorar seu desempenho nos arremessos, e Stauskas era uma das melhores opções para solucionar tal carência, mas sua escolha faria mais sentido se o Kings tivesse trocado McLemore.
Enquanto isso, os problemas na armação e na posição 4 continuam. O Kings não se esforçou para renovar com Isaiah Thomas, que, apesar de todos os defeitos, foi um jogador efetivo na temporada passada, e trouxe dois armadores piores para o lugar dele.
Já na posição de ala-pivô, o Kings ainda tem os irregulares Reggie Evans, Jason Thompson e Carl Landry, e o desconhecido Eric Moreland. É muita opção e pouca qualidade. DeMarcus Cousins vai continuar jogando “sozinho” no garrafão.
Rudy Gay entra no último ano de contrato e ninguém sabe se ele está disposto a renovar o vínculo com a franquia. Será que, com mais um fiasco da equipe, ele permanece em Sacramento? O certo é que os fãs do Kings deverão passar raiva mais uma vez. Com o atual elenco, não esperem ver o time de Sacramento alcançando os playoffs nesta temporada. Convenhamos que uma equipe que aposta em Darren Collison para ser o armador principal não vai chegar a lugar algum. Ainda mais no Oeste…
Previsão: 12° lugar na conferência Oeste