2014-15: 51-31, 4º lugar na conferência Oeste
Playoffs: Eliminado pelo Memphis Grizzlies na primeira rodada em cinco jogos
Técnico: Terry Stotts (quarta temporada)
GM: Neil Olshey (quarta temporada)
Destaques: Damian Lillard
Time-base: Damian Lillard – Gerald Henderson – Al-Farouq Aminu – Meyers Leonard – Mason Plumlee
Elenco
0 – Damian Lillard, armador
10 – Tim Frazier, armador
44 – Luis Montero, ala-armador
5 – Pat Connaughton, ala-armador
3 – C.J. McCollum, ala-armador
8 – Al-Farouq Aminu, ala
23 – Allen Crabbe, ala
4 – Maurice Harkless, ala
9 – Gerald Henderson, ala
17 – Ed Davis, ala-pivô
21 – Noah Vonleh, ala-pivô
34 – Cliff Alexander, ala-pivô
24 – Mason Plumlee, pivô
11 – Meyers Leonard, pivô
35 – Chris Kaman, pivô
Quem chegou: Luis Montero, Pat Connaughton, Al-Farouq Aminu, Maurice Harkless, Gerald Henderson, Ed Davis, Noah Vonleh, Cliff Alexander e Mason Plumlee
Quem saiu: LaMarcus Aldridge, Steve Blake, Wesley Matthews, Arron Afflalo, Robin Lopez, Nicolas Batum, Joel Freeland, Alonzo Gee e Dorell Wright
Revisão
As contusões foram maldosas com o Portland Trail Blazers na temporada 2014-15. Fora o armador Damian Lillard, que iniciou todas as partidas do Trail Blazers na temporada, e o fato de LaMarcus Aldridge ter adiado sua cirurgia na mão esquerda, os outros três titulares perderam tempo na temporada. Robin Lopez ficou 23 jogos fora, Nicolas Batum teve seu pior ano desde a campanha de calouro por conta dos incômodos nas costas, no pulso e no joelho, e Wesley Matthews rompeu o tendão de Aquiles e não atuou mais após o início de março. A equipe se garantiu pelo segundo ano seguido na pós-temporada, mas nem a vantagem do mando de quadra sobre o Memphis Grizzlies minimizou os efeitos de uma temporada regular conturbada pelas lesões.
O perímetro
Damian Lillard é o franchise player do Blazers. Após ver LaMarcus Aldridge escolher o San Antonio Spurs, o armador assinou uma extensão contratual de US$ 120 milhões por cinco anos, e será o novo líder da equipe. Para a temporada 2015-16, Lillard contará com quatro novos companheiros no quinteto inicial, fato que pode aumentar seu número de erros ofensivos durante os jogos. Porém, seus novos parceiros trazem um novo estilo de jogo, que talvez, se encaixe melhor com as características do camisa #0. Além de um possível aumento nos erros no ataque, Lillard também deve arremessar muito mais com as mudanças no elenco de Portland. No ano passado, o jogador de 25 anos tentou 16 arremessos por partida, ficando três tentativas atrás de Aldridge e três à frente de Matthews. Na última pré-temporada, Lillard arremessou 21 vezes por jogo, número que, se repetido na temporada regular, será igual ao do lendário Clyde Draxler em sua temporada com mais arremessos por jogo.
Ao lado de Lillard, o técnico Terry Stotts terá muitas opções para escolher seu ala e seu ala-armador. A princípio, os recém-contratados Al-Farouq Aminu e Gerald Henderson são os titulares. Reforço para o lugar de Batum, Aminu traz diferentes qualidades para o time do Blazers. Com aproveitamento nos arremessos de quadra parecido com o do francês (43% a 44%), o nigeriano prefere tentavas mais próximas da cesta, principalmente após infiltrações no garrafão. Em termos de rebotes, o jogador de 25 anos ajudará tanto quanto Batum, sendo um dos alas com maior índice de rebotes na liga.
Adquirido no negócio que tirou Batum de Portland, Henderson não será o substituto de Matthews. Assim como Aminu, Gerald costuma tentar arremessos à frente da linha dos três pontos, ao contrário do antigo ala-armador titular do Trail Blazers. Se quiser um jogador parecido com Wesley, Stotts escolherá C.J. McCollum para dividir a armação com Lillard. Após dois anos na liga, McCollum tem números semelhantes aos de Matthews em estatísticas a cada 100 posses de bola.
Atualmente, Henderson sofre com dores no quadril, e McCollum pode herdar a posição de ala-armador titular. Com Tim Frazier como único armador além de Lillard para o início da temporada, C.J também será usado na posição 1 quando Damian descansar.
O garrafão
No garrafão, a maior expectativa fica para a evolução de Meyers Leonard. Após três temporadas nas sombras de Aldridge, Lopez e J.J. Hickson, Leonard terá a chance de reproduzir as atuações que surpreenderam boa parte do público na série contra o Grizzlies. Nas cinco partidas da pós-temporada, foram 7.8 pontos, 6.6 rebotes e 76% de aproveitamento nas bolas para três pontos. Com 2,16 m de altura, Leonard não se caracteriza no estilo de strech four, mas pode utilizar sua mobilidade em formações mais baixas, como pivô, ao lado de Noah Vonleh, Cliff Alexander e Aminu. Mason Plumlee e Ed Davis também podem atuar na posição 4, mas devem brigar pela titularidade como pivô.
Análise geral
Após engatar quase duas décadas com seus maiores destaques vindo do garrafão (Arvydas Sabonis, Rasheed Wallace, Zach Randolph e LaMarcus Aldridge), o foco do Portland Trail Blazers estará no perímetro. Em três temporadas, Damian Lillard se estabeleceu entre os melhores armadores da conferência Oeste, e com um dos maiores salários da liga a partir de 2016, o jogador terá um ano para aprender a ser o líder de uma equipe na NBA. A perda de quatro titulares em uma offseason, somada às contratações não tão expressivas, tiram qualquer chance da franquia chegar pela terceira vez seguida aos playoffs. Mas o futuro ao redor de Lillard é promissor.
Mesmo com a possibilidade de ficar sem escolhas na primeira rodada do próximo recrutamento, a reconstrução de Portland pode ser mais rápida que o esperado, uma vez que a franquia será uma das poucas com possibilidade de usufruir 100% do assombroso aumento do teto salarial da NBA. Fora Chris Kaman, apenas Henderson tem mais que cinco anos na NBA. Do atual elenco, só Lillard receberá mais de US$ 8 milhões em 2016.
O Trail Blazers deve vencer metade dos jogos que perder na temporada, mas já conta com uma base boa e barata para o futuro próximo.
Previsão: 15º lugar na conferência Oeste