Orlando Magic
Temporada 2012-13: 20-62, 15º na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Jacque Vaughn
Gerente-geral: Rob Hennigan
Destaques: Nikola Vucevic, Arron Afflalo e Glen Davis
Elenco
#14- Jameer Nelson, armador
#55 – E’Twaun Moore, armador
#10- Ronnie Price, armador
#4- Arron Afflalo, ala-armador
#5- Victor Oladipo, ala-armador
#1- Doron Lamb, ala-armador
#3- Manny Harris, ala-armador
#21- Maurice Harkless, ala
#12- Tobias Harris, ala
#15- Hedo Turkoglu, ala
#32- Kris Joseph, ala
#11- Glen Davis, ala-pivô
#54- Jason Maxiell, ala-pivô
#44 – Andrew Nicholson, ala-pivô
#24- Romero Osby, ala-pivô
#22- Solomon Jones, ala-pivô
#9- Nikola Vucevic, pivô
#2- Kyle O’Quinn, pivô
#40- Mickell Gladness, pivô
Quem chegou: Ronnie Price, Victor Oladipo, Manny Harris, Kris Joseph, Jason Maxiell, Romero Osby, Solomon Jones e Mickell Gladness
Quem saiu: Beno Udrih, DeQuan Jones e Al Harrington
Desde a conturbada saída do pivô Dwight Howard, o Orlando Magic entrou em uma declarada reconstrução de elenco e não dá o menor sinal de que queira acelerar o processo para tornar-se competitivo em pouco tempo. A franquia está levando o seu tempo para “arrumar a casa” e isso fica bem evidente quando se analisa a transição vivida pelo time da temporada passada para a que está para começar.
O Magic pouco realmente fez nesta offseason para qualificar seu elenco. Além de escolher dois calouros com suas escolhas de draft, Victor Oladipo (2) e Romero Osby (51), o time só assinou contratos garantidos com dois atletas: o armador Ronnie Price e o ala-pivô Jason Maxiell. Os veteranos Al Harrington e Beno Udrih, que todos sabiam estar fora dos planos da organização, saíram como agentes livres. O ala Hedo Turkoglu negocia a rescisão de seu contrato.
Talvez, uma mudança tão ou mais significante tenha sofrido pelo elenco ainda com a última temporada em andamento, na negociação que enviou J.J. Redick para o Milwaukee Bucks. Além do ala-armador, a equipe da Flórida cedeu o pivô Gustavo Ayón e o armador Ishmael Smith. Recebeu, em contrapartida, Udrih, o ala-armador Doron Lamb e o ala Tobias Harris (destaque da franquia na reta final da campanha 2012-13).
Ou seja, tirando os convidados para a pré-temporada, o elenco pouco mudou em relação ao primeiro semestre. A reconstrução continua e os passos são lentos. Ninguém está com pressa em Orlando.
O perímetro
O grande mistério do perímetro do Magic gira em torno de Oladipo, segunda escolha do último draft. Ala-armador de ofício, ele já vem sendo testado na posição um desde a Liga de Verão de Orlando e deverá começar a temporada como um dos reservas de Jameer Nelson – que, dono de contrato parcialmente garantido para a campanha 2014-15, pode ser uma moeda de troca em potencial. E’Twaun Moore e Price são as opções de ofício que o elenco oferece para a reserva da armação, com o primeiro tendo ocupado a função na última temporada.
Arron Afflalo e o jovem Maurice Harkless devem formar o perímetro titular do Magic ao lado de Nelson. Os reservas das duas posições já abrem brecha para mais especulações. Oladipo é o substituto natural de Afflalo, mas, se o calouro estiver envolvido com a rotação de armador, Lamb é quem tende a ganhar chances com o técnico Jacque Vaughn.
Harkless, por sua vez, pode ser substituído por Harris ou Osby. No entanto, ambos já deram sinais de que podem ficar mais confortáveis e render melhor atuando na posição quatro, em formações mais baixas. Duas soluções possíveis neste caso são a contratação de um ala de ofício (manutenção de Kris Joseph, talvez) ou usar quintetos menores, com dois armadores, algo que Vaughn já chegou a testar na última temporada e parece mais provável.
O garrafão
Na posição cinco, tudo parece consolidado. Nikola Vucevic foi o grande destaque individual do Magic na última temporada e vai ser o pivô titular do time, enquanto Kyle O’Quinn agradou em sua campanha de estreia na NBA e ganhou a vaga de reserva imediato do montenegrino. Um cenário diferente deste já no início da campanha seria uma grande surpresa.
A situação contrasta com o panorama da rotação entre os alas-pivôs. Glen Davis tende a ser o titular da posição, mas, contundido, deve retornar com a temporada em andamento. O recém-contratado Maxiell seria a opção mais lógica para substituí-lo, mas três jovens atletas pedem passagem no elenco e seriam alternativas interessantes para um projeto em longo prazo.
Andrew Nicholson já teve amplas oportunidades de jogar em sua campanha de estreia na liga e mostrou serviço, com excelente arsenal ofensivo. Os outros são os já anteriormente citados Harris e Osby. Harris foi adquirido na reta final da temporada passada e teve ótimo rendimento – sendo até apontado como um dos favoritos ao prêmio de jogador que mais evoluirá em 2014. Já o segundo, novato, surpreendeu positivamente a comissão técnica na Liga de Verão e pré-temporada.
Análise geral
O Magic parece muito confortável realizando a reconstrução de elenco com calma e fazendo todos os testes que julga necessários. É uma equipe ruim que pretende ser boa um dia, mas sabe que isso não acontecerá da noite para o dia. Então, esperar algo além de cinco ou seis vitórias a mais do que na temporada passada não parece uma previsão muito realista – em especial, com o nível geral dos elencos da conferência Leste aumentando sensivelmente.
Por mais que exista muito (justificado) otimismo em torno de Oladipo, ele é um calouro em uma equipe que venceu 20 partidas na última temporada. Não será agora que o jovem poderá fazer a diferença. O Magic nem espera isso dele. A franquia tenta montar um time que possa fazer a diferença, mas não agora. Dá para esperar esforço e vontade dessa jovem equipe, mas ainda não está pronta para alçar voos maiores.
Previsão: 14º lugar na conferência Leste