Oklahoma City Thunder
2014-15: 45-37, 9º lugar na conferência Oeste
Playoffs: Não se classificou
Técnico: Billy Donovan (primeira temporada)
GM: Sam Presti (9ª temporada)
Destaques: Kevin Durant, Russell Westbrook e Serge Ibaka
Time-base: Russell Westbrook – André Roberson – Kevin Durant – Serge Ibaka– Enes Kanter
Elenco
0- Russell Westbrook (armador)
22- Cameron Payne (armador)
14- D.J. Augustin (armador)
21- André Roberson (ala-armador)
3- Dion Waiters (ala-armador)
2- Anthony Morrow (ala-armador)
35- Kevin Durant (ala)
5- Kyle Singler (ala)
34- Josh Huestis (ala)
6- Steve Novak (ala)
9- Serge Ibaka (ala-pivô)
4- Nick Collison (ala-pivô)
11- Enes Kanter (pivô)
33- Mitch McGary (pivô)
12- Steven Adams (pivô)
Quem chegou: Cameron Payne (draft), Josh Huestis
Quem saiu: Jeremy Lamb, Perry Jones III
O Oklahoma City Thunder está numa situação bastante curiosa. É um dos times que menos mudou o elenco em relação à temporada passada, mas onde muita coisa vai mudar. A questão principal para o time é conseguir encaixar o retorno do espetacular Kevin Durant em meio a jogadores como Enes Kanter, que fez grande temporada, e Russell Westbrook, que vem de uma temporada histórica do ponto de vista estatístico.
Esse é o problema que tem em mãos Billy Donovan, que, após muitos anos recusando ofertas de diversas franquias, finalmente resolveu largar a NCAA em prol de um emprego na NBA. O Thunder é um time que tem que dar muito certo nesta temporada, pois Kevin Durant será agente livre ao final da campanha. No ano seguinte, acaba o contrato de Russell Westbrook. Uma eventual saída de Durant mudaria completamente o destino de Westbrook um ano depois. Billy Donovan vai ter que administrar este desgastante processo ao longo da temporada, pois não é sempre que um jogador do calibre de Durant fica disponível no mercado. Com certeza isso vai gerar muita especulação, e o técnico deve agir de maneira que isso não impacte o vestiário.
O perímetro
Com Kevin Durant, MVP de 2014, e Russell Westbrook, que fez uma temporada de MVP em 2015, o Thunder é o único time da liga que tem dois verdadeiros candidatos a MVP no elenco. Ambos sempre se entenderam bem em quadra, a despeito de algumas turbulências que tentaram criar entre os dois ao longo dos anos.
Durant volta de lesão no pé, que o tirou da maior parte da temporada passada. Esse tipo de fratura não costuma deixar grandes sequelas, então deve ser questão de tempo até que volte a ser o jogador que levou o MVP de 2014. Pelas entrevistas que tem dado, ele volta muito motivado em ganhar seu primeiro título.
Já Westbrook teve uma temporada histórica, preenchendo diversos quadros do box score. Ele aproveitou o vácuo de Durant para se firmar como um dos melhores jogadores da liga, mas não parece que terá problemas em delegar grande parte de sua pontuação a Durant. Bastante contestado, o armador acabou sendo um dos personagens mais polêmicos de sua temporada. Ao passo que alguns de seus defeitos lhe impeçam de ser um franchise player de primeira grandeza, suas qualidades o cacifam para ser o melhor segundo homem que uma franquia pode ter hoje na NBA. Intenso e dinâmico, é o tipo de jogador que sempre encontrará uma forma de contribuir.
Depois de Durant e Westbrook, Dion Waiters deve ser o jogador com mais minutos no perímetro, apesar de o titular na posição 2 ser o limitado André Roberson. Adquirido junto ao Cleveland Cavaliers, Waiters tem jogado melhor do que em seu antigo time, mas está longe de alcançar o nível que se espera de uma quarta escolha de draft. De qualquer forma, no momento serve para o Thunder, que conta ainda com bons reservas como Anthony Morrow e D.J Augustin. Além deles, Cameron Payne é um calouro de muito potencial e já bastante maduro.
O garrafão
Na área pintada, o Thunder também sofreu com lesões. Serge Ibaka, principal jogador do setor, perdeu muitos jogos. Assim como Durant, parece estar recuperado. Já há alguns anos é um dos maiores defensores de garrafão da liga, e tem melhorado muito no ataque. O Thunder deve torcer para que sua evolução não tenha sido atrapalhada pelas lesões.
Enes Kanter aproveitou a ausência de Ibaka e se tornou dono do garrafão do Thunder, o que lhe rendeu uma das extensões contratuais mais contestadas da história recente. O que está feito, está feito, e resta ao Thunder esperar que este compromisso com Kanter não venha a atrapalhar a franquia em termos financeiros. Independente do contrato exagerado, ele é um pivô com jogo ofensivo muito polido, algo que se torna cada vez mais raro na NBA. No Oeste de basquete mais pesado e competitivo, isso pode ser um diferencial importante. Por outro lado, Kanter é um péssimo defensor.
O veterano Nick Collison e o jovem Steven Adams completam o setor. São reservas de qualidade que podem agregar ao elenco e na manutenção de um padrão mínimo quando substituem os titulares.
Análise Geral
Mesmo sem Durant e Ibaka, o Thunder foi um time competitivo no concorrido Oeste. Mais do que isso, foi um time divertido de se assistir. Neste ano, com o retorno dos dois astros e a estreia de Billy Donovan, a expectativa para este time é enorme.
O ambiente que Donovan vai encontrar é, de certa forma, similar ao do basquete universitário. Vai comandar um time que está em uma cidade longe da badalação e do estrelismo de grandes centros, e um elenco que inclusive adota essa filosofia. Os jogadores do Thunder são discretos, unidos e muito focados. Esse motivo, aliado ao excelente padrão tático e perfil motivador de Donovan, nos permitem presumir que esse novo projeto dará muito certo.
Se estiver 100% fisicamente, Durant vai ser um dos principais candidatos a MVP da temporada, e junto com ele vai o Thunder. A equipe precisa muito de uma excelente temporada, sem turbulências internas, para que a renovação de Kevin Durant ocorra de maneira natural e tranquila. Tudo indica que isso vai acontecer, e que o Thunder vai, mais uma vez, ser candidato ao título.
Previsão: terceiro colocado na conferência Oeste
