New Orleans Pelicans
2012-13: 27-55, 14° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Monty Williams (desde 2010)
GM: Dell Demps (desde 2010, uma classificação para os Playoffs em 2010-2011)
Destaques: Anthony Davis, Jrue Holiday e Tyreke Evans
Elenco
11- Jrue Holiday, armador
22- Brian Roberts, armador
25- Austin Rivers, ala-armador
10- Eric Gordon, ala-armador
3- Anthony Morrow, ala-armador
1- Tyreke Evans, ala
0- Al Farouq Aminu, ala
2- Darius Miller, ala
42- Lance Thomas, ala
23- Anthony Davis, ala-pivô
33- Ryan Anderson, ala-pivô
21- Arinze Onuaku, ala-pivô
14- Jason Smith, pivô
34- Greg Stiemsma, pivô
5- Jeff Whitey, pivô
Quem chegou: Jrue Holiday, Anthony Morrow, Tyreke Evans, Arinze Onuaku, Greg Stiemsma e Jeff Whitey
Quem saiu: Greivis Vasquez, Roger Mason Jr, Xavier Henry, Robin Lopez e Louis Amundson
O basquete em New Orleans começa nesta temporada uma nova era. O antigo Hornets se passou a chamar Pelicans e, com o novo nome, novas cores, novos uniformes e, principalmente, novos jogadores. A empolgação da torcida é grande, mas os dirigentes mantêm os pés no chão. Eles querem, em primeiro lugar, que a equipe forme uma química. E como são jogadores jovens com contratos de mais dois, três anos, a expectativa é de que os atletas se desenvolvam juntos para poder chegar aos playoffs nos anos vindouros.
Depois de dois anos em que, por mais que ninguém admita, o objetivo era perder mais do que vencer para obter boa posição nas possibilidades do draft, finalmente o torcedor vai ver um time com mais do que nunca uma grande vontade de vencer.
Com a chegada de Jrue Holiday e Tyreke Evans e a recuperação de Eric Gordon, o objetivo do GM da equipe, Dell Demps, era formar um time jovem e atlético, com jogadores capazes de criar o seu próprio arremesso e também auxiliar os companheiros em quadra na pontuação. Aliada à agressividade desses jogadores, a preocupação da franquia sempre foi montar uma defesa forte e sólida, que é a marca do treinador Monty Williams, que recentemente foi integrado à comissão técnica do USA Team como auxiliar, e tem na defesa a sua característica. Espera-se uma equipe forte na defesa, e que tenha nas jogadas de contra-ataque um dos seus pontos fortes.
O perímetro
Depois de perder Chris Paul, o time de New Orleans teve Jarrett Jack e Greivis Vasquez na armação e os dois foram muito contestados pela torcida. Jack pelas decisões que tomava em quadra e Vasquez pela defesa fraca e falta de velocidade. Mas agora, a franquia tem como armador titular, Jrue Holiday, que chegou à equipe em uma troca entre Pelicans e 76ers na noite do draft e o jovem jogador vem da melhor temporada de sua carreira, chegando inclusive a ser selecionado para o Jogo das Estrelas. A esperança dos técnicos é que Holiday consiga fazer o time jogar em ritmo mais acelerado e explorar mais a qualidade de jogadores como Tyreke Evans e Anthony Davis, que são muito bons no jogo de transição. Para revezar com Holiday, a equipe possui Brian Roberts, que chegou a New Orleans na temporada passada vindo do basquetebol alemão, e surpreendeu a todos com um jogo sólido de bons arremessos e bons passes, chegando a distribuir, inclusive, 18 assistências em uma partida contra o Denver Nuggets. Outro jogador que deve atuar na posição 1 é Austin Rivers, que deve dividir minutos tanto como armador principal quanto como armador pontuador.
O ala-armador titular será mais uma vez Eric Gordon, que foi o cestinha da equipe nas últimas duas temporadas. Apesar da qualidade de Gordon, a dúvida sobre seu desempenho é grande, não pelo que vai fazer em quadra, mas sim por quanto vai estar em quadra, já que nas últimas temporadas acabou perdendo muitos jogos por causa de uma lesão no joelho, principalmente. Para substituir Gordon durante os jogos e em eventuais lesões, a equipe trouxe o ex-ganhador do prêmio Novato do Ano, Tyreke Evans, do Sacramento Kings. A princípio, ele deve ser o sexto homem da equipe, dividindo tempo nas posições de ala-armador e ala. Além de Evans e Rivers, a equipe trouxe o especialista em três pontos Anthony Morrow, que teve a melhor fase de sua carreira no Brooklyn Nets.
Na posição de ala, Al-Farouq Aminu será o titular mais uma vez. A expectativa é de que ele faça uma boa temporada, já que será exigido apenas na defesa, sua principal virtude em quadra. Nas últimas duas temporadas com a equipe, Aminu acabou recebendo muitas críticas por se mostrar afobado no ataque e, com isso, cometer muitos erros. Mas na defesa ele tem um papel importante, ajuda a proteger o garrafão e apresenta bons números de roubadas de bola e rebotes. Apesar de Aminu começar jogando, Tyreke Evans deve ter bastante tempo de quadra jogando na posição 3, ao lado de Gordon e Holiday. Outra opção é o jovem Darius Miller, que vem para sua segunda temporada na equipe.
O garrafão
Como não podia ser diferente, Anthony Davis é o principal jogador de garrafão da equipe e a grande esperança da franquia. Na sua temporada de novato, o jovem jogador deu indícios de que pode se tornar um dos grandes nomes da Liga no futuro, já que apresentou bons números e fez grandes jogos. O garoto passou todo o Verão se preparando para a temporada, primeiro na academia, onde tinha o objetivo de ganhar mais músculos e se tornar mais preparado para o jogo físico da NBA (ganhou aproximadamente oito quilos em músculo), e depois treinando com a seleção americana de basquete e com seus companheiros em New Orleans. Davis, ao que tudo indica, foi escolhido no draft de 2012 para ser o pivô da equipe no futuro, mas ainda será ala-pivô nos próximo dois anos enquanto se adapta melhor fisicamente. Para a reserva de Davis, Ryan Anderson é a principal opção. Ele vem de uma boa temporada, onde conquistou a torcida e foi importantíssimo dentro da equipe com seus arremessos certeiros de três pontos. Outras opções são Lance Thomas, que esteve no elenco do time de New Orleans nos últimos dois anos, sem destaque, e o novato Arinze Onuaku, que, por ser muito forte fisicamente, chamou a atenção dos dirigentes da franquia.
Na posição de pivô, o Pelicans está bastante debilitado, pois o titular deve ser Greg Stiemsma. Apesar da idade (28 anos), ele tem pouca rodagem na Liga, principalmente como titular. Atrás de Stiemsma, um dos favoritos da torcida, Jason Smith, que faz parte do elenco do Pelicans há três anos e deve receber mais minutos de quadra do que nos anos anteriores. A última opção para a posição 5 é o novato Jeff Whitey, que foi escolhido no draft pelo Portland Trail Blazers e, posteriormente, enviado a New Orleans na troca tripla que também levou Tyreke Evans ao Pelicans.
Apesar das opções limitadas para a posição 5, a intenção da franquia é utilizar Anthony Davis como pivô ao lado de Ryan Anderson o máximo possível.
Análise geral
O Pelicans é um time repleto de jovens, e a intenção dos dirigentes da franquia era mesmo formar um núcleo de bons jogadores e ainda novos para que possam crescer juntos na equipe. O projeto ainda é para médio prazo, quando esses jovens conseguirem estar mais próximos do auge como atletas.
Apesar de não ter pressa, tanto torcida quanto dirigentes acreditam que a equipe já estará brigando por uma vaga nos playoffs desta temporada. Porém, a falta de experiência e a forte concorrência devem pesar para que o Pelicans não se classifique. O time também sofreu bastante com lesões nos últimos anos, e esse é mais um fantasma que assombra a comissão técnica.
No geral, o Pelicans é uma equipe que deve empolgar quem se dispor a ver seus jogos, já que possui um time repleto de jovens atléticos e donos de grande capacidade ofensiva, aliado a um sistema defensivo de um técnico em grande ascensão dentro da NBA. Defesa, atleticismo e bolas de três pontos. Isso é o que se espera do New Orleans Pelicans para esta temporada. Mas se a equipe se mantiver saudável e, desde cedo, assimilar o novo sistema implantado pela comissão técnica com a chegada dos novos jogadores, o Pelicans pode brigar pela última vaga dos playoffs na conferência Oeste.
Previsão: 12° lugar na conferência Oeste