Minnesota Timberwolves
Campanha em 2016-17: 31-51, 13° na conferência Oeste
Playoffs: não se classificou
Técnico e presidente: Tom Thibodeau (segunda temporada)
GM: Scott Layden (segunda temporada)
Destaques: Karl-Anthony Towns, Jimmy Butler e Andrew Wiggins
Time-base: Jeff Teague – Jimmy Butler – Andrew Wiggins – Taj Gibson – Karl-Anthony Towns
Elenco
0- Jeff Teague, armador
1- Tyus Jones, armador
30- Aaron Brooks, armador
7- Melo Trimble, armador
23- Jimmy Butler, ala-armador
11- Jamal Crawford, ala-armador
13- Marcus Georges-Hunt, ala-armador
22- Andrew Wiggins, ala
15- Shabazz Muhammad, ala
3- Anthony Brown, ala
67- Taj Gibson, ala-pivô
8- Nemanja Bjelica, ala-picô
5- Gorgui Dieng, ala-pivô/pivô
10- Amile Jefferson, ala-pivô/pivô
32- Karl-Anthony Towns, pivô
45- Cole Aldrich, pivô
24- Justin Patton, pivô
Quem chegou: Jimmy Butler, Jeff Teague, Taj Gibson, Jamal Crawford, Justin Patton (draft), Aaron Brooks, Anthony Brown, Melo Trimble, Marcus Georges-Hunt
Quem saiu: Ricky Rubio, Zach LaVine, Kris Dunn, Omri Casspi, Brandon Rush, Adreian Payne, Jordan Hill, Nikola Pekovic
Revisão
O jejum persiste em Minnesota. Já se vão 13 anos desde que o Timberwolves alcançou os playoffs pela última vez. Na primeira temporada sob comando do técnico e presidente Tom Thibodeau, a equipe pouco evoluiu em relação à campanha anterior.
Se as vitórias foram minguadas, pelo menos a temporada serviu para que o núcleo jovem do time tivesse mais tempo para mostrar serviço. Karl-Anthony Towns, Andrew Wiggins e Zach LaVine, três dos quatro atletas mais novos do elenco, lideraram a equipe em várias estatísticas e foram os que tiveram as maiores médias de minutos em quadra.
Towns mostrou evolução (ofensiva) em sua segunda temporada na NBA. Novamente, ele atuou em todas as 82 partidas e melhorou seus números em: pontos, rebotes, assistências, aproveitamento de bola de três pontos e aproveitamento nos lances livres. Além disso, ele liderou a NBA em pontos marcados no garrafão (14.1), converteu 101 arremessos de longa distância e foi o quinto reboteiro da liga (12.3).
Já Wiggins, por mais que ainda esteja deixando a desejar no lado defensivo, mostrou evolução como pontuador. Segundo cestinha da equipe, ele melhorou o aproveitamento nos chutes do perímetro (de 30% no ano anterior para 35.6% em 2016/17) e converteu mais bolas de três (103) do que nas duas primeiras temporadas combinadas (96). É bom lembrar que ele tem só 22 anos, e potencial para melhorar seu controle de bola e ser mais disciplinado na defesa.
A temporada acabou e Towns e Wiggins permanecem como intocáveis no elenco. Já o valorizado LaVine foi negociado. Assim como o criticado armador espanhol Ricky Rubio e a decepção chamada Kris Dunn.
O perímetro
Jeff Teague, Jimmy Butler e Andrew Wiggins formarão o perímetro titular do Timberwolves nesta temporada. Teague chega para substituir o criticado Ricky Rubio. Ele não tem a mesma visão de quadra e nem a consistência defensiva do espanhol, mas compensa em atleticismo e capacidade de arremessar de média e longa distância. Butler, o grande reforço da equipe para a temporada, é o cara de confiança de Tom Thibodeau. Ele será uma peça fundamental na tão criticada defesa do time de Minnesota. Em Minneapolis, o ex-jogador do Chicago Bulls não terá tanta responsabilidade em pontuar. Já Wiggins, de contrato renovado, precisa ser mais do que um cara que pontua atacando a cesta e nas situações de isolation. Jogar ao lado de Butler pode ser importante para ele se envolver mais no lado defensivo. Potencial, capacidade atlética, ele tem. E Wiggins deu flashes, na última temporada, de que pode se tornar um passador consistente. Todos na franquia esperam a evolução do jovem ala.
No banco de reservas, com a saída de Kris Dunn, Tyus Jones passa a ser a primeira opção para a armação. O técnico Thibodeau confia no atleta de 21 anos e espera que ele melhore como criador de jogadas e arremessador. Os jogadores de perímetro que mais deverão ter minutos vindo do banco deverão ser o veterano Jamal Crawford e o inconsistente Shabazz Muhammad. Ambos deverão se limitar a contribuir na parte ofensiva.
O garrafão
Pelo que vimos na pré-temporada, a dupla titular no garrafão deverá ser formada por Taj Gibson e Karl-Anthony Towns. O veterano ala-pivô tem a confiança de Thibodeau pelos anos em que trabalharam juntos em Chicago. Gibson joga sempre com muita disposição e será importante no lado defensivo. Ele não tem como característica ser um espaçador de quadra, mas está treinando bastante nas últimas semanas o arremesso de longa distância. Talvez vejamos um Gibson reinventado nesta temporada.
Towns deverá continuar sendo o principal pontuador do Timberwolves. Como dito anteriormente, o pivô de 21 anos evoluiu bastante no lado ofensivo. Só que ele ainda deixa a desejar no que se refere à proteção do aro. Quando veio do basquete universitário, ele era tido como um potencial defensor de elite, mas na prática não foi o que vimos na NBA. Quem sabe nesta temporada, com jogadores como Butler e Gibson ao seu lado, no dia a dia, ele não se comprometa mais no lado defensivo. Se alcançar todo o potencial como marcador, Towns entrará definitivamente no rol dos melhores jogadores da liga.
Gorgui Dieng e Nemanja Bjelica deverão ser os reservas do garrafão com mais minutos. O senegalês está aprimorando o chute de longa distância e promete ajudar o time com algo além do trabalho sujo no garrafão. Já o sérvio, que entra no último ano de contrato, terá a chance de provar que merece continuar na equipe. Bjelica chegou ao Timberwolves depois de ser eleito MVP da Euroliga, em 2015, mas até hoje não mostrou todo o seu talento na NBA. Ele tem um alto QI de basquete e ajuda no espaçamento de quadra e na criação para os companheiros. Fãs e comissão técnica da equipe esperam que ele fique longe das lesões e possa contribuir vindo do banco.
Análise geral
Depois de 13 anos de sofrimento, a torcida da equipe de Minnesota tem motivos de sobra para comemorar e sonhar com o retorno aos playoffs. As chegadas de Butler, Teague, Gibson e Crawford deixaram o elenco mais qualificado e “cascudo”, já que todos eles têm experiência de sobra em pós-temporada.
Com um time mais experiente e encorpado, e um técnico que já provou sua capacidade, a expectativa é a de que o Timberwolves possa, enfim, acabar com o incômodo jejum. No papel, a equipe tem tudo para ser uma dos oito melhores da conferência Oeste. A pulga atrás da orelha se refere à questão do encaixe em quadra. Em uma NBA cada vez mais dependente de formações baixas, mais posses de bola e mais arremessos do perímetro, o Timberwolves poderá sofrer com a falta de espaçamento de quadra.
A primeira temporada de Thibodeau em Minnesota serviu mais para ele conhecer o elenco, dar mais rodagem aos jovens e perceber o que o time precisava para sair do marasmo. Nesta offseason, ele abriu espaço na folha salarial da equipe e fechou negociações ousadas. Ele fez bem o seu papel de executivo, mas agora chegou a hora de fazer com que esse time se encaixe rapidamente em quadra. Todos concordam que chegou a hora do Timberwolves voltar aos playoffs?
Previsão: 5° lugar na conferência Oeste