Campanha em 2014-15: 37-45, décimo na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Erik Spoelstra (oitava temporada)
GM: Andy Elisburg (terceira temporada)
Destaques: Goran Dragic, Dwyane Wade e Chris Bosh
Time-base: Goran Dragic – Dwyane Wade – Luol Deng – Chris Bosh – Hassan Whiteside
Elenco
7- Goran Dragic, armador
15- Mario Chalmers, armador
24- John Lucas, armador
3- Dwyane Wade, ala-armador
14- Gerald Green, ala-armador
8- Tyler Johnson, ala-armador
0- Josh Richardson, ala-armador
9- Luol Deng, ala
32- James Ennis, ala
20- Justise Winslow, ala
22- Greg Whittington, ala
1- Chris Bosh, ala-pivô
4- Josh McRoberts, ala-pivô
40- Udonis Haslem, ala-pivô
5- Amare Stoudemire, ala-pivô
21- Hassan Whiteside, pivô
11- Chris Andersen, pivô
13- Keith Benson, pivô
Quem chegou: Justise Winslow (draft), Josh Richardson (draft), Amare Stoudemire, Gerald Green, Keith Benson
Quem saiu: Michael Beasley, Henry Walker, Shabazz Napier, Zoran Dragic
Revisão
A saída de LeBron James para o Cleveland Cavaliers deixou, na teoria, um buraco na rotação do Miami Heat. E foi na prática, também, mesmo com a assinatura de Luol Deng para a sua posição. Sem comparações, Deng chegou com uma responsabilidade que não era dele. Para piorar, as contusões fizeram estragos ao longo do ano. Josh McRoberts, Dwyane Wade, e então, Chris Bosh teve uma embolia pulmonar, justamente quando o time poderia engrenar após a troca realizada para receber Goran Dragic. Mas uma das coisas mais legais no Heat de 2014-15 foi o pivô Hassan Whiteside. O jogador voltou aos Estados Unidos após rodar pelo exterior e aos poucos, ganhou espaço na rotação. Hoje, ele é inquestionável no quinteto titular. O Heat não se classificou, mas montou uma boa base para este ano.
O perímetro
A direção do Miami Heat não mediu esforços para manter Goran Dragic no elenco. Para isso, o time vai desembolsar US$ 85 milhões pelos próximos cinco anos. Talvez seja pelo novo acordo da TV ou porque Dragic mostrou algo muito interessante, mas o fato é que agora o Heat tem um armador de verdade. Possui características diferentes de qualquer outro jogador do grupo e, pode tanto acelerar o jogo, quanto segurar o ritmo. Acredita-se que a equipe da Flórida irá optar pelo primeiro. Ao seu lado estará o melhor jogador da história da franquia, o ala-armador Dwyane Wade. Embora as preocupações quanto aos problemas físicos aumentam a cada ano, o camisa 3 ainda é um dos grandes atletas da liga na atualidade. Precisa da explosão para produzir, mas consegue ser efetivo no arremesso de média distância.
Do banco, virão Mario Chalmers e Gerald Green. Chalmers, antigo titular, é melhor do que lhe é creditado. Apenas é inconstante. Vai viver tendo altos e baixos na temporada, será questionado, e no próximo jogo, vai fazer 25 pontos. Já Green, tem em seu arremesso de longa distância e no atleticismo as suas principais armas. Em Miami, deverá ter mais espaço que tinha no Phoenix Suns, porém terá de brigar por tempo de quadra com James Ennis e o calouro Justise Winslow. Por mais que tenha sido uma surpresa ter chegado ao décimo posto do draft, Winslow não foi tão bem na pré-temporada. Seu arremesso foi uma das maiores preocupações para o técnico Erik Spoelstra. Não é por pouco. Ele converteu apenas 27% das tentativas e obteve 6.3 pontos e 5.5 rebotes em cerca de 28 minutos. Enquanto Winslow se desenvolve, Luol Deng será o titular na ala. Ótimo defensor, Deng ainda sofre com uma lesão crônica no pulso, dos tempos de Chicago Bulls.
A equipe ainda conta com o calouro Josh Richardson e Tyler Johnson. Dificilmente, terão tempo de quadra, por conta da grande concorrência no perímetro.
O garrafão
Hassan Whiteside foi uma grata surpresa em 2014-15, mas agora ele terá de lidar com a pressão de ser o “Jeremy Lin” da vez. Para quem não se lembra, Lin teve um início sensacional no New York Knicks, mas perdeu o pique por conta da marcação sobre ele. Claro, virou o alvo. Todo mundo queria se destacar em cima de Lin. E isso pode acontecer com Whiteside. O pivô ainda carece de alguns aspectos técnicos, como o jogo de costas para a cesta e o lance livre. Inclusive, ele deve perder tempo de quadra quando Spoelstra optar por uma formação mais baixa. Neste caso, Chris Bosh será o pivô. Falando em Bosh, ele está totalmente recuperado da embolia pulmonar sofrida no início do ano e promete produzir ainda mais. O jogador tende a espaçar a quadra, mesmo sendo o único “cara grande” nessas formações. O astro precisa apenas ser mais consistente na defesa para se destacar de fato.
Os veteranos Chris Andersen e Udonis Haslem seguem como opções do banco de reservas, porém agora terão a companhia de Amare Stoudemire. Se estiver ao menos 60%, como disse durante o período de preparação, já é um “upgrade” por conta de seu talento. Inteiro e livre de lesões, seria um dos melhores de sua posição. O problema é que isso não acontece há anos.
Análise geral
A conferência Leste tem um certo desequilíbrio após as quatro ou cinco primeiras posições, mas o Miami Heat está neste grupo. A aposta é que o time vai se manter mais saudável este ano por conta das opções no banco. Isso deve acontecer porque os titulares poderão descansar mais. Claro que isso é apenas uma projeção, no entanto, as chances neste ano são bem melhores que em 2014-15. Bosh está de volta, Wade livre de lesões, Dragic será o armador e Whiteside fará o seu primeiro ano inteiro como titular.
A tendência é que brigue pelos primeiros lugares do Leste. Digo, se nada de muito errado acontecer, claro. Em um primeiro momento, o Cleveland Cavaliers e o Chicago Bulls parecem um pouco melhores. O Cavs, principalmente. E, mesmo com a troca de filosofia no Bulls, o time conta com mais talentos prontos para este momento. O Heat ainda precisa contar com a sorte de não ter ninguém da rotação principal machucado seriamente. Acontecendo isso, pode mesmo ficar entre os três primeiros.
Previsão: terceiro lugar na conferência Leste