Campanha em 2015-16: 33-49, 11° colocado na conferência Oeste
Playoffs: Não se classificou
Técnico: Mike Malone (segunda temporada)
GM: Tim Connelly (quarta temporada na equipe)
Destaques: Danilo Gallinari, Emmanuel Mudiay, Nikola Jokic
Time-base: Emmanuel Mudiay – Gary Harris – Danilo Gallinari – Kenneth Faried – Nikola Jokic
Elenco
10 – Nate Wolters, armador
1 – Jameer Nelson, armador
0 – Emmanuel Mudiay, armador
25 – Malik Beasley, ala-armador
27 – Jamal Murray, ala-armador
14 – Gary Harris, ala-armador
3 – Mike Miller, ala
5 – Will Barton, ala
21 – Wilson Chandler, ala
8 – Danilo Gallinari, ala
41 – Juancho Hernangomez, ala-pivô
4 – Robbie Hummel, ala-pivô
35 – Kenneth Faried, ala-pivô
00 – Darrell Arthur, ala-pivô
12 – Jarnell Stokes, pivô
23 – Jusuf Nurkic, pivô
15 – Nikola Jokic, pivô
Quem chegou: Malik Beasley (draft), Jamal Murray (draft), Juancho Hernangomez (draft), Nate Wolters, Robbie Hummel, Jarnell Stokes
Quem saiu: D.J. Augustin, Axel Toupane, Erick Green, J.J. Hickson, JaKarr Sampson
Após registrar a pior campanha da franquia desde 2002-03 com 30 vitórias, o Denver Nuggets retomou o bom ambiente na franquia e se colocou entre os times mais promissores da NBA. A campanha 2015-16 foi de apenas 33 vitórias, porém, as exibições dos novatos Emmanuel Mudiay e Nikola Jokic sob o comando do técnico Mike Malone mostram que a equipe deve incomodar no futuro. Os novos jogadores foram complementados pelo veterano Danilo Gallinari que, além de registrar sua segunda maior média de minutos em quadra (34.7), alcançou seus melhores números em pontos (19.5), rebotes (5.3) e lances livres tentados (8.2).
O perímetro
A decisão de recrutar o armador Emmanuel Mudiay e enviar o então titular Ty Lawson para o Houston Rockets transformou a projeção de futuro do Nuggets. Apesar de não ter iniciado bem sua carreira na NBA, Mudiay registrou 14.9 pontos e 4.9 assistências após a parada do Jogo das Estrelas, além de reduzir seus erros ofensivos de 3.5 para 2.7 por partida. O congolês de 20 anos comandará a posição de armador principal em sua segunda temporada, com o veterano Jameer Nelson como seu reserva, pelo menos, na teoria.
Nelson conseguiu atuar em apenas 35 das 82 partidas do Nuggets na última temporada e não conseguiu reparar o principal defeito de Mudiay, os tiros de longa distância. Enquanto Mudiay acertou 31% de seus arremessos para três pontos, Nelson conectou apenas 29%. É nesse ponto que entram Malik Beasley e Jamal Murray, novatos de primeira rodada vindos do draft 2016. Ambos os jogadores podem atuar tanto como armadores quanto como ala-armadores. Durante a última temporada da NCAA, Beasley acertou 38% de seus tiros de longa distância, enquanto Murray converteu 40% de suas tentativas. Na atual pré-temporada, Beasley manteve os 38% da época de universitário e Murray elevou sua média para 45%.
Com a contusão do titular Gary Harris, Murray e Beasley terão mais minutos vindo do banco de reservas, já que dificilmente desbancarão a concorrência de Will Barton pela titularidade momentânea. Na posição de ala, Danilo Gallinari é a opção óbvia. Destaque da campanha 2015-16, o italiano parece recuperado das sérias lesões que o limitaram nos últimos anos. Wilson Chandler está recuperado de lesão e também receberá um bom número de minutos. A volta do veterano também abre a oportunidade do técnico Mike Malone efetivar Gallinari como ala-pivô em rotações mais baixas.
Indo para sua 17ª temporada, Mike Miller será mais útil nos treinos que nas partidas.
O garrafão
https://www.youtube.com/watch?v=8LKw8yxHSEk
Mesmo liderando as prévias pela titularidade como ala-pivô, Kenneth Faried está cada vez mais longe de ser o jogador certo para a posição. Sem altura e força para defender jogadores altos, e sem um arremesso de média/longa distância qualificado, Faried ganha de seus adversários pela posição apenas no quesito atleticismo.
Faried viu Danilo Gallinari atuar como ala-pivô em 32% de seus minutos em quadra e, além desse número pelo menos se repetir na temporada 2016-17, Faried terá que lidar com o poder da dupla Jokic e Nurkic nas rotações mais altas.
Jokic foi a maior surpresa da última temporada do Nuggets. Selecionado para o quinteto de novatos, o sérvio registrou médias de dez pontos, sete rebotes, 2.4 assistências, um roubo de bola e 51% de aproveitamento nos arremessos em apenas 21.7 minutos por jogo. Versátil, o pivô alcançou oito partidas com pelo menos cinco passes decisivos e tentou 84 arremessos de longa distância. As variadas qualidades do jogador já permitem que o técnico Mike Malone considere utiliza-lo ao lado de outro pivô, especialmente Jusuf Nurkic.
Recuperado de lesão, Nurkic não apresenta a versatilidade de Jokic, mas compensa com a tradicional força de um pivô natural. O bósnio atuou por 92 minutos ao lado de Jokic na temporada 2015-16, porém, a equipe sofreu terminou sofrendo mais pontos que marcando nesse período. Ainda assim, é provável que com Nurkic 100% os números sejam melhores.
Juan Hernangomez e Darrell Arthur serão as últimas opções no banco para o garrafão, especialmente rodando na posição 4.
Análise geral
O elenco é qualificado. Entre ótimos valores para o futuro, veteranos no auge de suas carreiras e apostas de baixo risco, o técnico Mike Malone usará a temporada 2016-17 para encontrar a “rotação perfeita” visando a próxima campanha. Chegar à pós-temporada dependerá de um rápido entrosamento de todas as peças e outras três ou quatro franquias sofrendo demais com lesões.
Até fevereiro, o gerente geral Tim Connelly terá muitas chances de mudar o elenco, com peças como Faried, Chandler e Gallinari com mercado na NBA. As duplas Mudiay-Murray e Jokic-Nurkic serão testadas e avaliadas a exaustão, uma vez que se derem certo, representam mais de meio caminho para um futuro de vitórias.
Previsão: 11° da conferência Oeste