Dallas Mavericks
Campanha em 2014-15: 50-32, sétimo colocado na conferência Oeste
Playoffs: Eliminado pelo Houston Rockets na primeira rodada
Técnico: Rick Carslile (oitava temporada)
GM: Donnie Nelson (14ª temporada)
Destaques: Dirk Nowitzki, Wesley Matthews e Chandler Parsons
Time-base: Deron Williams – Wesley Matthews – Chandler Parsons – Dirk Nowitzki – Zaza Pachulia
Elenco
8-Deron Williams, armador
34-Devin Harris, armador
5-J.J Barea, armador
2-Raymond Felton, armador
23-Wesley Matthews, ala-armador
12-John Jenkins, ala-armador
1-Justin Anderson, ala-armador
25-Chandler Parsons, ala
21-Jeremy Evans, ala
10-Maurice N’dour, ala-pivô
41-Dirk Nowitzki, ala-pivô
3-Charlie Villanueva, ala-pivô
7-Dwight Powell, ala-pivô
27-Zaza Pachulia, pivô
11-Javale Mcgee, pivô
24-Samuel Dalembert, pivô
Quem chegou: Deron Williams, Wesley Matthews, Justin Anderson (draft), Zaza Pachulia, Jeremy Evans, Javale Mcgee e Samuel Dalembert.
Quem saiu: Monta Ellis, Tyson Chandler, Al-Farouq Aminu, Richard Jefferson, Rajon Rondo e Amar’e Stoudemire.
Revisão
O Mavericks mais uma vez foi uma equipe consistente e se garantiu nos playoffs da última temporada. A equipe contou mais uma vez com as boas atuações de Dirk Nowitzki e Monta Ellis, além do retorno de Tyson Chandler, que garantiu a força defensiva necessária no garrafão. O recém-chegado Chandler Parsons também conseguiu jogar com certa regularidade e não comprometeu.
Apesar disso, o fato de destaque da última campanha fica por conta da troca por Rajon Rondo. A equipe abriu mão de sua profundidade do banco de reservas para contar com o armador, porém, o atleta não jogou metade do que se esperava e o time acabou em um nível pior do que o de antes da negociação. Enfrentou o Houston Rockets na primeira rodada dos playoffs e foi eliminado facilmente.
Durante a offseason, uma reformulação do elenco foi planejada, mas nem tudo saiu como planejado, muito por conta de Deandre Jordan, que resolveu retornar ao Clippers de última hora. Apesar da frustração com o pivô, a franquia conseguiu assinar com Wesley Matthews e trouxe Deron Williams para o lugar de Rondo, que rumou para o Sacramento Kings. Sem Chandler e Jordan, Zaza Pachulia, Javale Mcgee e Samuel Dalembert chegaram como alternativas para a posição 5.
O perímetro
A equipe fez substituições diretas no time titular. Saíram Rajon Rondo e Monta Ellis e chegaram Deron Williams e Wesley Matthews. Analisando a dupla apenas no papel, ou seja, excluindo lesões ou qualquer outro fato, as duas mudanças parecem não comprometer o nível da equipe. Deron Williams não apresentará o nível de antigamente, mas, é muito difícil que algum jogador consiga obter um rendimento pior que o de Rondo na franquia do Texas. Já no caso de Matthews, a mudança pode ser vista como um upgrade na posição, já que o atleta pode contribuir no ataque e é um melhor defensor que Ellis.
Devin Harris e J.J Barea continuarão com suas funções da última temporada, contribuindo a partir do banco de reservas, nas posições 1 e 2. John Jenkins vem atuando bem na pré-temporada e pode receber minutos, sendo muito útil saindo do banco. Raymond Felton não deve ganhar muitas oportunidades.
Chandler Parsons é o dono da posição de ala e deve ser um dos melhores jogadores do time na próxima temporada. O atleta teve um bom desempenho em seu primeiro ano em Dallas e agora, com mais tempo de casa e adaptado ao time, não deve decepcionar. O calouro Justin Anderson foi muito bem nas ligas de verão e também deve receber chances, atuando nas posições 2 e 3.
O garrafão
Poderíamos começar essa parte de um jeito totalmente diferente, caso Deandre Jordan não tivesse mudado seus planos repentinamente. Mas o assunto já ficou no passado. Zaza Pachulia, que deve ser o titular, possui um bom arremesso e Samuel Dalembert, velho conhecido da torcida do Mavs, pode contribuir na defesa. Javale Mcgee, que possui um contrato não garantido, deverá mostrar serviço com a segunda unidade da equipe. É claro que, esse foi o setor mais prejudicado durante a mudança do elenco e obviamente, nenhum deles terá desempenho parecido com o pivô do Clippers. Porém, observando como a situação se desenrolou, acabar com esses três jogadores não foi um completo desastre.
Na posição de ala-pivô, as coisas são um pouco mais simples. O veteraníssimo Dirk Nowitzki deverá ser o destaque do setor, mesmo com os minutos cada vez mais reduzidos. Já na parte dos reservas, Jeremy Evans, ex-Utah Jazz, se junta a Charlie Villanueva e ao jovem Dwight Powell, que pode receber mais oportunidades em 2015/16. O novato Maurice N’Dour, caso continue na equipe durante a temporada, também pode atuar na posição.
Análise Geral
A análise dos setores foi feita levando em conta apenas os jogadores em si, o que pode ter causado a impressão de que o Mavs da próxima temporada é igual, ou até melhor do que o da última. Não é o caso. O time do Texas é cercado de jogadores que são grandes incógnitas. Deron Williams sofre com inúmeras lesões -além do desempenho muito abaixo da expectativa nos tempos recentes de Nets- e é difícil adivinhar qual será o nível apresentado pelo armador. Wesley Matthews é um ótimo jogador, mas a lesão sofrida pelo atleta (rompimento do tendão de Aquiles) é muito séria e mais uma vez, não há como projetar um rendimento.
Além de toda a incerteza, o elenco não parece ser bom o bastante para brigar por algo grande na temporada. Matthews e Parsons podem não estar totalmente recuperados no início da temporada regular e, com Dirk Nowitzki cada vez mais “experiente”, a responsabilidade de liderar o time nas mais variadas formas não poderá ser inteiramente dele. Ao mesmo tempo, a equipe não tem time para ficar entre os últimos do Oeste.
Tudo gira em torno do “se” para a franquia do Texas. Se as lesões surpreendentemente abandonarem os jogadores que terão papel fundamental na campanha, Deron Williams mostrar em quadra que está motivado- e não apenas nas entrevistas-, Matthews se recuperar totalmente e atuar no mesmo nível do tempo de Blazers, Parsons apresentar um rendimento ainda melhor e o novo garrafão se encaixar, na medida do possível, o Mavericks pode brigar pelas últimas posições de classificação aos playoffs.
Caso os fatos não se apresentem de uma forma assim tão perfeita, a equipe deve ficar na famosa zona dos times que não possuem um time forte para ir aos playoffs e nem fraco o suficiente para ficar entre os últimos.
Previsão: décimo colocado na conferência Oeste