Boston Celtics
Campanha em 2012-13: 25-57, 12° na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Brad Stevens (segunda temporada na equipe)
GM: Danny Ainge (12ª temporada na equipe)
Destaques: Rajon Rondo e Jeff Green
Time-base: Rajon Rondo – Avery Bradley – Jeff Green – Kelly Olynyk – Jared Sulinger
Elenco
9- Rajon Rondo, armador
36- Marcus Smart, armador
26- Phil Pressey, armador
20- Will Bynum, armador
0- Avery Bradley, ala-armador
4- Marcus Thornton, ala-armador
13- James Young, ala-armador
8- Jeff Green, ala
11- Evan Turner, ala
45- Gerald Wallace, ala
41- Kelly Olynyk, ala-pivô
7- Jared Sulinger, ala-pivô
30- Brandon Bass, ala-pivô
42- Erik Murphy, ala-pivô
12- Dwight Powell, ala-pivô
38- Vitor Faverani, pivô
44- Tyler Zeller, pivô
Quem chegou: Tyler Zeller, Erik Murphy, Evan Turner, Marcus Thornton, Dwight Powell, Will Bynum, Marcus Smart (draft), James Young (draft)
Quem saiu: Chris Babb, Jarryd Bayless, Vander Blue, Keith Bogans, Kris Humphries, Chris Johnson, Joel Anthony
Depois de um ano atípico para os moldes da franquia, o Boston Celtics entra em 2014-15 mais uma vez brigando por absolutamente nada. O grupo melhorou, é fato, mas ainda carece de peças mais confiáveis. A ausência de vitórias deve ser a tendência para esta temporada. Sem Rajon Rondo para o início da campanha, o técnico Brad Stevens está tendo problemas para acertar o setor.
Se sobram dúvidas em um elenco jovem, ao menos existe a esperança de se tornar forte mais uma vez, seja via trocas ou reconstrução a partir do draft.
Quem saiu, não comprometeu o andamento do projeto de Stevens. O time ainda depende muito de Jeff Green e Rondo, porém existem chances reais de nenhum dos dois ficarem até o fim da temporada. Ao menos, o GM Danny Ainge — um dos responsáveis pelo título de 2008, tem crédito para transformar o time em vencedor nos próximos anos.
O perímetro
Tudo gira sobre Rajon Rondo. Não só em quadra, mas também nos bastidores. Com o contrato expirando ao final da temporada, a diretoria do Boston Celtics procura meios de acertar a equipe para a temporada. Para piorar, Rondo está lesionado e só deve voltar um mês após o início da fase regular.
O time possui peças que podem contribuir, mas está apostando no futuro de Marcus Smart, sexta escolha do draft. O problema é que o calouro ainda não está pronto e apresenta dificuldades básicas para um jogador da posição. Como os planos para ele não são imediatos, a franquia trouxe o experiente Will Bynum após troca com o Detroit Pistons. Bynum é um arremessador comum e gosta de atacar a cesta. Entretanto, pode ser dispensado Se o time precisar, ainda tem Phil Pressey no elenco.
O técnico Brad Stevens se viu desesperado com a pouca produtividade de Smart e resolveu testar Evan Turner como armador principal em alguns jogos da pré-temporada. Turner pareceu um pouco afobado em suas decisões e pode assumir a posição em determinados momentos. Sua passagem pelo Indiana Pacers foi abaixo do esperado e a oportunidade no Celtics surge como um alento para a carreira. Em uma noite qualquer, pode anotar 30 pontos e na outra, sair zerado. Precisa de regularidade e tempo de quadra.
Avery Bradley é o melhor defensor de todo o grupo e está aperfeiçoando o arremesso de longa distância. O camisa 0 chegou à liga sem um chute apurado e já conseguiu mostrar evolução no quesito, convertendo quase 40% das tentativas em 2013-14. Marcus Thornton chegou após uma negociação com o Brookly Nets e em tese, é o especialista nos tiros de três. Já o novato James Young, deve passar algum tempo na D-League.
Existem boatos nos bastidores sobre uma troca de Jeff Green. Seu acordo vai até 2015-16 e ele possui valor de mercado. A tendência é que seja negociado até fevereiro, uma vez que não conseguiu provar sua liderança técnica quando Rondo esteve contundido. O veterano Gerald Wallace deverá ser o seu reserva.
O garrafão
https://www.youtube.com/watch?v=nJhVBR9cWG4
Se existe uma posição carente na NBA é a de pivô. Stevens sabe muito bem disso e está testando uma formação mais habilidosa do que forte defensivamente, com Jared Sullinger e Kelly Olynyk. Sullinger é baixo para jogar de costas para a cesta o tempo todo, enquanto o canadense não tem um porte físico ideal para brigar dentro do garrafão. Talentosos, os dois são. Resta saber se o técnico terá paciência no desenvolvimento de ambos.
Na temporada passada, ele testou diversas duplas diferentes, incluindo o brasileiro Vitor Faverani. Só que o jogador não correspondeu às expectativas, perdeu espaço, e por fim, se machucou. Faverani começa a temporada no estaleiro, sem previsão de retorno.
O Celtics trouxe Tyler Zeller para esta temporada. Zeller parece ser o único com cacoete de pivô e demonstrou estar pronto para contribuir imediatamente. Deverá fazer parte da segunda unidade, ao lado de Brandon Bass. O ótimo arremesso de média distância, credencia Bass a brigar por minutos. Mas existe a possibilidade de o jogador ser negociado em breve, por ter contrato expirante. O francês Erik Murphy luta pela última posição no elenco. Com a chegada de Bynum, suas chances cresceram.
Análise geral
https://www.youtube.com/watch?v=W3J16jtTxUU
O grupo atual é mais talentoso que o da temporada passada, quando foi o 12° colocado da conferência Leste. No entanto, essa melhora não quer dizer necessariamente uma evolução em termos de vitórias. A incerteza sobre o futuro de Rondo, combinada com as recentes contusões, deixam o Celtics em estado de alerta.
Não vai brigar por nada em 2014-15, além das melhores escolhas no próximo draft. Apesar das boas apresentações na pré-temporada, o provável quinteto titular da estreia é muito pouco provado e falta um líder quando Rondo não está em quadra. Aos poucos, Bradley vai se tornando um.
É um elenco bastante promissor, com muitas variáveis — especialmente no garrafão. Ali, Stevens deverá carregar Sullinger e Olynyk em minutos, enquanto a diretoria decide o que fazer com os contratos de outros atletas.
Uma coisa é certa: o Celtics é um time para mais alguns anos. O torcedor, acostumado com as vitórias nos tempos de Paul Pierce, Kevin Garnett, e Ray Allen, terá de se acostumar com isso. Mas como estamos falando de conferência Leste, onde equipes não tão boas conseguem a classificação para os playoffs, a zebra pode pintar. No momento, está longe de ser forte.
Previsão: 14° lugar na conferência Leste