Previsão: Cleveland Cavaliers (2°) x (7°) Boston Celtics

Cavs volta aos playoffs após quatro anos e encara um time recheado de jovens

Fonte: Cavs volta aos playoffs após quatro anos e encara um time recheado de jovens

https://www.youtube.com/watch?v=z5LWEknlbJc

Conferência Leste: Cleveland Cavaliers (2º) x (7º) Boston Celtics

Confrontos na temporada: Cleveland 2 x 2 Boston

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14 NOV – CLE 122 x 121 BOS
03 MAR – BOS 79 x 110 CLE
10 ABR – BOS 99 x 90 CLE
12 ABR – CLE 78 x 117 BOS

Datas do confronto

19-04: Boston x Cavaliers – 16h (em Cleveland)
21-04: Boston x Cavaliers – 20h (em Cleveland)
23-04: Cavaliers x Boston – 20h (em Boston)
26-04: Cavaliers x Boston –  14h (em Boston)
28-04: Boston x Cavaliers – Horário a ser definido (em Cleveland)*
30-04: Cavaliers x Boston – Horário a ser definido (em Boston)*
02-05: Boston x Cavaliers – Horário a ser definido (em Cleveland)*

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* Se necessário

Horários de Brasília


Cleveland Cavaliers (53-29)

Maior sequência de vitórias: 12 (entre 15 de janeiro e 5 de fevereiro)
Maior sequência de derrotas: seis (entre 4 e 13 de janeiro)

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Time-base

Kyrie Irving (PG)
J.R. Smith (SG)
LeBron James (SF)
Kevin Love (PF)
Timofey Mozgov (C)

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Reservas com mais tempo de quadra

Tristan Thompson (PF)
Iman Shumpert (SG/SF)
Matthew Delavedova (PG)
Shawn Marion (SF/PG)
James Jones (SF/SG)

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Lesionado: Anderson Varejão (PF/C)

Técnico: David Blatt

Líderes (temporada regular)

Pontos: LeBron James (25.3)
Rebotes: Kevin Love (9.7)
Assistências: LeBron James (7.4)
Roubos de bola: LeBron James (1.6)
Bloqueios: Timofey Mozgov (1.2)

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Boston (40-42)

Maior sequência de vitórias: seis (entre 4 e 15 de abril)
Maior sequência de derrotas: cinco (entre 21 de novembro e 2 de dezembro)

Time-base

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Marcus Smart (PG)
Avery Bradley (SG)
Evan Turner (SF)
Brandon Bass (PF)
Tyler Zeller (C)

Reservas com mais tempo de quadra

Isaiah Thomas (PG)
Jae Crowder (SF)
Jonas Jerebko (SF/PF)
Kelly Olynyk (PF/C)
Jared Sullinger (PF/C)

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Técnico: Brad Stevens

Líderes (temporada regular)

Pontos: Isaiah Thomas (19.0)
Rebotes: Jared Sullinger (7.6)
Assistências: Evan Turner (5.5)
Roubos de bola: Marcus Smart (1.5)
Bloqueios: Jared Sullinger (0.7)

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Análise do confronto

A volta do Cleveland Cavaliers aos playoffs coincide com o retorno do maior astro de sua história ao time. Bem, coincidência não passa de uma forma de expressar o que LeBron James fez de bom ou ruim à franquia nos últimos quatro anos. De vilão a herói em Cleveland, James chegou achando que tudo era festa e logo de cara teve problemas na adaptação do elenco ao sistema de jogo do técnico David Blatt. O Cavs patinou no início e passou algumas rodadas fora da zona de classificação, ainda que no grupo estivessem Kevin Love e Kyrie Irving.

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Em janeiro, após gozar férias na Flórida, LeBron viu que o Cavaliers precisava se reerguer e de forma urgente. Blatt era contestado e sua demissão era dada como certa. Ele voltou, o Cavs ainda perdeu a sexta consecutiva e então, engatou uma sequência de 12 vitórias. Era o suficiente para mostrar que o time depende em demasia de seu camisa 23.

Mas o Cavaliers não é só James. A equipe sofreu muito no início, é fato. Especialmente quando perdeu o brasileiro Anderson Varejão pelo resto da temporada. O time, que já não contava com grandes opções dentro do garrafão, se viu obrigado a utilizar Tristan Thompson improvisado como pivô. Até funciona, mas nem sempre. Thompson é baixo e se destaca muito mais do outro lado da quadra, nos rebotes ofensivos, do que na defesa. Foi aí que os rumores de antes do início de 2014-15 funcionaram e o time conseguiu uma troca com o Denver Nuggets por Timofey Mozgov. O russo possui aquilo que o Cavs precisava: um protetor de aro. 

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Dion Waiters estava descontente em Cleveland. Reclamou que sequer tocava na bola. Azar dele, pois J.R. Smith e Iman Shumpert, pensam exatamente o contrário. Os dois vieram em uma negociação no último dia de trocas e aumentaram a carga de arremessos de longa distância. Somados, eles arriscam mais de dez arremessos de três por jogo. Eles colaboram diretamente para o time ser o quinto melhor em eficiência no tiro de três.

Não sei se alguém chegou a perceber, mas Kyrie Irving acabou de fazer provavelmente sua melhor temporada da carreira. Sem a bola o tempo todo, Irving teve 5.2 assistências e soube selecionar seus arremessos. Foram 46.8% de aproveitamento, além de 41.5% de três. Com LeBron e Love no elenco, o armador obteve 21.7 pontos em 75 partidas.

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Falando em Love, tem gente que crava que essa foi a única temporada dele em Cleveland. Enquanto isso não acontece, o ala-pivô teve uma temporada decente e pela primeira vez na carreira, não precisou levar seu time nas costas. 

Agora, quem, em sã consciência, diria que o Cavs disputaria os playoffs diante do Boston Celtics? Sinceramente, esta foi uma das maiores surpresas da temporada. 

Danny Ainge é esperto e sabe trabalhar bem nos bastidores. Esse papo a gente escuta há anos e teria sido assim na formação daquele Big Three, com Kevin Garnett, Paul Pierce, e Ray Allen. Mas esses jogadores não estão lá mais, nem o armador Rajon Rondo. Ainge sabia que Rondo poderia deixar o time de graça ao fim da temporada e resolveu agir em busca de escolhas de draft. Na teoria, Rondo seria insubstituível. Mas na prática, o time se encontrou sem ele.

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Marcus Smart não é um armador convencional, mas na defesa ele faz o que o antigo camisa 9 havia deixado de fazer há tempos. E quem coordena o time, afinal? Essa responsabilidade ficou para Evan Turner. A saída de Jeff Green para o Memphis Grizzlies, deu ao Celtics uma nova dimensão do grupo que ali estava. Turner é o organizador, um point forward. E funcionou perfeitamente.

A grande indefinição de Brad Stevens sempre ficou por conta do garrafão. Sem contar com jogadores grandes o suficiente, ele começou a temporada confiando nos talentos de Kelly Olynyk e Jared Sullinger. Só que os dois se machucaram, perderam muito tempo e de quebra, a titularidade. Stevens encontrou em Brandon Bass e Tyler Zeller, uma dupla mais heterogênica do que a anterior e assim ficou até o fim da fase regular. Sullinger tem mais talento que todos eles, porém precisa ser mais profissional. Está (muito) fora de forma e perdeu horários de treinos e até de jogos. Uma hora isso resolve. Ou não.

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Quando Isaiah Thomas fechou com o Phoenix Suns, ficou a sensação de que havia algo errado ali. Três armadores que demandavam muito espaço e tempo de quadra, não poderiam dar certo. Não deu. Goran Dragic foi para o Miami Heat, enquanto Thomas foi para o Celtics. Candidato ao prêmio de melhor reserva, ele pode ser brilhante ou absurdamente irresponsável em um mesmo jogo. Sem questionar muito o estilo de jogo dele, o saldo parece ser positivo. A classificação é um sinal disso.

Para Ainge, era tank. Para todo mundo, também era. A surpresa só não é maior porque sabemos que a conferência Leste é menos disputada que a Oeste. Mas ao trocar seus dois melhores jogadores e perder um outro por dois meses por contusão, certamente estaríamos falando de um time fora dos playoffs. Não é o caso aqui. Culpa da NBA? Talvez, mas isso fica para um artigo específico. Precisamos explorar mais o tema.

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O Celtics tem agora mais um bom defensor para jogar com Avery Bradley. O ala Jae Crowder chegou na troca de Rondo e ganhou a confiança de Stevens. Com ele em quadra, o time de Massachusetts melhora o perímetro ao ser atacado, e dá opção do outro lado, com arremessos de longa distância.

Na temporada, Cavs e Celtics terminaram empatados no confronto direto, mas nada disso pode ser considerado para os playoffs. O primeiro já estava classificado, procurando polpar seus principais jogadores, enquanto a equipe de Boston buscava uma vaga.

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O talento do elenco de Cleveland é bastante superior. A ida do Celtics se deve ao acaso, ao descompromisso de outros times no Leste, e ao fator Stevens. O grupo pode vir a ser forte dentro de alguns anos, mas hoje é formado por jovens promissores e de muita energia. E é essa energia que Stevens quer trazer aos seus comandados. No mínimo, serve como uma grande experiência e como alento para o futuro. Cavs é favorito e deve fechar a série em quatro jogos, exceto em casos extremos.

Palpite

Cleveland Cavaliers 4 x 0 Boston Celtics

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