Confira a previsão da temporada 2022/23 da NBA que o Jumper Brasil preparou sobre o Orlando Magic. A franquia tenta avançar no processo de reconstrução de elenco depois de selecionar Paolo Banchero com a primeira escolha do draft. É preciso mostrar resultados, mas será que o time da Flórida tem material humano para isso?
Orlando Magic
Quem chegou?
Paolo Banchero (Draft)
Caleb Houstan (Draft)
Jay Scrubb (Clippers)
Kevon Harris (não-draftado)
Simi Shittu (Ironi Ness Ziona – Israel)
Quem saiu?
Robin Lopez (Cavaliers)
Ignas Brazdeikis (Zalgiris Kaunas – Lituânia)
Elenco
50 – Cole Anthony (armador, 22 anos)
20 – Markelle Fultz (armador, 24 anos)
13 – RJ Hampton (armador, 21 anos)
30 – Devin Cannady (armador, 26 anos)
31 – Terrence Ross (ala-armador, 31 anos)
14 – Gary Harris (ala-armador, 28 anos)
4 – Jalen Suggs (ala-armador, 21 anos)
0 – Jay Scrubb (ala-armador, 22 anos)
7 – Kevon Harris (ala-armador, 25 anos)
22 – Franz Wagner (ala, 21 anos)
2 – Caleb Houstan (ala, 19 anos)
25 – Admiral Schofield (ala, 25 anos)
5 – Paolo Banchero (ala-pivô, 19 anos)
1 – Jonathan Isaac (ala-pivô, 25 anos)
3 – Chuma Okeke (ala-pivô, 24 anos)
15 – Simi Shittu (ala-pivô, 22 anos)
34 – Wendell Carter Jr (pivô, 23 anos)
11 – Mo Bamba (pivô, 24 anos)
21 – Moritz Wagner (pivô, 25 anos)
10 – Bol Bol (pivô, 22 anos)
Titulares
Cole Anthony, Terrence Ross, Franz Wagner, Paolo Banchero, Wendell Carter Jr
Principais reservas
Jalen Suggs, Mo Bamba, Chuma Okeke, Markelle Fultz, Gary Harris, Caleb Houstan, RJ Hampton
Técnico: Jamahl Mosley
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O “cara” da franquia
Paolo Banchero vai ser uma peça fundamental para a evolução do Magic por mais do que simplesmente ter sido a primeira escolha do último draft. Ele é um criador e pontuador, antes de tudo, para um dos ataques mais fracos da NBA. Esse time, por fim, terá alguém para quem entregar a bola quando precisar de uma cesta.
Os números, por exemplo, dão ideia da gravidade do problema. Orlando terminou, afinal, as últimas dez temporadas entre os piores ataques da liga em pontos por posse de bola. Banchero é o favorito inicial ao prêmio de novato do ano, pois pode ser a resposta para dar alguma dignidade a essa ofensiva.
Fique de olho
Franz Wagner é um dos pontos de esperança no elenco do Magic, para resumir. É um ala versátil nos dois lados da quadra em um elenco que simplesmente não tem outros jogadores assim. Mais do que isso, foi um contribuidor imediato para o time que ainda oferece interessante potencial para o futuro.
A campanha do ala pela seleção alemã, no Eurobasket, só somou à empolgação em Orlando. Ele projeta ser uma peça complementar perfeita de elencos modernos por causa da combinação de defesa, inteligência e capacidade como criador secundário. É uma certeza, sobretudo, na nuvem de dúvidas que paira sobre o Magic.
O que esperar do Orlando Magic na temporada 2022/23?
O Orlando Magic é uma equipe de muitas possibilidades, mas bem poucas certezas. É angustiante, aliás, como a franquia sabe pouco sobre vários jovens talentos que já estão por lá há algum tempo. Então, como dar passos à frente? Difícil.
As pouquíssimas movimentações no mercado, por exemplo, são um sinal disso. É uma equipe que não “desapega” de seus jogadores porque ainda não sabe o que esperar deles. Ao mesmo tempo, por serem “enigmas”, não possuem valor para mobilizarem boas trocas. Os motivos para isso variam entre as lesões, a falta de espaço na rotação e, certamente, desenvolvimento ruim.
Nesse cenário, além disso, fica difícil pedir algum tipo de identidade ao trabalho de Jamahl Mosley. Não dá para saber o que o técnico de primeira viagem valoriza em quadra pela última temporada. Ele vira, com isso, outra incógnita. Ou seja, todos os fatores atrasam uns aos outros. É inquietante que, pelo terceiro ano seguido, venhamos aqui dizer que o Magic é um ponto de interrogação.
Quando, afinal, Orlando vai dar uma ideia clara sobre si mesmo?
Essa temporada, a princípio, oferece mais chances disso do que em outros anos. A franquia teve a primeira escolha do draft, para começar, e escolheu um atleta que responde a uma necessidade crônica. Paolo Banchero é um projeto de pontuador e playmaker de elite, em síntese, para uma das ofensivas mais inaptas da liga. Tá, mas o que mais?
Possibilidades
O que acaba nas mãos do Magic, por causa de suas tantas incertezas, é um elenco de diversas possibilidades. Há vários jogadores que precisam de tempo de quadra porque precisam ser testados. Mas, ao mesmo tempo, o elenco é carente no ponto mais importante da NBA hoje: alas. Falta versatilidade por isso, enquanto sobram pivôs e armadores que “engessam” as formações possíveis para Mosley.
Wendell Carter e Banchero têm que ser os titulares para iniciar a temporada, mas há vários jogadores competindo por espaço. Mo Bamba, Moritz Wagner e Chuma Okeke, por exemplo, estão lá desde já. Jonathan Isaac, espera-se, retornará de lesão em breve. Além disso, a equipe dá sinais de apostar algumas fichas em Bol Bol. Essa conta, certamente, não fecha.
O caminho para dar vazão a esse inchaço, por enquanto, pode ser a falta de alas do elenco. A franquia só possui Franz Wagner e o calouro Caleb Houstan sob contrato garantido, afinal, hoje. O problema é quem dos jogadores anteriormente citados, de fato, podem jogar ao lado de dois atletas mais altos e/ou pesados. Com muita boa vontade, talvez, só Okeke e Banchero.
Na armação, por sua vez, o inchaço volta. Cole Anthony, RJ Hampton, Jalen Suggs e Terrence Ross compõem uma rotação competente, a princípio. A questão é que ainda há Markelle Fultz e Gary Harris para voltarem de lesão, que jogaram muitos minutos na última temporada. Não existe tempo, simplesmente, para todos. E, como resultado, não tem como desenvolver os mais jovens sem minutos.
O Magic está há muito tempo no limbo e, por isso, tem que tomar decisões. Para avançar, é preciso confiar em quem merece e “desapegar” de quem não corresponde. Enquanto fica preso a suas incertezas, afinal, Orlando está gastando outro ativo mais importante do que um ou outro atleta: tempo.
Projeção Jumper Brasil
13º colocado da conferência Leste
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