Confira a previsão da temporada 2022/23 da NBA que o Jumper Brasil preparou sobre o Charlotte Hornets. A franquia mudou de treinador depois de eliminações seguidas no play-in, mas vai enfrentar problemas maiores. Desenvolvimento de LaMelo Ball e os jovens do elenco são, em síntese, apostas para superar enfraquecimento do elenco. Será o bastante?
Charlotte Hornets
Quem chegou?
LiAngelo Ball (Greensboro Swarm – G-League)
Dennis Smith Jr. (Blazers)
Jalen Crutcher (não-draftado)
Anthony Duruji (não-draftado)
Jaylen Sims (não-draftado)
Isaiah Whaley (não-draftado)
Bryce McGowens (Draft)
Mark Williams (Draft)
Quem saiu?
Montrezl Harrell (Sixers)
Arnoldas Kulboka (Promitheas Patras-GRE)
Scottie Lewis (sem time)
Isaiah Thomas (sem time)
Brock Williams-Smith / AFP
Elenco
2 – LaMelo Ball (armador, 21 anos)
8 – Dennis Smith Jr (armador, 24 anos)
17 – Jalen Crutcher (armador, 23 anos)
3 – Terry Rozier (ala-armador, 28 anos)
12 – Kelly Oubre Jr (ala-armador, 26 anos)
2 – James Bouknight (ala-armador, 22 anos)
7 – Bryce McGowens (ala-armador, 19 anos)
34 – LiAngelo Ball (ala-armador, 23 anos)
30 – Jaylen Sims (ala-armador, 23 anos)
20 – Gordon Hayward (ala, 32 anos)
11 – Cody Martin (ala, 27 anos)
14 – Anthony Duruji (ala, 24 anos)
25 – PJ Washington (ala-pivô, 24 anos)
6 – Jalen McDaniels (ala-pivô, 24 anos)
21 – JT Thor (ala-pivô, 20 anos)
23 – Kai Jones (ala-pivô, 21 anos)
24 – Mason Plumlee (pivô, 32 anos)
14 – Nick Richards (pivô, 24 anos)
5 – Mark Williams (pivô, 20 anos)
*Miles Bridges ainda é agente livre restrito da franquia
Kent Smith / AFP
Titulares
LaMelo Ball, Terry Rozier, Gordon Hayward, PJ Washington, Mason Plumlee
Principais reservas
Kelly Oubre, Cody Martin, Jalen McDaniels, James Bouknight, JT Thor, Nick Richards
Técnico: Steve Clifford
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Kent Smith / AFP
O “cara” da franquia
LaMelo Ball é, antes de tudo, o principal ponto de esperança em um Hornets mais fraco. Sua criatividade, velocidade e, por fim, potencial de pontuação são um oásis em uma equipe especialmente carente de inspiração. Essa carência, aliás, vai ficar muito mais evidente com a ausência de Miles Bridges.
O jovem armador ditou o ritmo muito veloz da franquia nas últimas temporadas. O percebido enfraquecimento do time, como resultado, deve colocar ainda mais peso em seu poder de comando. Charlotte vai precisar, mais do que nunca, que LaMelo seja esse comandante para ter bons resultados em 2023.
Kent Smith / AFP
Fique de olho
Gordon Hayward já era, certamente, importante para as pretensões do Hornets. Agora, no entanto, tornou-se crucial. O enfraquecimento do elenco faz com que a versatilidade ofensiva do ala seja estratégica, a princípio. Ao mesmo tempo, a equipe precisa que ele fique saudável simplesmente para ter uma rotação competitiva.
O veterano distribui quase quatro assistências por partida, enquanto acertou mais de 40% de seus arremessos de três pontos em Charlotte. Mas só disputou 60,4% dos jogos possíveis com o time. Ele não esteve em quadra, mais do que isso, nos dois play-ins recentes. Ele precisa jogar mais!
Brian Babineau / AFP
O que esperar do Charlotte Hornets na temporada 2022/23?
O Hornets começou a offseason com a certeza de que estava atrasado na trilha do desenvolvimento do elenco. Eliminações consecutivas no play-in, por isso, foram entendidas como uma falha inaceitável. Meses depois, no entanto, é difícil ver se existe uma trilha de desenvolvimento para início de conversa.
Para começar, Charlotte está enfraquecido. A equipe simplesmente perdeu o seu segundo principal jogador indefinidamente (Miles Bridges) e não repôs. A melhor aposta para substituição, por enquanto, é manter Gordon Hayward saudável. Ou seja, os dirigentes estão atuando no escuro. O único reforço trazido com experiência na NBA, aliás, é o reserva Dennis Smith Jr.
O outro reforço da franquia, na teoria, é o retorno do técnico Steve Clifford. A ideia de trazê-lo para substituir James Borrego, sobretudo, era fortalecer uma das piores defesas da liga. O que vai ser muito difícil, certamente, com o material humano que o elenco oferece. O treinador já montou uma defesa TOP 5 da NBA com Al Jefferson como pivô, mas tudo tem limite.
É complicado montar uma boa defesa na NBA atual, a princípio, sem alas versáteis, atenção fora da bola e e/ou proteção de aro. O Hornets, em suma, não tem nada disso. A disciplina pautada na regularidade, outro ponto comum nos trabalhos do técnico, também não parece encontrar um grupo ideal aqui.
Brock Williams-Smith / AFP
Hornets no ataque
A ausência de Bridges é um golpe terrível para a previsão da temporada 2022/23 do Charlotte Hornets, certamente. Afinal, ele era o ala mais dinâmico do elenco e o maior pontuador da franquia na campanha passada. No entanto, estrategicamente, seu desfalque é ainda mais devastador. Algumas das formações mais eficientes de Charlotte eram as “espaçadas”, sem o uso de um pivô de origem. Ele era o ala híbrido que mais permitia jogar assim.
É preciso pontuar, por outro lado, que alguns indícios continuam a favorecer que Charlotte tenha um ótimo sistema ofensivo. O espaçamento em torno de LaMelo, primeiramente, ainda é bom com Rozier, Hayward e Washington como titulares. Plumlee não é um pivô que realmente ameace fora do garrafão, mas a sua capacidade de passe é um ativo que pode ser utilizado criativamente.
O rejuvenescimento do elenco, com só dois atletas acima de 28 anos, também é um sinal de que o Hornets pode seguir correndo. Correr até mais, aliás. E, como sabemos, acelerar o ritmo de jogo é o caminho aqui porque costumar mascarar limitações de uma equipe.
Um time mais defensivo juntamente com o desenvolvimento de jovens talentos é, a princípio, uma perspectiva positiva para o Hornets. Mas é difícil olhar para esse elenco e não ver um time simplesmente pior do que aquele que foi só 10º colocado no Leste. Os dirigentes de Charlotte acreditam, em síntese, que esse elenco é melhor do que esse resultado. Sem Bridges, por enquanto, eu aposto as minhas fichas que não.
Projeção Jumper Brasil
14º colocado da conferência Leste
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