DeMarcus Cousins consolidou-se como um pivô de elite da NBA no primeiro semestre, ao ser convocado para o Jogo das Estrelas e entrar em um dos quintetos ideais da liga pela primeira vez na carreira. Agora, porém, ele prepara-se para mudar de função. Com as contratações de Kosta Koufos e Willie Cauley-Stein, o astro terá a chance de realizar um sonho antigo e atuar mais tempo na posição quatro.
“Eu realmente não me considero um pivô”, afirmou o atleta de 25 anos, em entrevista ao jornal Sacramento Bee. “Sou só um jogador de basquete. Existem muitas coisas que posso fazer em quadra. As pessoas ficam presas a palavras como ‘pivô’, mas isso é avaliar a situação de uma forma meio ignorante. Mas não posso me preocupar com os outros. Eu só entro em quadra e faço o meu trabalho”.
Desde a escolha de Cauley-Stein no draft, Cousins vem aprimorando seu jogo de perímetro em treinamentos e partidas não oficiais. O foco do trabalho tem sido os arremessos. Em suas cinco temporadas na NBA, ele fez mais de 200 tentativas a pelo menos cinco metros de distância do aro (a linha de três pontos fica a 6.7 metros da cesta), com conversão de 38% nos tiros de dois pontos e 14% nas bolas para três.
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“Eu tenho a habilidade necessária para arremessar, mas, ainda assim, é um ajuste”, apontou o pivô, que acertou só uma de suas dez tentativas de longa distância nas quatro partidas da pré-temporada. “É estranho ficar flutuando no perímetro, mas sei que isso vai ajudar a equipe. É a primeira vez que atuo assim e outubro serve para isso, como uma preparação para a temporada mesmo”.
Apesar da mudança, o treinador George Karl não quer “expulsar” Cousins definitivamente do garrafão. Ele conta com a inteligência do comandado para entender quando atacar de cada ponto da quadra. “Eu acredito que DeMarcus vai descobrir como balancear os arremessos que precisamos que dele. Alguns times vão deixá-lo chutar, outros devem forçá-lo a jogar mais próximo do garrafão”, explicou o técnico.
Cousins, de 25 anos, está no Kings desde que foi selecionado na quinta posição do draft de 2010 e tornou-se a referência técnica da franquia nos últimos anos. Na temporada passada, o pivô disputou 59 jogos com médias de 24.1 pontos (sétima maior marca da liga), 12.7 rebotes, 3.6 assistências, 1.7 tocos e 1.5 roubos de bola. Ele tentou 18.1 arremessos por partida, mas ínfimos 0.1 deles foram de longa distância.
