Preguiça de campeão

Tudo bem que o Miami Heat foi o campeão em 2011-12, com todos méritos e tudo mais. O time até possui uma campanha muito forte nesta temporada, mas creio que os números estão mentindo um pouco. Como sempre, posso estar sendo oportunista por conta da derrota para o New York Knicks, em casa, e sem Carmelo […]

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Tudo bem que o Miami Heat foi o campeão em 2011-12, com todos méritos e tudo mais. O time até possui uma campanha muito forte nesta temporada, mas creio que os números estão mentindo um pouco. Como sempre, posso estar sendo oportunista por conta da derrota para o New York Knicks, em casa, e sem Carmelo Anthony. Era algo que eu queria falar há algum tempo.

O Heat está jogando mal e com uma preguiça que vi em pouquíssimas ocasiões desde que comecei a acompanhar NBA, lá pelo fim da década de 80. O time vence, mas não convence.

Em diversos jogos, a equipe chega a estar perdendo por mais de dez pontos, e de repente, os principais jogadores (LeBron James, Dwyane Wade, e Chris Bosh), acordam e viram o placar, garantindo um triunfo.

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Para se ter uma ideia, em 2011-12, quando o Heat foi campeão, a equipe contabilizava 11 vitórias e quatro derrotas nas primeiras 15 partidas. Nesta temporada, o time está com dez triunfos com a mesma quantidade de jogos. Como disse, os números estão mentindo um pouco.

De fato, o Heat teve seis vitórias seguidas, mas algumas delas foram de virada, como contra o Milwaukee Bucks e posteriormente, sobre o Cleveland Cavaliers. E todos sabemos que Bucks e Cavs não são times que assustam muito, não é mesmo?

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Nesta semana, o Miami perdeu para o Washington Wizards, fora de casa. OK, uma derrota que não era esperada. Não pela qualidade de seus jogadores, mas principalmente pela forma que jogou. 

Outra vez: preguiça. Um jogo morrinhento, sonolento e chato, tudo ao mesmo tempo. 

Como sair dessa? Simples, simples. Basta o técnico Erik Spoelstra entender que o time precisa jogar intensamente durante todo o jogo, e não parecendo que está poupando energia para os playoffs. Isso é uma tremenda bobagem. O moral da equipe fica afetado, o arremesso sai mais curto, o rebote defensivo não funciona 100%. Enfim, a equipe deixa de jogar como grande e acaba sendo batida por times tecnicamente mais fracos.

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LeBron continua jogando em altíssimo nível, mas de vez em quando exagera no preciosismo. Wade, nem tanto. Ele até tenta jogar, porém está longe de seu melhor ritmo. Não sei o que há com ele. O camisa 3 está em uma péssima fase e seus números (aqui sim, dizem a verdade) são os piores desde o seu primeiro ano na carreira. Bosh, por outro lado, está sendo efetivo nos dois lados da quadra.

O veterano Ray Allen sai do banco de reservas e leva consigo boa parte da pontuação daqueles que não começaram. Talvez, seja um dos jogadores que, não importa o ritmo de seus colegas, ele estará sempre tentando fazer o seu melhor.

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Aí entra a velha discussão: o time não tem pivô, não tem armador que faça a diferença, e o técnico é ruim. Bem, nada disso chega a ser 100% mentira, mas a base do título é a mesma. O triunfo na temporada passada não foi um acidente de percurso. Ou seja, tem como vencer, e principalmente, convencer.

Se o Heat quer defender seu título, o que até é possível que aconteça, tem que jogar sério os 48 minutos.

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