Primeiro de agosto é um dia que não traz boas lembranças para Paul George. Nesta data, no ano passado, o astro do Indiana Pacers sofreu uma gravíssima fratura na perna durante um jogo amistoso interno da seleção norte-americana. O ala foi cortado do grupo que viria a ser campeão mundial no mês seguinte e ficou afastado da última temporada quase inteira. Um passado recente no calendário, mas distante na cabeça do craque.
“Parece que foi anos atrás. Às vezes, eu até esqueço que tudo aconteceu há menos de um ano. Não está mais na minha mente e isto é bom, porque entro em quadra sem flashbacks ou imaginando que algo pode dar errado. Eu só vou lá e treino. Está sendo ótimo”, contou George, que realizou um campo de basquete para crianças neste fim de semana, em entrevista ao site Vigilant Sports.
O líder do Pacers voltou às quadras nas seis partidas derradeiras da campanha passada, com minutos limitados, e não sentiu dores no local. Nas últimas semanas, ele participou de treinos regulares e atividades coletivas em eventos especiais com atletas colegiais e universitários, novamente sem maiores problemas. Tudo indica uma recuperação plena, mas o ala pretende “desacelerar” até a pré-temporada.
“Meu corpo respondeu bem aos jogos que fiz nas últimas semanas e isso é um ponto positivo. Mas, provavelmente, não vou mais jogar neste verão. É a decisão mais inteligente pensando em minha saúde: descansar e fazer o melhor para meu corpo”, explicou o ala, descartando, assim, atender a um possível chamado para o minicamp da USA Basketball, que acontecerá em agosto, em Las Vegas.
Embora não vá participar do evento, o craque garante: quer estar com a seleção no ano que vem, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. ”Larry [Bird, presidente do Pacers] sabe mais do que qualquer um quão importante é jogar e representar seu país. Então, sei que ele me apóia. É um objetivo pessoal meu. Ainda sonho em ganhar uma medalha de ouro e a última coisa que farei é deixar esse sonho escapar”, cravou.
George foi selecionado pelo Pacers com a 10ª escolha do draft de 2010 e tornou-se referência técnica do elenco nos últimos dois anos. Ele possui 292 partidas com a camisa da franquia, registrando 15.2 pontos, 6.0 rebotes e 2.9 assistências em pouco mais de 30 minutos de ação por noite. Ele foi convocado para o Jogo das Estrelas em 2013 e 2014, além de ter ganho o prêmio de atleta que mais evoluiu na temporada 2012-13.