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Aos 38 anos, Manu Ginobili já não é mais uma peça central do elenco do San Antonio Spurs. E isso se traduzirá em seu espaço na rotação da próxima temporada: depois de atuar quase 27 minutos em média nas 13 temporadas que disputou na NBA, o argentino deverá jogar apenas entre 15 e 20 minutos por partida em 2016. O ala-armador entende a mudança e acredita que sua presença no dia-a-dia terá mais influência do que seu impacto em quadra.
“Minha liderança e experiência podem ser mais importantes do que atuar, especialmente com todas as contratações que chegaram para a próxima temporada”, respondeu o craque, ao ser perguntado sobre seu papel no elenco. “Não serei só eu. Tony [Parker] e Tim [Duncan] também devem conversar bastante para ajudar no entrosamento da equipe, na implantação do nosso estilo de jogo, e comunicar as vontades do treinador em quadra”.
Desde o segundo semestre de 2011, Ginobili consolidou-se como o principal reserva do Spurs e passou a comandar a segunda unidade texana. A mudança, depois de uma temporada em que iniciou 79 das 80 partidas disputadas, resultou em queda na maioria de suas estatísticas. Apesar disso, ele nunca reclamou das condições. O ídolo da argentino até pode ter tempo de quadra reduzido agora, mas seu papel deverá seguir intacto.
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“Basicamente, o papel de Manu em quadra será igual”, assegurou o técnico Gregg Popovich, que, assim, ainda deve manter o comandado na liderança da segunda unidade do Spurs. “Ele é um jogador e vai atuar como sempre atuou. Provavelmente, vou conservá-lo em mais alguns jogos e acho que vou receber seu total e completo apoio. Nós chegaremos a um acordo, como sempre chegamos”.
Apesar do bom rendimento ofensivo, a capacidade na defesa é a causa da menor utilização do veterano. Segundo Popovich, o próprio jogador reconhece seu atual declínio físico. “Manu está sendo só realista. Nesta idade, ele já não tem mais como marcar um cara de 21 ou 24 anos da mesma forma que antes. Isso é só uma constatação realista, que não precisa significar sua aposentadoria”.
Ginobili possui uma sensacional carreira em todos os níveis que jogou, incluindo quatro títulos da NBA e um prêmio de melhor reserva da liga em 2008. Em 70 jogos disputados na última temporada, o campeão olímpico com a seleção argentina acumulou médias de 10.5 pontos, 3.0 rebotes e 4.2 assistências em pouco menos de 23 minutos de ação por noite.
