Poderíamos colocar Jason Kidd perto de Magic Johnson e John Stockton?

Comparações, listas, opiniões… pois é. Mais uma vez, lá venho eu com mais uma comparação. Bem, não é exatamente isso, mas algo para pensarmos. Outro dia eu trouxe a sugestão sobre LeBron James estar chegando perto do nível de Michael Jordan e por pouco, não apanhei na rua. Mas hoje, eu pensei em colocar aqui […]

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Comparações, listas, opiniões… pois é. Mais uma vez, lá venho eu com mais uma comparação. Bem, não é exatamente isso, mas algo para pensarmos. Outro dia eu trouxe a sugestão sobre LeBron James estar chegando perto do nível de Michael Jordan e por pouco, não apanhei na rua.

Mas hoje, eu pensei em colocar aqui três armadores das últimas décadas. Não sou tão velho para chegar aqui e bancar jogadores dos anos 60 ou 70, mas sim, apenas os que vi jogar. Então, por que não jogar os nomes de Magic Johnson, John Stockton, e Jason Kidd?

Muitos podem dizer que Kidd não merece estar nessa lista, pois nunca foi MVP, enquanto Steve Nash já obteve o prêmio por duas vezes e em temporadas consecutivas. Podem até dizer, e respeito. Outros preferem Isiah Thomas. Porém, Kidd é o meu armador favorito desde quando os outros dois citados pararam de jogar. Gosto mesmo é de armador que pensa no jogo e que saiba passar antes de tentar a cesta sozinho.

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Para começar, minha primeira camisa da NBA foi de Magic Johnson. E quem consegue falar mal de um sujeito que foi cinco vezes campeão da NBA, três vezes MVP e um dos caras mais carismáticos da história? É impossível.

Johnson chegou a jogar uma partida como pivô, quando Kareem Abdul-Jabbar se lesionou, no Jogo 6 das finais de 1980. Também jogou de armador e de ala naquele embate, quando obteve nada menos que 42 pontos, 15 rebotes e sete assistências. Foi campeão em seu primeiro ano na NBA, e de quebra, é um dos quatro jogadores na história a obter títulos da NCAA e da NBA em anos consecutivos.

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Mas a importância de Magic era muito maior que apenas em quadra. Para se ter uma ideia, quando ele e Larry Bird apareceram, a NBA vivia seu pior momento. Era o fim dos anos 70, quando diversos jogadores eram presos e usavam drogas. Estranho, mas parece uma época que vivemos hoje, não? A credibilidade da Liga estava em baixa, mas Johnson e Bird trouxeram a rivalidade dos tempos de faculdade para o melhor basquete do mundo. Foi o suficiente para torná-los mitos.

Em 7 de novembro de 1991, no entanto, a imagem de Magic foi abalada por um anúncio que ninguém queria ouvir: Johnson estava com o vírus HIV e abandonaria o basquete.

Apesar de sua aposentadoria, os fãs votaram nele para o Jogo das Estrelas para ser titular em 1992 e não deu outra. Foi um dos maiores momentos que já vi no basquete.

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Magic foi ovacionado pela torcida e eleito o MVP da partida, que sequer terminou. Quando ele acertou um arremesso de três pontos, restando alguns segundos para o fim, não houve clima melhor para acabar. E pensar que ele quase não jogou porque diversos jogadores, incluindo Karl Malone, então do Utah Jazz, argumentaram se alguém poderia ser contaminado caso Magic se machucasse.

Johnson ainda fez parte do Dream Team, nas Olimpíadas de Barcelona e sagrou-se campeão. Malone era seu colega de time. Posteriormente, ele ainda retornou ao basquete para os últimos 32 jogos de 1996, e enfim, encerrar oficialmente sua carreira.

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Há quem diga que Johnson só não é o melhor da história em sua posição por causa de John Stockton, que jogou por quase 20 anos no Utah Jazz.

Stockton era inacreditável! Poucos sabiam como tomar conta da bola. Poucos defendiam como ele.

Na realidade, ninguém roubou mais bolas na história da NBA que Stockton. Foram 3.265 em 1.504 partidas, média de 2.17 por jogo.

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Fez dupla com Malone e o bordão “Stockton to Malone” virou sinônimo de passe e cesta. Stockton também é o líder em assistências em todos os tempos da Liga, com 15.806 passes decisivos, média de 10.5.

Não foi campeão, é fato. Disputou duas finais da Liga, mas esbarrou no Chicago Bulls de Phil Jackson, Scottie Pippen, Dennis Rodman, e claro, Michael Jordan.

Apesar disso, jamais pensou em trocar de equipe. Como já dito, foram 1.504 jogos, o maior número de partidas por um único time na história.

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Mas nem tudo são flores para Stockton. Em 1997, a revista Sports Illustrated fez uma pesquisa entre os jogadores que o colocou como o segundo atleta mais sujo da NBA, atrás apenas de Dennis Rodman.

Apenas três jogadores terminaram suas carreiras com mais de dez mil assistências. Os dois já citados e Mark Jackson, que jogou pelo New York Knicks, Los Angeles Clippers, Toronto Raptors, Denver Nuggets, Utah Jazz, Houston Rockets e Indiana Pacers.

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Além deles, outro armador possui tais números: Jason Kidd. Hoje, aos 39 anos e próximo de se aposentar, Kidd assinou recentemente com o Knicks até 2014-15, quando terá incríveis 42.

Os números de Kidd são absolutamente fantásticos, se levarmos em consideração que ele é o único jogador em todos os tempos na NBA com mais de 15 mil pontos, dez mil assistências e sete mil rebotes. Além disso, ele possui 107 triple-doubles, a terceira maior marca da história. OK, Magic somou 138. E quase ia me esquecendo… ele vem logo atrás de Stockton em roubadas de bola, com 2.559 em 1.315 jogos.

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Kidd possui um título, em 2010-11 pelo Dallas Mavericks. Era esperado que ele terminasse sua carreira lá pelo Texas, mas aparentemente será em Nova York.

Em 2006, a ESPN publicou uma lista dos que consideram os melhores armadores de todos os tempos. Magic ficou em primeiro, com Oscar Robertson em segundo. Isiah Thomas, foi o terceiro, enquanto Stockton aparece em quarto. Kidd, na época, sem um anel de campeão, era o sétimo.

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Hoje, podemos citar alguns armadores da atualidade que poderão entrar em uma lista como essa. Chris Paul, do Los Angeles Clippers, Rajon Rondo, do Boston Celtics, e Steve Nash (nono na lista da ESPN de 2006), do Los Angeles Lakers, certamente terão seus nomes cravados na história.

Que apareçam mais jogadores assim, por favor.

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