Playoffs da NBA: Sacramento Kings x Golden State Warriors

Em clássico da Califórnia, equipe que retorna aos playoffs depois de 17 anos encara atual campeão da liga

sacramento kings warriors nba Fonte: Thearon W. Henderson / AFP

O Sacramento Kings volta aos playoffs da NBA após 17 anos com ninguém menos do que o Golden State Warriors pela frente. A posição dos dois times, no entanto, é oposta ao que poderíamos imaginar. O primeiro encerrou o jejum e chega ao mata-mata com vantagem de mando de quadra, pois foi o terceiro colocado do Oeste. Os atuais campeões, por sua vez, “decepcionaram” só no sexto lugar da conferência.

 

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Confrontos na temporada

Sacramento Kings 1 x 3 Golden State Warriors

23/10: Golden State Warriors 130 x 125 Sacramento Kings
08/11: Golden State Warriors 116 x 113 Sacramento Kings
13/11: Sacramento Kings 122 x 115 Golden State Warriors
07/04: Sacramento Kings 97 x 119 Golden State Warriors

 

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Datas da série

15/04: Sacramento Kings x Golden State Warriors – 21h30 (ESPN)
17/04: Sacramento Kings x Golden State Warriors – 23h
20/04: Golden State Warriors x Sacramento Kings – 23h
23/04: Golden State Warriors x Sacramento Kings – 16h30
26/04: Sacramento Kings x Golden State Warriors – A ser definido*
28/04: Golden State Warriors x Sacramento Kings – A ser definido*
30/04: Sacramento Kings x Golden State Warriors – A ser definido*

*Se necessário

 

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Thearon W. Henderson / AFP

Destaques

Sacramento Kings

– De’Aaron Fox: 25,0 pontos, 4,2 rebotes e 6,1 assistências
– Domantas Sabonis: 19,1 pontos, 12,3 rebotes e 7,3 assistências
– Kevin Huerter: 15,2 pontos (40,2% nas bolas de três pontos) e 3,3 rebotes

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Golden State Warriors

– Stephen Curry: 29,4 pontos, 6,5 rebotes e 6,1 assistências
– Klay Thompson: 21,9 pontos e 4,1 rebotes
– Draymond Green: 8,5 pontos, 7,2 rebotes e 6,8 assistências

 

Temporada

Poucos torcedores, certamente, mereciam mais uma temporada de sucesso quanto os do Kings. O maior “jejum” da história da NBA terminou e, depois de 17 anos, a cidade de Sacramento vai receber um jogo de playoffs. A campanha até começou com sinais preocupantes, mas, a partir de novembro, ganhou uma surpreendente segurança. Em um Oeste vacilante e irregular, esse time foi bastante consistente.

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O Kings iniciou a competição com quatro derrotas seguidas e só três vitórias em nove jogos. Mas, depois disso, “decolou”. De novembro em diante, a franquia só perdeu três partidas seguidas em dois momentos. Um deles, aliás, aconteceu nos últimos dias da campanha regular. Por outro lado, fez seis sequências de três ou mais vitórias durante a competição.

Mais do que isso, foi uma jornada sem grandes lesões ou desfalques importantes para Sacramento. Desenvolveu um estilo de basquete e identidade sólida, muito definida, que manteve com garra em meio a uma competição medíocre do Oeste nesse ano. Não houve as oscilações e adversidades típicas de uma temporada de 82 jogos, mas não sofrer também é uma virtude.

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Ezra Shaw / AFP

Campeão vacilante

O Warriors, por sua vez, protagonizou uma das campanhas de defesa de título mais “apagadas” dos últimos anos. Foi, antes de tudo, uma decepção. O sexto lugar do Oeste, na verdade, pareceu um prêmio diante de tudo o que foi apresentado pela equipe ao longo da campanha. Passou a maior parte do calendário, afinal, fora da zona de classificação direta nos playoffs.

Na maior parte do ano, o time mostrou uma defesa surpreendentemente anêmica. Soou, além disso, assustadoramente incapaz de jogar um basquete de qualidade fora de San Francisco. É verdade que tiveram desfalques importantes ao longo da temporada, mas Golden State pareceu desinteressado em certos momentos. Até mesmo quando esteve completo, sinceramente, deixou a desejar.

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Não dá para negar, no entanto, que o Warriors chega aos playoffs em seu melhor momento na temporada. A defesa funcionou muito melhor na reta final do ano, acima de tudo. A equipe ascendeu na classificação para garantir a sua vaga direta mesmo com o desfalque de Andrew Wiggins. Foram 15 vitórias nos últimos 23 jogos da temporada, então os sinais são muito positivos.

Alguns dirão que o Warriors engrenou, mas pode ser que só resolveram apresentar um basquete mais condizente com um campeão da NBA.

 

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A série

Sacramento Kings e Golden State Warriors, certamente, compõem uma série meio estranha. Afinal, o status das duas equipes apontam na direção contrária de suas condições e basquete apresentado na temporada. Quem imaginaria, por exemplo, que o time que não chegava aos playoffs há 17 anos estaria na frente dos atuais campeões? Mas isso é justiça, pois foi o melhor entre ambos na campanha.

É estranho, além disso, porque são relativamente semelhantes. Para começar, são dois monstros ofensivos. A base de ambos é a mesma: criadores pouco ortodoxos (Domantas Sabonis e Draymond Green) rodeados por chutadores em movimento. Ademais, segundo o site oficial da NBA, trata-se de duas das equipes com ritmo acima de 100 posses de bola durante a temporada regular.

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O Warriors registrou o ritmo mais rápido da liga, mas isso não quer dizer que seja um trunfo. É provável, aliás, que o Kings quisesse atuar mais rápido do que o fez na campanha. A franquia de Sacramento quase abdicou totalmente de jogar com pivôs. De’Aaron Fox é o atleta mais veloz da liga com a bola nas mãos. Sabonis, enquanto isso, pega rebotes e visa iniciar o ataque em velocidade.

Mais um ponto importante que também aproxima ambos é a defesa. Ou melhor, a falta dela. O Kings, afinal, teve a sétima marcação menos eficiente da liga nessa campanha. Terminar a competição regular com a 14ª melhor eficiência defensiva da NBA, por sua vez, é enganoso sobre o Warriors. Golden State apresentou uma defesa lamentável e desinteressada ao longo do ano.

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Thearon W. Henderson / AFP

Defesa

Não há dúvidas de que, a princípio, esses dois times vão produzir ofensivamente. Então, por mais simplista que pareça, a diferença nessa série pode ser quem tem condições de impor uma mínima dificuldade ao outro. Quem pode marcar melhor (ou um pouco), em síntese? Aqui, certamente, nós temos uma vantagem enorme em favor dos atuais campeões.

Antes de tudo, o Warriors já está defendendo melhor ultimamente. A equipe teve a segunda defesa mais eficiente da liga nos últimos dez jogos, por exemplo. É fato que metade da liga já nem estava competindo direito nesse período, mas parece um sinal positivo. Gary Payton II está reintegrado à rotação e, por fim, Andrew Wiggins vai estar em quadra nos playoffs.

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As partidas da temporada regular não servem muito como um parâmetro aqui, pois aconteceram há muito tempo. Mas, ao menos, suportam essa impressão. Golden State “trocou tudo” na defesa e, assim, levou a vantagem nesses duelos porque dificultou o ataque de Sacramento. Essas trocas impediram que muito do espaço aberto pela movimentação em torno de Sabonis fosse criado. Ou seja, travou.

O Kings até tentou fazer o mesmo, pontualmente, para causar o mesmo impacto na ofensiva dos campeões. Não possui, no entanto, o material humano ou experiência para fazê-lo com a mesma eficácia. Os dois principais jogadores do elenco – Fox e Sabonis –, por exemplo, não “casam” com a abordagem. Por isso, o Warriors teve média de 120 pontos por jogo nos encontros com Sacramento.

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Mike Brown é um técnico defensivo, então tem capacidade para achar alternativas. Usar mais Davion Mitchell precisa ser considerado, mas, ao mesmo tempo, o time fica baixo demais se não tirar Fox. Colocar pivôs em quadra é, em síntese, negar tudo que o Kings fez ao longo da campanha. Será uma tarefa bem complicada.

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Rocky Widner / AFP

Tábua

Um ponto bastante positivo para o Kings nessa série é que possui um time “leve”, mas não sofre nas duas tábuas. Basicamente, é uma equipe de meio de tabela em taxa de rebotes mesmo sem quase utilizar pivôs. Sabonis, em particular, liderou a liga em média de rebotes na temporada. Conta com dois alas altos relativamente competentes no quesito, além disso, em Keegan Murray e Harrison Barnes.

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Um aspecto pouco comentado na campanha do título de 2022 é como o Warriors nunca foi “punido” nos rebotes. Contra o Mavericks, aliás, subverteu essa teórica desvantagem e dominou o quesito mesmo quando atuava baixo. O Kings não se torna uma equipe pior na tábua para ser “leve” em quadra. É um ponto curioso, pois destoa do que Golden State enfrentou nos últimos playoffs.

Essa é uma série com inúmeras sinalizações para a ideia de “jogue e deixe jogar”. Isso costuma nivelar times de níveis díspares e, com isso, fragilizar o melhor ou favorito. Mas quem é o favorito aqui mesmo? Embora sejam equipes com várias semelhanças, status e desempenho na campanha apontam para dois lados totalmente diferentes.

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Palpite Jumper

Eu não vou mentir: pela temporada, acredito que o Kings merecia (muito) mais uma classificação do que Golden State. Mas, dito isso, o Warriors vence em sete jogos.

 

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