Playoffs 2021 – Milwaukee Bucks x Miami Heat

Equipe de Wisconsin busca revanche contra atual campeão do Leste em esperado duelo de primeira rodada do mata-mata

playoffs miami heat milwaukee bucks Fonte: AFP

Confira a previsão que o Jumper Brasil preparou sobre Milwaukee Bucks e Miami Heat, que iniciam o confronto de primeira rodada dos playoffs da conferência Leste neste sábado (22). 

  

 

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Milwaukee Bucks (3º) x (6º) Miami Heat 

  

Confrontos na temporada  

Bucks 2 x 1 Heat 

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29/12 – Miami Heat 97 x 144 Milwaukee Bucks 
30/12 – Miami Heat 119 x 108 Milwaukee Bucks
15/05 – Milwaukee Bucks 122 x 108 Miami Heat 

  

Datas do confronto 

22/05 – Milwaukee Bucks x Miami Heat – 15h – com transmissão do SporTV 3 e do YouTube da NBA Brasil
24/05 – Milwaukee Bucks x Miami Heat – 20h30 – com transmissão do SporTV 2
27/05 – Miami Heat x Milwaukee Bucks – 20h30 – com transmissão do SporTV 2 
29/05 – Miami Heat x Milwaukee Bucks – 14h30 – com transmissão do SporTV 2 
01/06 – Milwaukee Bucks x Miami Heat – A definir* 
03/06 – Miami Heat x Milwaukee Bucks – A definir* 
05/06 – Milwaukee Bucks x Miami Heat – A definir* 

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*Se necessário
Horários de Brasília 

  


 

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Milwaukee Bucks (46-26) 

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Bucks encerrou a última temporada com a certeza de que, embora tivesse acumulado o melhor recorde da liga em dois anos seguidos, muita coisa precisava mudar. A equipe que muito bem funcionava na campanha regular foi exposta nos playoffs – em especial, na “bolha”, pelo Heat. A decisão de permanecer com o treinador Mike Budenholzer não parecia indicar que as alterações necessárias viriam, mas, dentro do possível, pudemos ver alguns sinais de novidade ao longo da campanha. 

No mercado, a equipe de Wisconsin aceitou “sacrificar” ativos para trazer um armador que combinasse experiência e dinamismo nos dois lados da quadra: Jrue Holiday. O time ainda abriu mão de (mais) uma grande campanha regular para ter uma postura “experimental” em parte da temporada, testando alternativas de jogo que, em certos momentos, até negam convicções conhecidas do técnico. Abdicou-se da liderança do Leste para se ter um time com mais variações. 

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É preciso reconhecer que o Bucks vem tentando ser ofensivamente mais flexível, com a presença de Holiday e um elenco de arremessadores mais confiáveis permitindo que o astro Giannis Antetokounmpo possa ser utilizado em mais ações sem a posse da bola. Defensivamente, de forma mais tímida, a equipe afastou-se um pouco da abordagem conservadora para render-se à tendência de trocas de marcação e tentar ser mais dinâmico. Agora, é o momento de vermos o resultado disso. 

Time titular: Brook Lopez / Giannis Antetokounmpo / Khris Middleton / Donte DiVincenzo / Jrue Holiday 

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Miami Heat (40-32) 

 

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A temporada do Heat foi uma espécie de decepção compreensível: após ter tido a menor offseason da história da NBA, o atual campeão do Leste viveu uma temporada de altos e baixos que não chega a ser surpreendente enquanto tentava não extenuar o seu elenco. Entre problemas de COVID-19 e físicos, dá para dizer que o time da Flórida “sobreviveu” à campanha regular e chega aos playoffs como sonhava: jogando seu melhor basquete em 2021, com sete vitórias em nove jogos disputados em maio. 

É uma jornada que, em alguns níveis, replica a campanha da “bolha”: a temporada dos comandados de Erik Spoelstra é um crescendo em termos de qualidade, alternativas de elenco e percepção de força. A equipe manteve a tradição de achar bons reforços com a competição em andamento, como Trevor Ariza e Dewayne Dedmon. A defesa já esteve mais afiada em certos momentos – o que não preocupa, porque a marcação sempre foi um carro-chefe do time –, mas o ataque de Miami vive o seu melhor momento.  

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O Heat pode ser, pelo status de atual campeão de conferência e excelente momento, o mais perigoso sexto colocado em uma disputa de playoffs da NBA desde o Houston Rockets campeão em 1995. No ano passado, saindo do quinto lugar, derrubou três adversários com recordes superiores para chegar às finais – ou seja, já mostrou que pode fazer o que precisará realizar agora. O grande problema é que, diferente da “bolha”, agora existe um efetivo mando de quadra para quem tem melhor campanha. 

Time titular: Bam Adebayo / Trevor Ariza / Duncan Robinson / Jimmy Butler / Kendrick Nunn 

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Análise do confronto 

O primeiro recurso que buscamos quando tentamos realizar a previsão de um confronto de playoffs é buscar o histórico da temporada regular. Isso é quase inútil aqui: dos três jogos entre as equipes – com duas vitórias do Bucks –, duas aconteceram no longínquo dezembro e nenhuma delas contou com o principal jogador do Heat em ação, o craque Jimmy Butler. Vários atletas que nem estão mais nesses elencos, como D.J. Augustin e Avery Bradley) jogaram bons minutos nos jogos do ano passado. 

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Muita coisa mudou desde então, mas um fato primordial permanece intacto: o Miami é um adversário terrível para Milwaukee por ser aquele que melhor marca o ala Giannis Antetokounmpo na liga. Isso começa pela presença de Bam Adebayo – extremamente eficiente tanto no duelo individual, quanto assumindo em trocas de marcação contra o astro –, que limitou o grego a 18 pontos em 18 arremessos em confrontos diretos (um marcado pelo outro) na atual temporada. 

Mas o fato é que limitar a excelente defesa do Heat a Adebayo é simplista demais. Nos playoffs de 2020, tão ou mais importantes do que o pivô, foi o “congestionamento” do garrafão com múltiplos marcadores físicos (Jae Crowder, nesse sentido, vai fazer falta nesse ano) e a implementação de um expediente comum de Erik Spoelstra: a defesa zona. Miami criou um muro humano diante da cesta e apostou na falta de chutadores/ criadores constantes ao lado de Antetokounmpo. Sem alternativas, o Bucks ruiu. 

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A tendência é que, para começar, a abordagem não mude. A história agora pode ser outra porque, como descrito anteriormente, o adversário parece não ser mais aquele “samba de uma nota só”. É aí que tudo fica bem mais interessante do que em 2020.  

Holiday, por exemplo, é o armador provado que o Bucks nunca teve como alternativa para tirar a bola das mãos de Antetokounmpo quando as marcações como a do Heat travam as rotas de infiltração. O veterano distribuiu 6.1 assistências por jogo nessa campanha, mas, nas três partidas contra o Heat, essa marca subiu para 7.3 passes decisivos. Falta um jogador com tais características no banco de reservas, mas, em momentos pontuais, Khris Middleton e até Donte DiVincenzo podem assumir a função. 

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O grupo de arremessadores do Bucks, além disso, melhorou bastante: há atletas mais consistentes para punir uma estratégia mais protetiva em relação ao aro do oponente. Na temporada passada, por exemplo, o elenco de Milwaukee tinha oito jogadores que convertiam ao menos uma cesta de três pontos por jogo, mas só três deles acertavam mais de 36.5% dessas tentativas. Eles ainda têm oito agora, mas seis deles já chutam acima dos 37% de aproveitamento – as exceções são Brook Lopez e Antetokounmpo.  

As bolas de três pontos, por sinal, são um fator importante do jogo da NBA que ganha contornos ainda mais decisivos aqui pelas defesas envolvidas: o Heat foi a segunda equipe que mais permitiu arremessos de longa distância aos adversários na campanha (39.1), enquanto o Bucks foi o time que mais cedeu o segundo maior aproveitamento nesse tipo de tiros aos oponentes (38.4%). Mas, em um ano, mudou quem parece ter melhores condições de aproveitar esse ponto fraco rival. 

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Na temporada passada, a franquia de Miami tinha o segundo melhor índice de conversão da linha dos três pontos e puniu sem dó o oponente, que só tinha o 18o melhor nível de acerto. Há um cenário bastante oposto agora: o time de Milwaukee tem o quinto melhor aproveitamento de longa distância na temporada, enquanto os comandados de Spoelstra ocupam apenas a 19a posição no quesito. 

A manutenção de Brook Lopez em quadra é outro problema do ano passado – exposto quando tinha que afastar-se do garrafão, sair da zona de conforto para marcar aberto ou defender o mais ágil Adebayo em espaço – que parece estar mais bem resolvido agora para o Bucks. A possibilidade de tirar a bola das mãos de Antetokounmpo é um ótimo chamado para usá-lo pontualmente como pivô e roller em pick-and-rolls. Além disso, o veterano P.J. Tucker chegou para ser uma ótima opção em formações mais baixas. 

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Colocados esses problemas de lado, uma série muito desequilibrada já pode ser tratada como um novo duelo. E, se as coisas estão bem mais parelhas agora, o que decidiria tudo isso? Uma resposta óbvia é o controle do ritmo de jogo, uma vez que são duas equipes diametralmente opostas nesse sentido: Milwaukee foi o segundo time mais rápido da liga nessa temporada, enquanto Miami foi o segundo mais lento. A zona de conforto de um é, automaticamente, uma velocidade incômoda para o outro. 

A série de playoffs do ano passado rendeu-se a um ritmo muito lento e, não à toa, foi um desfile para o Heat. Nos três jogos da temporada regular, que pese a ausência de Butler, as partidas aconteceram em ritmo muito mais acelerado. 

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Bucks é o segundo time com maior média de pontuação em transição da liga nessa temporada e o Heat é um dos times com maior taxa de turnovers da liga, o que soa aparente bom encaixe para Milwaukee. Mas não é bem assim. A questão é que, apesar disso, os comandados de Budenholzer estão entre as dez equipes que menos forçaram desperdícios de bola da NBA. Ou seja, trata-se muito mais de uma vantagem em potencial do que algo realmente concreto. 

O Bucks trabalhou para resolver vários dos seus problemas na última temporada e, até agora, fez um trabalho decente tornando-se um time muito mais pronto para vingar-se do seu algoz. Uma vantagem clara em favor do Heat, porém, continua ativa. Não havia como resolver ao longo dessa temporada e estará em destaque nas próximas semanas: o comando técnico. A verdade é que Erik Spoelstra é um melhor treinador, muito mais criativo e comprovado em ajustes, do que Mike Budenholzer. 

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Mando de quadra é importante. O Bucks foi a melhor equipe na temporada regular e possui o melhor jogador da série. Aprendeu muitas das lições que precisava ter aprendido nos últimos playoffs e está melhor equipado para responder as dificuldades típicas de uma série melhor-de-sete. Mas Spoelstra, munido de um elenco cheio de criadores e defensores versáteis que combinam experiência e vitalidade, pode criar novo cenário de caos com circunstâncias diferentes para colocar o favorito novamente em perigo. Difícil, mas possível. E aí, a gente confia em Budenholzer? 

  

Palpites Jumper 
Editor                                       Palpite                       
Gustavo Freitas  HEAT EM 7 
Gustavo Lima  BUCKS EM 7 
Ricardo Stabolito Junior  BUCKS EM 7 
Vinicius Donato  BUCKS EM 5 

 

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