Fonte: Jim Poorten / AFPO New Orleans Pelicans deveria envolver Zion Williamson em uma troca? Essa é, certamente, uma das perguntas que mais causam discussão nos bastidores da liga nos últimos meses. As conversas cresceram antes do draft, quando os rumores de saída do jovem atingiram um pico. David Griffin, no entanto, garante que o debate foi perda de tempo. Afinal, tudo não passou de boataria mesmo.
“Nós não tivemos uma única discussão de troca com Zion, antes de tudo. Acho que as pessoas acham que estaríamos dispostos a negociá-lo por causa das lesões. Há sempre bastante coisa acontecendo em torno do seu nome. Mas, por sorte, existe muito exagero nisso e não corresponde à realidade”, afirmou o vice-presidente da franquia. A declaração aconteceu durante entrevista à rádio Sirius XM.
Especulou-se que, a princípio, Williamson esteve à disposição por escolhas de elite do último draft. O Charlotte Hornets (2ª escolha) e o Portland Trail Blazers (3ª) eram os possíveis destinos do ala-pivô. Tudo isso porque o Pelicans teria interesse no armador Scoot Henderson. Uma história que faz sentido, mas o dirigente diz ser uma invenção. Nem os outros times, aliás, ligaram para Nova Orleans.
“Nem recebemos contatos de outras franquias por Zion, na verdade. E acredito que o motivo seja, acima de tudo, a percepção de sua importância para a organização. Nos bastidores, todos reconhecem o que ele pode fazer por esse time. Não temos tempo a perder nessa liga, então não te ligam para tentarem negociações que sabem que não vão acontecer”, cravou o executivo.
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Audiência
Se o Pelicans não tem interesse em uma troca com Zion Williamson, então por que tantos rumores? A trajetória do fenômeno na NBA, talvez, ajude a explicar. Ele é um jogador comentado desde que entrou na liga, para começar. O seu basquete extraordinário sempre veio acompanhado de problemas de peso e várias lesões. Agora, questões extra-quadra também viraram parte dessa “equação”.
“Zion é um nome que gera cliques sem importar o que digam. Isso dá audiência. É muito fácil criar rumores em torno do seu nome porque não é preciso credibilidade para ter cliques. Então, só coloque o nome dele lá. A veracidade das notícias virou só um detalhe, afinal. O que realmente importa é a audiência que pode-se gerar”, acusou o veterano dirigente.
Nesse sentido, para Griffin, Williamson é a personificação de um problema social e cultural dos nossos tempos. Vivemos, afinal, a era da pós-verdade. Os fatos são o que você quer que sejam, para resumir. “No fim das contas, a verdade já não tem mais importância em todas as plataformas. Isso vale não só para os esportes, mas a sociedade como um todo”, explicou.
Como estamos?
As especulações sobre Williamson, nos últimos tempos, passaram a dar conta de um mal-estar interno. A franquia e os representantes do jogador, em síntese, já não falam a mesma língua. Mais uma invenção da imprensa, segundo o dirigente. Talvez, a pior de todas. Ele garante que o diálogo entre o craque e a equipe, na verdade, está bem e só tende a melhorar.
“A relação de Zion com a organização nunca esteve melhor, para começar. Ele veio até Las Vegas, por exemplo, para ver a nossa equipe e dar apoio a alguns dos seus colegas. Brandon [Ingram] e outros veteranos, aliás, também estão vindo. Diria, então, que a nossa relação está tão boa quanto em nossos melhores momentos”, finalizou Griffin, reforçando que Williamson não vai sair de Nova Orleans.
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