Fonte: Tyler Ross / AFPComo qualquer garoto da Califórnia, Paul George entende a diferença brutal que envolve o Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers. Enquanto a primeira é a franquia mais vitoriosa da história da NBA, a segunda ainda está em busca do seu primeiro título. Mais do que isso, as melhores chances de conquistar um troféu Larry O’Brien terminaram em eliminações traumáticas. É uma rivalidade, acima de tudo, marcada pela desigualdade.
“É claro que o volume das duas torcidas é bem diferente. Mas o que mais gosto nos fãs do Clippers é que são autênticos adoradores de basquete. Eles ficaram ao nosso lado, não importa o que acontecesse. Então, é para esses torcedores que quero dar algo de volta. Busco um título para que, ao menos, tenham chance de provocar a torcida do Lakers um pouco”, afirmou o ala, em entrevista à revista People.
George possui uma relação especial com o Clippers por causa de suas origens. Mas não só ele. Os outros três astros da franquia, assim como George, também são nascidos e criados no estado. Alguns deles, por sinal, eram torcedores do Lakers quando jovens e viveram as rivalidades. Essas raízes locais foram parte da razão que levou-os a decidir jogar em Los Angeles, no fim das contas.
“Todos sabemos o que representa esse estado e a cidade de Los Angeles. Nós levamos esse sentimento dentro da gente. Temos uma forte conexão com esse time por causa das nossas raízes. E temos sorte, acima de tudo, pela oportunidade de tentar vencer e iniciar uma nova tradição aqui”, completou o oito vezes all-star.
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Apoio incondicional
Paul George joga no Clippers, mas consegue compreender que é mais fácil torcer pelo Lakers. Mesmo em seus piores instantes, o rival reverte a situação com a chegada de astros ou trocas que mais parecem “boas ações” da liga. A equipe chegou às finais do Oeste nesse ano após sair do play-in, por exemplo. No entanto, ele vê o ambiente do time angelino pronto para dar a volta por cima nessa disputa.
“É impossível não adorar o ambiente e atmosfera que temos dentro dessa organização, em primeiro lugar. Mas é mais do que o clima interno. Temos uma arena em que todos os torcedores só pensam em apoiá-lo. Eu sinto que ficamos mais unidos a cada desafio que enfrentamos, não importa o que aconteça dentro de quadra”, contou o craque. Ele perdeu a primeira partida da temporada nessa quinta-feira, por dores no quadril.
A fidelidade do torcedor do Clippers, por fim, conquistou George da forma como nunca imaginou. “Tivemos ótimos instantes nessa temporada, minutos em que pontuávamos sem parar. Ao mesmo tempo, houve aqueles períodos em que não conseguíamos fazer uma cesta nem por decreto. A nossa torcida é ótima porque, não importa em qual dos dois estivéssemos, o apoio é incondicional”, reconheceu.
Nova tradição
Não se muda uma história de cinco décadas em uma temporada. Então, além dos seus adversários em quadra a cada noite, o Clippers precisa superar o peso de um grande histórico de decepções. Mais do que isso, a sombra de um rival com quem tem uma rivalidade só pela questão geográfica. Mas, com o apoio e paciência de sua torcida, George sente que é possível construir uma história diferente.
“Eu dou muito crédito para a nossa torcida, pois eles jogam com a gente. Quando nós precisamos de ajuda, a gente sente que aquelas 17 mil pessoas estão ao nosso lado. A gente sabe da história do Lakers, mas tudo tem um começo. Eles tiveram grandes times, técnicos e, por isso, ganharam tantos títulos. É o que nós estamos tentando construir no Clippers agora”, finalizou o craque.
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