Patrocínios, perda de mercado da Nike e a nova era da NBA

Empresa norte-americana ainda lidera o mercado

Fonte: Empresa norte-americana ainda lidera o mercado

Após a NBA anunciar que a temporada 2017/18 terá a logomarca da Nike estampada em detrimento da Adidas, os times da liga norte-americana passarão a ter patrocínios em suas camisas.

Marca registrada dos esportes americanos, os uniformes sempre estiveram limpos, isto é, sem patrocínios além da marca do material esportivo. Estudo realizado pela NBA detectou que a publicidade em camisas pode chegar até em 30 milhões de dólares por temporada que, por extensão, aumentaria a fonte de receitas dos times, assim como as polêmicas camisas com mangas. Apesar dos times terem que jogar com os uniformes patrocinados, eles, no entanto, serão comercializados também sem publicidade.

Novas camisas da NBA ( Foto:DAVID MCNEW/AFP/GETTY)

Dos 30 times da liga, apenas 12 fecharam contratos de patrocínio em seus uniformes. São estes: Utah Jazz (Qualtrics), Sacramento Kings (Blue Diamond), Minesota Timberwolves (Fitbiti), Golden State Warriors (Rakuten), todos da conferência Oeste, e Brooklyn Nets (Infor), Orlando Magic (Walt Disney), Toronto Raptors (Sun Life), Cleveland Cavaliers (Goodyear), Boston Celtics (General Eletric), Detroit Pistons (Flagstar Bank), Philadelphia 76ers (StubHub) e Milwaukee Bucks (Harley Davidson), da conferência leste.

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Dos times citados, o que mais chama atenção é o do time da Califórnia. O atual campeão da NBA, Golden State Warriors, fechou o maior contrato. A empresa japonesa Rakuten, que já patrocina o Barcelona, irá estampar sua marca no time de Stephen Curry por 20 milhões de dólares por temporada, totalizando 60 milhões de dólares em três anos, tempo de duração do contrato. Além disso, a Rakuten fará ações de marketing esportivo e de branding (construção de marca) fora das quadras. Apesar do valor alto, o Warriors recebeu propostas melhores, porém, para o diretor de marketing da franquia, Chip Bowers, a escolha foi por uma marca global, visando ampliar a visibilidade da equipe fora dos EUA. “Nós vimos uma boa oportunidade pela visibilidade que estávamos recebendo. Então, sentimos prontos para aumentar nossa evidência mundial, decidimos fechar com uma marca global”, disse Chip.

Além do Warriors, o Jazz também fechou com um contrato alto e diferente. Pelos próximos três anos, a Qualtrics, sediada em Provo, Utah, estará na camisa do Jazz , contudo, através da iniciativa ” 5 For The Fight” projeto de caridade da empresa que arrecada fundos para pesquisas relacionadas ao câncer. A Qualtrics já era parceira do Jazz, mas até então não envolvia um acordo direto. Para as próximas temporadas, a equipe planeja usar as ferramentas e softwares oferecidos pela empresa para analisar dados de seus fãs buscando melhorar a experiência deles na Energy Solutions ArenaA campanha ”5 For The Fight” é fruto de uma parceria com a Huntsman Cancer Foundation. A doação de US$ 5 é feita individualmente e, em seguida, os doadores devem “desafiar” outras cinco pessoas a fazerem o mesmo.

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Nova camisa do Utah Jazz (Foto: Reprodução)

 

Green e Iguodala com a nova camisa (Foto: Laura Oda/Area New Griup)

Mesmo que algumas equipes ainda não fecharam patrocínio nos uniformes, é inegável que a decisão da Liga, apesar de contestada, foi acertada. Além dos times aumentarem suas receitas e, por conseguinte, não ultrapassarem o teto salarial da temporada, os acordos feitos também envolvem maiores interações, engajamento com a torcida nos EUA e fora dele.

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Além das camisas com patrocínio, outro fato que chamou atenção para a atual temporada da NBA é o acerto da Nike como marca oficial nos uniformes. Mesmo com o acordo feito, a empresa não apresentou um crescimento significativo no número de vendas de tênis nos EUA. Líder do mercado, a Nike, que é dona da Jordan Brand, teve uma queda de 39% para 37%, se compararmos os primeiros oito meses deste ano com o de 2016. Além disso, a partir de 2015, ano em que foi firmado o acordo entre Nike e NBA, a marca de materiais esportivos começou a declinar e passou a ser negativa desde então. A Adidas, por sua vez, teve um crescimento no número de vendas de 31.3%, explicado também pela sua marca ‘’Ultraboost’’.

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