Pat Riley se contradiz, mas assume culpa por saída de Wade do Heat

Presidente da franquia se diz triste com despedida do ídolo, mas muda discurso ao longo de entrevista

Fonte: Presidente da franquia se diz triste com despedida do ídolo, mas muda discurso ao longo de entrevista

“Tivemos uma offseason dura”. Foi assim que o presidente de operações do Miami Heat, Pat Riley, sintetizou as últimas semanas do time. Embora tenha conseguido renovar o contrato de Hassan Whiteside, a franquia viu o ídolo Dwyane Wade ir embora após uma complicada negociação para juntar-se ao Chicago Bulls. O veterano executivo não nega ser culpado pela saída do maior atleta da história da equipe.

“O que aconteceu com Dwyane me entristeceu. Eu vou sentir falta do fato de que tinha planos para ele e seu futuro conosco. Podia vê-lo encerrando a carreira aqui, em Miami. Era o meu trabalho fazer com que isso acontecesse e não o fiz. Ele foi embora e a responsabilidade termina em mim”, admitiu Riley, em uma entrevista coletiva concedida logo depois do anúncio da contratação do ala-armador pelo Bulls.

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Wade teria decidido sair do Heat por sentir-se ofendido com a oferta inicial (US$10 milhões anuais, especula-se) e aparente falta de interesse do presidente e outros executivos da franquia em tratar sua renovação contratual como uma prioridade. Riley reconheceu que sequer esteve presente nas últimas etapas do processo de negociação e, independente do estágio das tratativas, ele deveria ter participado até o fim.

“Eu tenho grande arrependimento por não ter me empenhado nas negociações. Não estive no front, a frente das conversas, e esse era o meu trabalho. Eu deveria ter feito tudo o que era possível para tentar mudar sua ideia, “vender” o cenário que eu vislumbrava em longo prazo. Hoje, eu só sei que nada será igual sem Dwyane aqui”, contou o dirigente, confirmando boatos de que não foi ativo no recrutamento a Wade.

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Wade no Bulls

O discurso era bonito até então, mas Riley deu uma guinada considerável em suas explicações na reta final da entrevista coletiva. Após as primeiras respostas mais ponderadas, ele se contradisse ao afirmar ter feito tudo o que era possível para manter o astro logo em seguida. E, ainda assim, dentro de um limite bastante claro.

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“Meu pensamento sempre foi tentar melhorar o time e, ao mesmo tempo, garantir que Dwyane fosse receber um salário justo nos últimos anos de sua carreira. Ele receberia esse salário, mas não paralisando nossa capacidade de vencer. Se eu pudesse ter feito alguma coisa melhor, faria. Mas, neste momento, não há como refazer as coisas”, finalizou o dez vezes campeão da NBA como jogador, auxiliar, técnico e dirigente.

A última declaração faz coro com rumores recentes sobre as intenções de Riley na negociação. Múltiplos sites especializados sugerem que o executivo já tinha em seus planos deixar Wade sair e preservar espaço na folha salarial para a agência livre de 2017, deixando o ala-armador mudar-se para Chicago por uma diferença de apenas US$7 milhões em dois anos de contrato. Apesar da situação e boatos, o jogador disse não guardar ressentimentos do presidente.

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