Foco não foi um dos pontos fortes de Marcin Gortat nesta temporada. Em sua última entrevista coletiva antes de ser liberado para as férias, o pivô titular do Washington Wizards revelou ter enfrentado problemas particulares ao longo da campanha que tiraram sua concentração de dentro de quadra.
“Eu diria que este foi o ano mais difícil da carreira, do ponto de vista pessoal. Definitivamente, foram problemas que não me ajudaram a manter o foco no basquete. Mas não posso culpar ninguém além de mim mesmo por isso e não contarei o que aconteceu. Há um motivo para chamarmos de problemas pessoais”, confidenciou o jogador polonês.
Gortat conseguiu superar as dificuldades particulares a ponto de ser um dos líderes do Wizards na campanha até a semifinal do Oeste e seguiu formando um garrafão bem sucedido com Nenê Hilário. Mas, apesar da amizade com o brasileiro, ele quer mudanças e manifestou a vontade de atuar com alas-pivôs arremessadores.
“Por mais que adore Nenê – acho que ele entende isso também –, eu adoraria jogar com um ala-pivô arremessador. Alguém que espace a quadra até a linha de três pontos. Isso, automaticamente, criaria mais espaço para que pudesse operar próximo do aro e encontrar o garrafão aberto no pick and roll”, explicou o pivô.
A tendência é que alterações aconteçam na rotação de ala-pivô de Washington para a próxima temporada. Os reservas Drew Gooden e Kevin Seraphin vão ser agentes livres em julho e, ao mesmo tempo, o treinador Randy Wittman teve muito sucesso nos playoffs usando formações mais baixas – com os alas Paul Pierce e Otto Porter na posição.
Gortat, de 31 anos, esteve presente nas 82 partidas do Wizards na temporada regular passada e acumulou médias de 12.2 pontos (55.6% de conversão nos arremessos de quadra) e 8.7 rebotes por jogo. Ele tem contrato com a franquia da capital dos EUA até 2019 e quase US$50 milhões a receber em salários.
