Fonte: Adam Hagy / AFPO Jogo das Estrelas já terminou, mas não deixou de ser assunto de discussão. O fiasco competitivo do evento tornou-se tema de debate entre torcedores, comentaristas e ex-jogadores. Os dois times somaram quase 400 pontos na partida, enquanto a equipe do Oeste sofreu ridículos 211 pontos. No fim das contas, quanto vale esse espetáculo? Na visão do ídolo Scottie Pippen, a postura dos jogadores da NBA destrói o All-Star Game.
“Eu não assisto ao evento mais e acho que fiz um bom trabalho evitando-o nesse ano. Já vimos, afinal, o que o jogo está virando nos últimos tempos. É uma partida importante, mas tudo gira em torno dos jogadores. Vi alguém falar que não acha que eles queiram estar lá. Infelizmente, o sucesso sempre depende da vontade dos atletas em competir”, apontou a lenda do Chicago Bulls, em entrevista ao site australiano WWOS.
Pippen é produto de uma época diferente da NBA na disputa do jogo festivo. Não havia tantos incentivos para os atletas, mas todos jogavam com competitividade bem maior. Vencer o duelo entre as conferências, em síntese, era visto como uma honra. A parada de uma semana não existia, além disso. O ex-jogador não pensa que dê para voltar a esse modelo, mas, na forma atual, o evento virou uma ativo negativo para a liga.
“Tudo tem um tempo e momento para acontecer. Talvez, os jogadores atuais ganhem dinheiro demais para se importar com o evento. Eles não sentem que podem gerar a energia e empolgação no meio da temporada que os fãs gostariam, por exemplo. Não sei… É algo que precisa ser reavaliado, pois tornou-se prejudicial. Para resumir, acho que mais mal do que bem para a NBA”, lamentou o veterano.
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Problema reconhecido
Assim como Pippen, a maior parte dos astros da NBA reconhecem que o All-Star Game virou um problema. Muitos deles, aliás, deram entrevistas após a partida desse ano com o entendimento de que tudo precisa ser reavaliado. É preciso encontrar uma forma de reacender a competitividade no evento. LeBron James, por exemplo, foi um dos ídolos que falaram abertamente sobre essa questão.
“Para os jogadores, é divertido correr a quadra e jogar com mais liberdade. Mas a nossa natureza competitiva não gosta de um jogo com tanta pontuação assim. Eu acho que a notícia boa de hoje, sobretudo, é que ninguém se lesionou. Terminamos o jogo em boas condições e isso é importante. No entanto, precisamos de uma discussão mais profunda sobre o evento”, admitiu o craque do Los Angeles Lakers.
Time do futuro
A notícia positiva para Pippen é que o Jogo das Estrelas já ficou para trás e, com isso, a competitividade vai voltar. E ele está empolgado, em particular, para ver uma equipe da liga no resto da temporada. O veterano revelou ser mais um dos fãs do jovem núcleo do Oklahoma City Thunder. Afinal, é o tipo de elenco que não gostava de enfrentar na época de jogador.
“Oklahoma possui uma equipe jovem e perigosa. É sempre muito difícil enfrentar times assim porque os jogadores ainda estão em desenvolvimento. Digamos que ainda estão descobrindo o que e quem são. A franquia tem uma ótima comissão técnica, então eu realmente acredito na evolução desse grupo”, elogiou o integrante do Hall da Fama.
E, se estava falando sobre o Thunder com a imprensa australiana, Josh Giddey vira o foco do debate. A lenda da NBA tem boas perspectivas para o futuro do armador. “Eu estou confiante no crescimento de Josh. Já vimos um grande salto de produção da sua parte e, a princípio, acho que isso vai seguir pelos próximos três ou cinco anos. Tudo depende de sua evolução não só física, mas também mental”, finalizou o ídolo.
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