Há nove anos no Cleveland Cavaliers, Kevin Love acredita que a franquia deve homenagear Kyrie Irving quando ele encerrar sua carreira. Na visão do veterano, portanto, o número 2 usado pelo armador deve ser eternizado na história do Cavs.
“Sem dúvida. Imediatamente após o fim de sua carreira. Não é nem uma pergunta para mim, mas ele fez a maior jogada da história da franquia. Uma das mais importantes na história das Finais. Acima de tudo quando consideramos como tudo aconteceu. O que significou para a cidade, o que significou para seu legado e o legado de LeBron. Incluindo, aliás, que foi contra aquele time do Golden State que se tornou uma dinastia”, disse Love ao portal Cleveland.com.
A declaração do ala-pivô veio após enfrentar o antigo companheiro. Na segunda-feira, portanto, o Brooklyn Nets derrotou o Cavs com grande atuação de Irving. No confronto, o armador anotou 32 pontos e sete bolas do perímetro.
O craque foi a primeira escolha geral de Cleveland no Draft de 2011. Em suas seis temporadas com o Cavs, Irving teve médias de 21.6 pontos, 3.4 rebotes e 5.5 assistências por jogo. Além disso, converteu 45.7% dos arremessos de quadra e 38.3% do perímetro. Ele entrou para o time All Star em quatro de suas seis temporadas na franquia.
O jogador chegou ao Cavaliers com a responsabilidade de substituir LeBron James. Isso porque o astro deixou a organização uma temporada antes do Draft de Irving. Então, o jogador de 30 anos revelou ao jornalista Chris Fedor que essa responsabilidade pesou no seu início de carreira.
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“Coloquei muita pressão em mim mesmo depois que o filho pródigo, LeBron James, foi embora. Então tive que enfrentar isso. Eu coloquei essa pressão para preencher algumas lacunas, mas só queria criar meu próprio legado. Para fazer isso, tive que suportar alguns anos difíceis. Eu estava me sentindo, às vezes, como um cavaleiro solitário tentando trazer Cleveland de volta ao topo”, desabafou.
Irving, assim, ressaltou que essa pressão no início de sua trajetória na NBA moldou o jogador que é hoje. Falando como jogador do Nets, reconheceu que não é possível vencer sozinho.
“Estou em uma jornada para fazer o melhor no Brooklyn. Cleveland nunca está no retrovisor, mas é algo que olho para lembrar o que foi necessário para ser um campeão. Além de quantos anos tive que suportar a pressão e lidar com tudo isso. O resultado é sempre as pessoas duvidando. Isso, no entanto, me torna ótimo. Vou continuar focando no que faço de melhor e deixar meu jogo falar por si”, concluiu o astro.
Aposentar camisas pode ser um assunto polêmico. Afinal, alguns jogadores não passam toda a carreira com uma franquia. Kevin Love, por sua vez, acredita que o impacto de Irving no Cavaliers justifica isso.
O Cavs provavelmente não venceria o Golden State Warriors nas Finais de 2016 sem Irving. Seu desenvolvimento no início da carreira, aliás, foi um dos motivos para LeBron deixar o Miami Heat e retornar a Ohio.
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